Unidade da Prevent Senior em São Paulo — Foto: Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 07/09/2024 - 04:00

Prevent Senior volta a vender planos de saúde em SP após suspensão temporária

A Prevent Senior retoma vendas de planos de saúde após surtos de doenças. Suspensão temporária visava evitar sobrecarga. Empresa foca em mercado de São Paulo e planeja volta ao Rio. Investimentos em novos hospitais e reestruturação marcam retomada. Contexto de investigações passadas é mencionado.

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Após três meses com a comercialização de planos de saúde suspensa,a Prevent Senior reabriu a venda nos últimos dias no mercado de São Paulo. Ainda não há data definida para que a operadora volte a vender produtos no Rio,o que está previsto para ocorrer até o fim deste ano.

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“A Prevent Senior retomou as vendas depois do término dos surtos de dengue e doenças sazonais que haviam sobrecarregado todo o sistema de saúde,o que colocava a empresa em risco se novos beneficiários continuassem entrando na carteira de clientes”,disse a operadora em comunicado.

No início de maio,a empresa especializada em planos de saúde para pessoas com mais de 49 anos de idade — o que representa hoje 87% da carteira com perto de 580 mil beneficiários — anunciou que iria suspender a venda de produtos no dia 10 daquele mês.

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Na época,a Prevent Senior justificou a medida pela “demanda de atendimentos acima do normal”,diante de surtos de diversas doenças,como a dengue,por exemplo. Seria,assim,uma via para preservar os serviços prestados aos beneficiários.

As vendas,contudo,seguiram até o fim de maio por ordem da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),para que a medida seguisse os prazos previstos pela regulação do setor.

Nessa retomada da comercialização,há um produto à venda para o mercado de São Paulo. Além da capital paulista,o Prevent Senior Premium 1003 conta com cobertura também em Santos,Santo André e São Bernardo do Campo,com assistência ambulatorial e hospitalar,sem obstetrícia.

Planos individuais

A operadora comercializa planos individuais e familiares,que são contratados diretamente pelo consumidor e têm reajuste limitado por um percentual máximo definido anualmente pela agência reguladora.

O Brasil alcançou 51,2 milhões de beneficiários de planos de saúde em julho,dado mais recente divulgado pela ANS. Do total,apenas 8,78 milhões são do tipo individual ou familiar,pouco mais de 17%.

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Diversas operadoras do país,muitas das de maior porte,deixaram de comercializar planos individuais ou familiares alegando que o teto para o aumento das mensalidades definido pela ANS e as regras para reajustes por faixa etária tornaram esses produtos deficitários para as empresas de saúde.

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A Prevent Senior tem um modelo de operação verticalizada em São Paulo,atendendo beneficiários em uma rede própria de estabelecimentos como clínicas e hospitais.

“Para a retomada,a empresa reestruturou processos e investiu em um novo hospital em São Paulo (Sancta Maggiore Madrid),com 232 leitos (e possibilidade de ampliação),na região central da cidade”,informou a empresa.

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Em abril deste ano,a Prevent Senior fechou o arrendamento do antigo Hospital Vergueiro,na Liberdade,que seria desativado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz. E o converteu à marca de sua rede de hospitais,a Sancta Maggiori.

Embora caracterizados como planos de perfil adulto,a venda está aberta a pessoas de todas as idades. Na faixa de 19 a 23 anos de idade,os preços começam em R$ 670,20,com internação em enfermaria. Para quem tem a partir de 59 anos,os custos são a partir de R$ 1.818,32.

Suspensão anterior

Para o Rio,mercado onde a Prevent Senior mantém clínicas mas não conta com hospitais próprios,utilizando uma rede credenciada,um novo produto ainda está sendo estruturado. Segundo a empresa,deverá ser anunciado “brevemente”.

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A operadora já havia suspendido a venda de planos de saúde em outra ocasião,em novembro de 2021. Naquele momento,a Prevent Senior era alvo de acusações na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid,sob a acusação de ter usado pacientes para testar a eficácia de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina para o tratamento da doença,mesmo sem evidência científica comprovando a eficácia.

A investigação foi iniciada a partir de denúncias registradas por médicos e ex-médicos da operadora.

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Em fevereiro,o Ministério Público ajuizou uma nova ação civil pública por dano moral e dano social coletivo que teriam sido praticados pela operadora de planos de saúde durante a pandemia da Covid-19,entre 2020 e outubro de 2021,no valor de R$ 940 milhões.

Em junho,o Ministério Público de SP apresentou denúncia contra donos e diretores da operadora por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e perigo à vida durante a pandemia. A Prevent Senior informou em nota que “seus médicos,funcionários e sócios sempre agiram para atender da melhor forma pacientes e beneficiários e jamais cometeram crimes.”