Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Cerca de 1,4 milhão de meninas foram proibidas de ir à escola desde que o Talibã retomou poder no Afeganistão

2024-08-16 HaiPress

Um policial afegão para o trânsito enquanto estudantes atravessam uma rua em frente a uma escola em Herat em 16 de abril de 2024. — Foto: Mohsen Karimi/AFP

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 16/08/2024 - 04:00

Meninas afegãs sem acesso à educação: impacto do Talibã.

Desde a retomada do Talibã no Afeganistão,1,4 milhão de meninas estão sem acesso ao ensino médio,gerando aumento do trabalho infantil e casamentos precoces. A taxa de evasão escolar também afeta meninos,com queda na matrícula e no ensino superior,ameaçando o futuro educacional do país.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

LEIA AQUI

Pelo menos 1,4 milhão de meninas no Afeganistão tiveram o acesso ao ensino médio negado desde que o Talibã voltou ao poder,em 2021. A postura do governo coloca o futuro de uma geração inteira agora "em risco",disse a agência cultural das Nações Unidas,nesta quinta-feira.

Veja também: Produtor rural encontra duas mil ovelhas mortas após a neve derreter no sul da Argentina e lamenta: 'está além de mim'Leia mais: Mais da metade de Porto Rico fica sem energia elétrica devido ao furacão Ernesto

O acesso à educação primária também caiu drasticamente,com 1,1 milhão de meninas e meninos a menos frequentando a escola,disse a UNESCO em um comunicado enquanto as autoridades do Talibã comemoravam três anos desde a retomada do Afeganistão em 15 de agosto de 2021.

"A UNESCO está alarmada com as consequências prejudiciais dessa taxa de evasão escolar cada vez maior,que pode levar ao aumento do trabalho infantil e do casamento precoce",disse a agência. "Em apenas três anos,as autoridades de fato quase acabaram com duas décadas de progresso constante na educação no Afeganistão,e o futuro de uma geração inteira está agora em risco."

Atualmente,há quase 2,5 milhões de meninas privadas do direito à educação,o que representa 80% das meninas afegãs em idade escolar,disse a agência da ONU. O governo do Talibã,que não é reconhecido por nenhum outro país,impôs restrições às mulheres que a ONU descreveu como "apartheid de gênero".

Primeira piloto comercial do Afeganistão volta à aviação após invasão do Talibã

1 de 4


Mohadese Mirzaee — Foto: Reprodução

2 de 4


Mohadese Mirzaee — Foto: Reprodução

Pular

X de 4


Publicidade 4 fotos

3 de 4


Mohadese Mirzaee — Foto: Reprodução

4 de 4


Mohadese Mirzaee — Foto: Reprodução

Pular

X de 4


Publicidade Mohadese Mirzaee,de 24 anos,fugiu para a Europa após tomada de Cabul; agora,afegã vive na Bulgária e voa profissionalmente

O Afeganistão é o único país do mundo que proíbe meninas e mulheres de frequentar escolas secundárias e universidades.

"Como resultado das proibições impostas pelas autoridades de fato,pelo menos 1,4 milhão de meninas tiveram o acesso ao ensino secundário deliberadamente negado desde 2021",disse a UNESCO.

Isso representa um aumento de 300 mil desde a contagem anterior realizada pela agência da ONU em abril de 2023.

A diretora-geral da UNESCO,Audrey Azoulay,pediu à comunidade internacional que permaneça mobilizada "para obter a reabertura incondicional de escolas e universidades para meninas e mulheres afegãs".

O número de alunos do ensino fundamental também caiu. O Afeganistão tinha apenas 5,7 milhões de meninas e meninos na escola primária em 2022,em comparação com 6,8 milhões em 2019,disse a UNESCO.

A agência da ONU atribuiu a queda à decisão das autoridades de proibir professoras de ensinar meninos,bem como à falta de incentivo para que os pais enviem os filhos à escola.

A matrícula no ensino superior é igualmente preocupante,disse o comunicado,acrescentando que o número de estudantes universitários diminuiu 53% desde 2021.

"Como resultado,o país enfrentará rapidamente uma escassez de graduados treinados para os empregos mais qualificados,o que só agravará os problemas de desenvolvimento",disse a UNESCO.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

PSI em alta com CTT a subir cerca de 1,4% e BCP a descer mais de 1,5%

Juros da dívida de Portugal descem a dois, a cinco e a 10 anos

Alargada obrigação de comunicar participações qualificadas previamente à CMVM

Moçambique. Rácio de funcionários e pensionistas "deteriora-se" há anos

Bolsas europeias em alta após Fed descer taxas em 50 pontos base

Bolsa de Lisboa abre a subir 0,53%

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap