Giullia Buscacio diz ser uma menina de fé e orar todos os dias — Foto: Maria Magalhães

RESUMO

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GERADO EM: 24/08/2024 - 05:01

Giullia Buscacio: Trajetória de superação e posicionamento contra o assédio.

Giullia Buscacio,atriz de sucesso,relembra a morte de Domingos Montagner e suas experiências com assédio. Com uma infância marcada por mudanças entre a Hungria e a Coréia do Sul,ela traz sua vivência para seu papel em "Renascer". A atriz destaca a importância de se posicionar diante de situações de assédio e violência contra a mulher.

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Ao fazer o teste para viver Sandra,no remake de “Renascer”,da TV Globo,a atriz Giullia Buscacio,de 27 anos,sentiu que aquele papel era seu e vinha “de outras vidas”. “Era como se eu já tivesse vivido aquela personagem antes”,diz. Com fé e dedicação,a atriz vem construindo uma carreira sólida. Está em sua oitava novela e tem no currículo trabalhos como “I love Paraisópolis” (2015),“Éramos seis” (2019) e “Travessia” (2023). “Acreditar é inerente ao ofício de atriz. Oro todos os dias e me conecto com coisas boas,sou uma menina de fé. Acredito na lei do retorno.”

Em 2016,ao estrear seu primeiro folhetim das nove,“Velho Chico”,Giullia sofreu com a morte do ator e colega de cena Domingos Montagner. A tragédia a levou para a análise,que permanece em sua rotina desde então. “Se hoje estou aqui é pelo incentivo dele. Eu tinha só 19 anos e eram muitas coisas para lidar além da dor. A terapia foi colocando tudo em seu devido lugar. Por isso,levanto a bandeira do divã (risos)".

A atriz tem 27 anos e fez sua primeira novela das nove em 2016 — Foto: Maria Magalhães

Nascida em Funchal,Portugal,Giullia chegou recém-nascida ao Brasil,mas viveu uma infância itinerante com a mãe,a pedagoga Adriana Buscacio,e a irmã,Giovana,hoje com 25 anos,em razão do trabalho do pai,o ex-jogador de futebol Júlio César Gouveia Vieira. Dos 4 aos 12,morou na Hungria e na Coreia do Sul,onde os famosos doramas (dramas asiáticos) acenderam sua vontade de atuar. “Não tinha amigos,era diferente das outras crianças e minha única forma de comunicação era a emoção. Eles me faziam sentir pertencente”,pontua.

'Sempre fui livre para falar sobre qualquer assunto em casa e era muito questionadora dos papéis de homens e mulheres na sociedade' — Foto: Maria Magalhães

Em “Renascer”,a atriz aborda assuntos importantes como violência contra a mulher e assédio sexual. “Já vivenciei situações (de assédio),e reagi da maneira que achava correta,me retirando do ambiente”,explica. “Sempre fui livre para falar sobre qualquer assunto em casa e era muito questionadora dos papéis de homens e mulheres na sociedade.” Vladimir Brichta,seu pai na trama,diz que,apesar de nova,a atriz já acumula uma boa experiência. “O que a ajuda na ótima compreensão que tem da sua personagem. Sou encantado por encontros geracionais,e Giullia é de uma leva especial de atrizes. Não por acaso faz sucesso”,elogia o ator.