O senador Davi Alcolumbre (União-AP) — Foto: Pedro França/Agência Senado/31-05-2023
GERADO EM: 11/09/2024 - 04:30
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O apoio da oposição à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) ao comando do Congresso está encaminhado e passa pelo compromisso de colocar em votação a anistia aos presos de 8 de janeiro,afirma Flávio Bolsonaro (PL-RJ),filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O tema está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e vem enfrentando resistência do governo Lula. Se o projeto for aprovado pelos deputados,o plano é garantir que a proposta siga o mesmo caminho no Senado.
– A maioria do bloco já está (fechada com Davi). O caminho é seguir com ele,porque ele está tratando dessa forma: vai respeitar a proporcionalidade e entende a importância da anistia – diz.
O projeto,que ainda precisa superar a CCJ para avançar na Câmara,prevê que todo os envolvidos nos atos antidemocráticos sejam anistiados,incluindo financiadores e apoiadores. O argumento é que os manifestantes agiram sob "efeito manada" e que a proposta é importante para garantir a "pacificação política".
O acordo de Flávio com Alcolumbre não contempla,contudo,o avanço do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal. O magistrado virou alvo preferencial da oposição,porque é relator de investigações envolvendo o ex-presidente e seus aliados.
– Davi não fala nem que sim nem que não sobre o impeachment (de Moraes). Ele fala: “O presidente não sou eu,então,não vou me posicionar agora". Acho difícil ele fazer – diz Flávio.
Filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro e um dos principais articuladores do bolsonarismo no Congresso,Flávio diz que não vale a pena tentar uma candidatura da direita para concorrer com Alcolumbre e que os demais nomes colocados como pré-candidatos até agora,como de Soraya Thronicke (Podemos-MS),não têm aderência com a oposição ao governo Lula.
Para Flávio,além das conversas com Alcolumbre,há um cenário positivo para o avanço de projetos da direita na próxima legislatura. Ele conta com o aumento da bancada bolsonarista no Congresso a partir de 2026.
– Temos 34 assinaturas (de senadores) pelo impeachment (de Moraes). Num cenário em que passamos a ter 41 senadores 100% alinhados com a gente (número de votos necessários para aprovar início do processo),como acho que vamos fazer,Davi (Alcolumbre) terá que passar dois anos muito bem alinhado com as nossas pautas para merecer o nosso apoio de novo lá na frente,numa tentativa de reeleição dele em 2027. O cenário é favorável. Já fiz as contas: dos 81 senadores,podemos chegar a 54 de largada na próxima eleição,que é o número cravado para aprovar o impeachment de ministro do Supremo (o correspondente a dois terços do Senado).
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