O presidente Lula ao lado do prefeito de Belo Horizonte,Fuad Noman; o governador de Minas Gerais,Romeu Zema — Foto: Reprodução e Brenno Carvalho/ Agência O Globo
GERADO EM: 24/08/2024 - 04:31
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Candidato à reeleição em Belo Horizonte,o prefeito Fuad Noman (PSD) diz valorizar as alianças políticas que conquistou para a sua campanha e vê como águas passadas as negociações que não vingaram. Com uma coligação formada por seis partidos — do União Brasil à federação PSDB/Cidadania — negou qualquer mágoa em relação aos apoios do ex-prefeito Alexandre Kalil e do presidente Lula (PT) a outros candidatos.
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Após ter herdado a prefeitura em março de 2022,quando Kalil renunciou a gestão para concorrer ao governo do estado contra Romeu Zema (Novo),era esperado que o ex-prefeito desse sustentação a sua reeleição. Há cerca de um mês,contudo,Kalil deixou o PSD e se filiou ao Republicanos,onde abraçou a candidatura do deputado estadual Mauro Tramonte.
Ao GLOBO,Fuad nega qualquer sentimento de decepção em relação à postura de seu antigo aliado e diz entender a movimentação como um gesto político,sem fundo pessoal.
— Eu entendo o ex-prefeito,ele é uma liderança querendo espaço em 2026. Não fiquei decepcionado não,gosto do prefeito Kalil,foi uma decisão política. Eu tenho o apoio do PSD,de seis partidos,não preciso reclamar muito — disse o prefeito,que também demonstrou gratidão — Sei que ele sabe que fui importante em seu governo e eu só sou prefeito porque ele me escolheu de vice.
Outro apoio que não teve e pleiteou foi o do presidente Lula (PT),que apoia o deputado federal petista Rogério Correia. Apesar da negativa neste primeiro confronto,o prefeito diz que pretende se aliar ao PT em um eventual segundo turno e chega a citar que também procuraria o governador Romeu Zema.
— Eu quero dizer que eu apoiei o presidente Lula na eleição passada,mas em momento nenhum pedi contrapartida nas eleições de Belo Horizonte. Quando o PT resolveu lançar um candidato,eu respeitei. Se eu for ao segundo turno,eu buscarei todas as forças que não estiverem. Se o presidente Lula não tiver candidato,quero o apoio dele. Mas se o governador não tiver,eu também vou buscar o apoio dele. Isso é natural,num segundo turno,a união das forças — pontuou.
Hoje também ao lado de Mauro Tramonte,Romeu Zema e Fuad Noman nunca foram aliados políticos. Apesar disso,o prefeito chama o governador de "simpático" e considera a relação entre os dois "ótima".
— Minha relação com o governador é muito boa. Ele é muito simpático e tem nos ajudado no que é possível. Eu não tenho ideologia,minha ideologia é Belo Horizonte. Ele está apoiando outro candidato,o que é natural e faz parte da eleição política,mas quando falamos de prefeitura e governo do estado,a harmonia é plena — finaliza.
Segundo o último Datafolha,divulgado nesta quinta-feira,o prefeito Fuad Noman tem 10% das intenções de voto e aparece empatado tecnicamente com outros quatro candidatos. Quem lidera a disputa é o candidato de Zema e Kali,Mauro Tramonte,com 27%.
Em relação à última amostra,divulgada em julho,o prefeito obteve avanços significativos — conseguiu reduzir sua rejeição na capital e aumentar o conhecimento em torno de seu nome. Ainda assim,41% dos belo-horizontinos dizem não conhecê-lo.
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