Navios carregados com fertilizantes no Porto de São Francisco do Sul (SC) — Foto: Raphael Salomão/Globo Rural
GERADO EM: 25/06/2024 - 04:00
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O estado de Santa Catarina já é um importante consumidor de grãos e derivados,insumos para sua indústria de carnes suína e de frango. E quer reforçar sua posição como corredor logístico para esses produtos,com investimentos públicos e privados em alguns dos seus principais terminais portuários. A estimativa de aportes,apenas em dois portos,é de quase R$ 200 milhões.
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— Somos um corredor logístico importante para o país. Importamos insumos para a indústria paulista,paranaense,gaúcha. Exportamos grãos que vêm de Mato Grosso do Sul,Goiás,Rio Grande do Sul,Paraná — explica o secretário de Ferrovias,Portos e Aeroportos do estado,Beto Martins.
Maior porto do estado,São Francisco do Sul movimentou 7,3 milhões de toneladas de carga de janeiro a maio deste ano,16% a mais que no mesmo período em 2023. Em maio,foram 1,4 milhão de toneladas,uma alta de 13% na comparação anual. Nas exportações,a soja liderou os embarques,com 750 mil toneladas,e nas importações destacaram-se os fertilizantes,com 166 mil toneladas.
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O porto,de administração pública,está na região da Baía da Babitonga,onde também se localiza o Porto Itapoá,privado. Cleverton Vieira,diretor presidente da SCPar Porto de São Francisco do Sul,autoridade portuária local,afirma que o terminal vem recebendo investimentos em tecnologia e estrutura.
Para o biênio 2023/2024,estão contratadas atualização tecnológica e obras de infraestrutura. Segundo o executivo,o acesso dos caminhões foi automatizado,a um custo de R$ 4 milhões. Outros R$ 37 milhões custearão uma dragagem no canal de acesso. O porto ainda planeja obras em um berço de atracação,também no valor de R$ 37 milhões.
Navios carregados com fertilizantes no porto de São Francisco do Sul (SC) — Foto: Raphael Salomão/Globo Rural
Vieira projeta crescimento tanto no porto público como nos terminais privados. Ele diz que a ideia é aumentar o interesse de empresas privadas no arrendamento de áreas disponíveis e na operação logística no local,que tem um terminal exclusivo para grãos.
No Porto de Imbituba,de 35% a 40% da movimentação são de cargas agrícolas,como farelos de soja e de milho. Passam por lá ainda fertilizantes,madeira,trigo e cevada.
Os três berços de atracação receberão obras. Algumas estão em andamento. O cais 3 passa por recuperação e reforço de estruturas,e por aumento de extensão,um investimento de R$ 95 milhões. E serão removidos sedimentos para aumentar o calado na área de chegada e saída de navios.
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— Conseguiremos trazer navios maiores e disponibilizar mais capacidade,com menor fila de espera — afirma Urbano Lopes,diretor presidente da SCPar Porto de Imbituba.
De janeiro a maio de 2024,Imbituba movimentou 3,13% a mais que no mesmo período em 2023. Em maio,foram 725 mil toneladas,3,5% a mais que um ano antes. Farelos de soja e milho,soja em grão e trigo foram as cargas agrícolas no mês. O terminal realizou também sua primeira movimentação de açúcar,de 50,8 mil toneladas.
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