Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE),em junho a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador -- que exclui componentes salariais como os subsídios de férias e de Natal,pelo que tem um comportamento menos sazonal -- foi de 1.295 euros,registando um aumento homólogo nominal de 6,6% e real (tendo em conta a inflação) de 3,8%.
Já a remuneração bruta base mensal média por trabalhador situou-se em 1.214 euros e registou um acréscimo nominal de 6,4% e real de 3,6%.
Estes resultados abrangem 4,7 milhões de postos de trabalho,correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações,mais 2,4% do que no mesmo período de 2023.
De acordo com o INE,em relação ao trimestre terminado em março,apesar de se ter registado uma aceleração dos preços (de 2,2% para 2,7%),assistiu-se a uma desaceleração das remunerações reais (por exemplo,de 4,2% para 3,6% no caso das remunerações totais).
Face a junho de 2023,no segundo trimestre a remuneração bruta total mensal média aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica,dimensão de empresa,setor institucional,intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento).
Os maiores aumentos foram observados nas "indústrias extrativas" (13,6%),nas empresas de 500 e mais trabalhadores (7,3%) e nas empresas de "serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento" (11,9%).
Em junho,a remuneração total média por trabalhador variou entre 976 euros nas atividades de "agricultura,produção animal,caça,floresta e pesca" e 3.588 euros nas atividades de "eletricidade gás,vapor,água quente e fria e ar frio".
Já a remuneração regular e a remuneração base registaram também o seu valor mais baixo nas atividades de "agricultura,floresta e pesca" (830 euros e 810 euros,respetivamente) e o mais alto nas atividades de "eletricidade gás,água quente e fria e ar frio" (2.816 euros e 2.545 euros).
Por dimensão de empresa,a remuneração total variou entre 1.039 euros nas empresas com um a quatro trabalhadores e 2.044 euros nas empresas com 500 ou mais trabalhadores.
Numa análise por setor institucional verifica-se que as remunerações total,regular e base da Administrações Públicas (AP) aumentaram,em termos reais e homólogos,3,8%,4,1% e 4,0%,respetivamente.
No setor privado,o aumento real homólogo foi 3,8% na total,9% na regular e 3,7% na base.
Segundo nota o INE,as diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP e o setor privado "refletem,entre outras,diferenças no tipo de trabalho realizado,na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram".
"Verifica-se que os trabalhadores do setor das AP têm,em média,níveis de escolaridade mais elevados: 55,7% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (24,9% no setor privado),27,1% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (32,3% no setor privado) e 17,2% tinham um nível de escolaridade correspondente,no máximo,ao 3.º ciclo do ensino básico (42,7% no setor privado)",precisa.
[Notícia atualizada às 12h23]
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