Ataque em escola de Gaza — Foto: Omar AL-QATTAA / AFP
GERADO EM: 19/08/2024 - 05:36
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A Organização das Nações Unidas criticou,nesta segunda-feira (19),a violência "inadmissível" que causou as mortes de 280 trabalhadores humanitários em 2023,um recorde impulsionado pela guerra em Gaza e que ameaça ser superado em 2024.
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"A normalização da violência contra os trabalhadores humanitários e o fato de que ninguém pague por isso é inaceitável,inadmissível e extremamente perigoso para as operações humanitárias em todo o mundo",denunciou em um comunicado Joyce Msuya,chefe interina do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA),por ocasião do Dia Mundial da Ajuda Humanitária.
Ataques frequentes a Gaza criaram cerco médico no território palestino — Foto: Arte/O GLOBO
"Com 280 trabalhadores assassinados em 33 países no ano passado,2023 foi o ano mais letal registrado para a comunidade humanitária internacional",acrescentou.
A cifra representa um aumento de 137% em relação a 2022 (118 assassinatos),aponta o OCHA em um comunicado que utiliza informações do Aid Worker Security Database,uma base de dados criada em 1997.
Caminhão contendo os corpos de palestinos mortos por ataques aéreos israelenses no centro de Gaza durante as primeiras semanas do conflito,em 22 de outubro de 2023 — Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times
Mais da metade das mortes de trabalhadores humanitários (163) foram registradas em Gaza durante os primeiros três meses da guerra entre Israel e Hamas,principalmente devido aos bombardeios aéreos.
Os conflitos no Sudão do Sul,palco de violência intercomunitária,e no Sudão,cenário de uma guerra sangrenta entre dois generais rivais desde abril de 2023,são os outros dois mais mortais para os trabalhadores humanitários,com 34 e 25 mortes,respectivamente.
Entre os dez primeiros também estão Israel e Síria (7 mortos cada),Etiópia e Ucrânia (6 mortos cada),Somália (5),República Democrática do Congo e Mianmar (4 cada).
vista aérea mostra enlutados observando enquanto a equipe médica prepara os corpos de 47 palestinos durante um funeral em massa em Rafah,no sul da Faixa de Gaza,em 7 de março de 2024 — Foto: SAID KHATIB/AFP
Se os 280 mortos em 2023 já são uma cifra "escandalosa",2024 pode ser "muito mais mortal",advertiu a ONU.
Segundo o Aid Worker Security Database,176 trabalhadores humanitários (121 deles nos territórios palestinos ocupados) morreram entre 1º de janeiro e 9 de agosto de 2024,um número que já supera a maioria dos anos anteriores (o recorde anterior foi em 2013,com 159 mortes).
Criança palestina ao lado da mãe no hospital árabe al-Ahli,também conhecido como Hospital Batista,em Gaza — Foto: Omar al-Qatta/AFP
Mais de 280 trabalhadores humanitários morreram desde outubro em Gaza,a maioria deles empregados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA),segundo a ONU.
Neste contexto,os responsáveis por várias organizações humanitárias enviarão na segunda-feira uma carta conjunta aos Estados-membros da ONU,na qual pedirão "o fim dos ataques contra civis,a proteção de todos os trabalhadores humanitários e que os responsáveis prestem contas”,acrescentou o comunicado,convocando a população a se unir a esta campanha nas redes sociais com a hashtag #ActforHumanity.
Crianças palestinas que fugiram de suas casas devido aos ataques israelenses têm seus rostos pintados durante jogos organizados por trabalhadores humanitários enquanto se abrigam em uma escola administrada pelas Nações Unidas,em Khan Yunis,no sul da Faixa de Gaza — Foto: Mahmud HAMS / AFP
A ONU celebra o Dia Mundial da Assistência Humanitária em 19 de agosto,no aniversário do atentado contra sua sede em Bagdá em 2003.
Vinte e duas pessoas morreram neste ataque,incluindo Sérgio Vieira de Mello,diplomata brasileiro que era o representante especial da ONU no Iraque,e outros 150 trabalhadores humanitários locais e estrangeiros ficaram feridos.
Enquanto o número de trabalhadores humanitários mortos atingiu níveis recordes,o Aid Worker Security Database mostra uma queda na quantidade de colaboradores sequestrados em 2023,com 91 casos.
Este é o número mais baixo dos últimos cinco anos,após o recorde alcançado em 2022 (185).
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Crianças passam por uma sala de aula destruída,onde foram colocados colchões para as pessoas abrigadas em uma escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA) — Foto: Eyad BABA / AFP
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O Exército israelense assumiu,nesta quinta-feira,que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA),na Faixa de Gaza. Segundo os militares,a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP
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Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA),que foi atingida por bombardeios israelenses,no campo de Nuseirat,no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP
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O Exército israelense assumiu,a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP
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Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA),no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP
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Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA),no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP
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O Exército israelense assumiu,a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP
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O Exército israelense assumiu,a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP
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Crianças passam por uma sala de aula destruída,onde foram colocados colchões para as pessoas abrigadas em uma escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA) — Foto: Eyad BABA / AFP
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Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA),no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP
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