"As uvas estão muito boas. Neste momento,as expectativas são muito boas e estimamos que haja uma quebra relativamente a um ano normal de cerca de 15%",disse hoje à agência Lusa o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI),Rodolfo Queirós.
A vindima na região já começou na zona mais a sul da Beira Interior,entre Vila Velha de Ródão e Castelo Branco,e estará terminada em outubro.
Rodolfo Queirós ressalvou que ainda há dois meses de vindima pela frente,que podem alterar as atuais previsões: "Como diz o ditado,até ao lavar dos cestos é vindima. Até lá pode acontecer muita coisa. O tempo é um bocadinho instável e não sabemos o que é que vai acontecer. Neste momento,as expectativas são muito boas,porque para se fazer bons vinhos é preciso ter boas uvas e agora temos essas condições reunidas".
O presidente da CVRBI destacou que é necessário aguardar,porque o grosso da vindima na região começa a partir da primeira e segunda semana de setembro nas zonas de Pinhel e de Figueira de Castelo Rodrigo,no distrito da Guarda,onde se concentra a maior produção.
Para Rodolfo Queirós,a quebra estimada não é "nada de transcendente" e até pode vir a ser anulada.
"Basta dois ou três dias de chuva em setembro antes das vindimas e esses 15% desaparecem. Os bagos ficam um pouco mais inchados com alguma humidade",apontou.
O dirigente da CVRBI desvalorizou a redução da quantidade e considerou que até pode contribuir para eliminar naturalmente "os excessos" da produção de vinho.
Rodolfo Queirós considerou que o excesso de vinho se deve a vários fatores,como a queda no consumo a nível mundial e também aos efeitos da guerra da Ucrânia e no Médio Oriente que são mercados importantes para os vinhos portugueses.
Na sua opinião,é preciso trabalhar e diversificar os mercados,porque uns estão em crescimento e outros que estão em contraciclo.
"É preciso arregaçar as mangas. Nós estamos a preparar uma ação no final de setembro no Brasil que é o nosso maior mercado de exportação,um mercado enorme e com um potencial de crescimento grande. Costumo dizer que não devemos pôr os ovos todos na mesma cesta. Quantos mais mercados,melhores são as expectativas de crescimento para os nossos produtores",sustentou.
A CVRBI tem sede na Guarda e abrange zonas vitivinícolas nos distritos de Guarda e de Castelo Branco,que correspondem a uma área de 20 municípios.
Os produtores realizam a vindima nos próximos dois meses,numa tarefa marcada pela mecanização.
Rodolfo Queirós assinalou que o paradigma mudou nos últimos cinco ou seis anos devido à falta de mão-de-obra e por isso há uma dúzia de máquinas de vindimar na região que fazem muito trabalho que seria feito manualmente.
"Obviamente que vinhas mais velhas e parcelas mais pequenas ainda não estão adaptadas a esse tipo de colheita mecânica e a vindima terá de ser feita de forma manual",referiu o presidente da CVRBI.
Nesses casos,há dificuldades em contratar mão-de-obra,que vai sendo resolvida com recursos a empresas especializadas.
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