Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Gorilas selvagens no Gabão comem plantas que atuam contra bactérias já resistentes a medicamentos; entenda

2024-09-14 HaiPress

Gorilas selvagens no Gabão comem plantas que atuam contra bactérias já resistentes a medicamentos — Foto: Alexa por Pixabay

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 14/09/2024 - 04:01

Plantas antibacterianas consumidas por gorilas selvagens no Gabão podem revelar novos tratamentos contra bactérias resistentes a antibióticos

Gorilas selvagens no Gabão consomem plantas com propriedades antibacterianas usadas por curandeiros tradicionais,podendo revelar novos tratamentos. Estudo identifica plantas consumidas pelos primatas e testa eficácia contra Escherichia coli resistente a antibióticos. Resultados promissores apontam para possíveis tratamentos contra infecções em humanos,embora ainda necessitem de mais pesquisas. A descoberta destaca a importância da natureza na busca por soluções de saúde.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

LEIA AQUI

Um novo estudo analisou um comportamento intrigante dos gorilas selvagens no Gabão: o consumo de plantas que possuem propriedades antibacterianas eficazes contra a Escherichia coli resistente a antibióticos. A pesquisa,publicada na PLOS One,revelou que as plantas consumidas pelos gorilas são as mesmas usadas por curandeiros tradicionais para tratar doenças em humanos,o que levanta a possibilidade de novas descobertas na medicina.

Cabeça gigante,focinho redondo e boca colossal: conheça o raro Tubarão-boca-grande'Cofre do Juízo Final': banco mundial de sementes pode alimentar o mundo no futuro; entenda

Junto com o bacteriologista Leresche Even Doneilly Oyaba Yinda,os pesquisadores observaram gorilas ocidentais de planície no Parque Nacional de Moukalaba-Doudou,onde documentaram as plantas consumidas pelos primatas.

Gorilas selvagens — Foto: m k por Pixabay

Enquanto isso,entrevistaram curandeiros e herbalistas na aldeia de Doussala,próxima ao parque,para entender as práticas da medicina tradicional local. A convergência entre as duas fontes foi notável: quatro das plantas consumidas pelos gorilas são também usadas em remédios tradicionais pelos habitantes da região.

As espécies identificadas foram a árvore de fromager,a amoreira-amarela-gigante,o teca-africano e a figueira. Essas plantas são usadas em infusões,pomadas e extrações para tratar uma variedade de problemas de saúde,incluindo tosse,úlceras estomacais,diarreia e fadiga. Curiosamente,os gorilas não têm essas plantas como parte principal de sua dieta,que é predominantemente composta por frutas.

No entanto,a casca dessas árvores serve como alimento de reserva,especialmente quando as frutas estão escassas,o que levanta a hipótese de que o consumo da casca tenha uma função medicinal para os primatas.

Gorila — Foto: G.C. por Pixabay

Dessa maneira,a equipe de pesquisadores criou extratos de casca de cada árvore e testou sua eficácia contra cepas de E. coli resistentes a antibióticos,previamente isoladas dos gorilas. Em testes de laboratório,as cascas de todas as quatro árvores mostraram alguma capacidade de inibir o crescimento bacteriano,com a casca da árvore de fromager obtendo os melhores resultados ao inibir todas as dez variações testadas.

De acordo com Yinda,esses resultados são promissores para o desenvolvimento de novos tratamentos contra infecções bacterianas em humanos. Os extratos continham compostos conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias,anestésicas e antivirais,como fenóis,alcaloides,flavonoides e proantocianidinas.

"Essas plantas,que fazem parte da dieta dos gorilas,podem ser promissoras no tratamento de infecções bacterianas em humanos",afirmou Yinda à Live Science. Contudo,os pesquisadores ainda precisam identificar os compostos específicos responsáveis pelos efeitos antibacterianos observados.

Uma das questões centrais que motivou o estudo foi a descoberta anterior de cepas de E. coli resistentes a medicamentos entre os gorilas do parque. Essas bactérias podem causar doenças graves em humanos,como infecções no sangue e pneumonia,apesar disso,os gorilas muitas vezes carregam esses microrganismos sem apresentar sintomas.

Gorilas — Foto: Edo Emmerig por Pixabay

A resistência dos primatas às bactérias levou os pesquisadores a investigar o papel das plantas na proteção contra doenças. A hipótese de que os gorilas escolhem conscientemente plantas com propriedades medicinais é reforçada por observações semelhantes em outros primatas,como chimpanzés,que consomem folhas com propriedades antiparasitárias,e orangotangos,que aplicam folhas em ferimentos.

Embora os resultados iniciais sejam promissores,os cientistas enfatizam que ainda há muito a ser investigado antes que as plantas possam ser usadas em medicamentos para humanos. Yinda explicou à Live Science que,até o momento,não foram realizados estudos de toxicologia e citotoxicidade para verificar a segurança dessas plantas para o uso humano. No entanto,ele destacou que o fato de as plantas serem usadas há séculos na medicina tradicional e consumidas pelos gorilas sugere que são relativamente seguras.

Gorila-Ocidental-Das-Terras-Baixas — Foto: Marcel Langthim por Pixabay

Ainda assim,os cientistas esperam que futuras pesquisas possam explorar mais os efeitos dessas plantas nos gorilas e avaliar suas aplicações em seres humanos. Como disse Yinda: "As plantas que os gorilas consomem podem nos ensinar muito sobre como a natureza pode oferecer soluções para problemas de saúde modernos".

Veja as finalistas da categoria Impacto Ambiental no Ocean Photographer of the Year 2024

1 de 12


Imagem de urso polar com pedaço de plástico preso à boca é finalista em concurso anual de fotografia oceânica — Foto: Célia Kujala

2 de 12


Fotografia de Morus emaranhado pendurado em um penhasco é finalista no Ocean Photographer of the Year 2024. — Foto: Rebeca Douglas

Pular

X de 12


Publicidade 12 fotos

3 de 12


Fotografia de barbatanas de tubarão em processo de desidratação,na Indonésia,concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Jasmim Corbett

4 de 12


Imagem de polvo preso dentro de embalagem de sanduíche,nas Filipinas,concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Pietro Formis

Pular

X de 12


Publicidade

5 de 12


Um peixe-cunha-de-nariz-liso criticamente ameaçado demonstra o custo da captura acidental; foto concorre a prêmio ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Francesca Page

6 de 12


Mesmo após elevar a altura da residência duas vezes,o pescador Abdul Latief,de 62 anos,não consegue mais evitar enchentes após destruição dos manguezais que protegiam a costa. Foto concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Giacomo d'Orlando

Pular

X de 12


Publicidade

7 de 12


Uma arraia prenha presa em uma estrutura de aquicultura,em Portugal; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: João Rodrigues

8 de 12


Uma plataforma de gelo derretida no Ártico cria cachoeiras,no Mar de Barents,Ártico; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Scott Portelli

Pular

X de 12


Publicidade

9 de 12


Mergulhadores livres do Papahānaumokuākea Marine Debris Project,no Havaí,trabalham para remover uma grande rede fantasma das águas do extremamente remoto e desabitado Pearl e Hermes Atoll; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Andrew Sullivan-Haskins

10 de 12


Imagem de um recife de coral branqueado,em Maiote,é finalista no Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Gabriel Barathieu

Pular

X de 12


Publicidade

11 de 12


Um transbordo ocorre no mar no arquipélago de Myeik,onde os barcos transferem suas capturas para outros barcos para transporte para o continente de Mianmar; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Sirachai Arunrugstichai

12 de 12


Foto de baleia morta na Islândia é finalista em categoria de Fotógrafo de Conservação Oceânica do Ano (Impacto) — Foto: Frederik Brogaard

Pular

X de 12


Publicidade Reprodução

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

Impunidade na veia

Por que famosas estão recorrendo à harmonização íntima? Entenda os motivos por trás da decisão

Ian Bremmer: Nos 100 dias de segundo mandato, Trump 2.0 desata Brexit global com instituições em xeque

Furtos de obras de arte: o passo a passo do crime que levou o fundador da Hurb à prisão, segundo a polícia

Queda de católicos na América Latina apesar de papado de Francisco será desafio para futuro Pontífice

STJ barra novo recurso da Fifa em disputa contra empresa brasileira sobre 'spray de barreira'

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap