Mohamed Al-Fayed morreu nesta quarta-feira,segundo familiares — Foto: Reprodução
GERADO EM: 19/09/2024 - 06:34
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O magnata egípcio Mohamed Al-Fayed foi acusado de ter estuprado ao menos cinco mulheres que trabalhavam na Harrods,a luxuosa loja de departamentos de Londres da qual o bilionário era dono. A rede britânica BBC colheu depoimentos de mais de 20 ex-funcionárias do estabelecimento que apontaram agressões sexuais por parte do chefe,morto aos 94 anos,em setembro de 2023.
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Segundo a Forbes,o chefe da Harrods tinha uma fortuna estimada em US$ 2 bilhões (R$ 10,9 bilhões,na cotação atual). Al-Fayed era pai de Dodi Al-Fayed,namorado da princesa Diana morto no mesmo acidente que vitimou a mãe dos príncipes William e Harry.
Os relatos das ex-funcionárias embasaram o documentário "Al-Fayed: Predator at Harrods" (Al-Fayed: Predador na Harrods,em tradução livre). Segundo a BBC,a luxuosa loja não só não agiu para impedir os abusos sexuais,como também atuou para encobrir os casos. Os atuais donos da Harrods disseram à rede britânica estarem "completamente chocados" com as alegações e pediram desculpas ao staff.
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Diana,a Princesa de Gales,chega ao aeroporto de Orly,em novembro de 1992 — Foto: Joel ROBINE / AFP
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A princesa Diana,com crianças nepalesas durante visita a um projeto da Cruz Vermelha,nos sopés rústicos do Himalaia,em 1993 — Foto: Douglas E. CURRAN / AFP
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Diana com crianças da escola Centro Educacional de Carajás,nas instalações do Projeto Carajás,no sul do Pará. — Foto: Marcelo Carnaval
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Diana em 1995 com os filhos William e Harry e os marido,o Príncipe Charles — Foto: Johnny EGGITT / AFP
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Diana e Charles. Ela se tornou princesa de Gales quando se casou com o príncipe em 29 de julho de 1981— Foto: Arquivo
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Princesa Diana em seu icônico vestido de casamento,desenhado por David e Elizabeth Emanuel,em julho de 1981. — Foto: Wikimedia
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Diana,conhecida também como Lady Di,e Charles — Foto: Infoglobo
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Diana,princesa de Gales,em Melbourne,Austrália,1988 — Foto: Anwar Hussein/Getty Images
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Diana durante apresentação de gala no Teatro Municipal do Rio,em 1991 — Foto: Custodio Coimbra
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Diana conversa com a irmã Lynne Frederick durante visita a Calcutá — Foto: RAVEENDRAN / AFP
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Foto de arquivo tirada em 31 de agosto de 1997 mostra os destroços do carro da princesa Diana após acidente que a vitimou em um túnel de Paris. — Foto: PIERRE BOUSSEL / AFP
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Diana,em 1996,se encontra com John Collins,paciente com câncer de pulmão,enquanto visitava a Unidade de Cuidados Paliativos do Northwestern Memorial Hospital,em Chicago — Foto: Sue OGROCKI / AFP
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Princesa Diana morreu em 31 de agosto de 1997,um acidente de carro na cidade de Paris. — Foto: Getty Images
— A teia de aranha de corrupção e abuso nesta empresa era inacreditável e muito sombria — disse à BBC o advogado Bruce Drummond,que representa várias ex-funcionárias.
Ainda de acordo com a rede britânica,os abusos relatados ocorreram em Londres,Paris,St Tropez e Abu Dhabi. Uma das mulheres disse que era adolescente quando foi violentada por Al-Fayed. O bilionário chegou a ser alvo de denúncias enquanto era vivo,mas não nessa escala.
— Mohamed Al-Fayed era um monstro,um predador sexual sem nenhuma bússola moral — afirmou uma das vítimas,segundo quem os funcionários da Harrods eram tratados como "brinquedos" do chefe.
O empresário começou a carreira nas ruas de Alexandria,no Egito,onde vendia refrigerantes. Depois,casou-se com a irmã de um milionário traficante de armas saudita,com a ajuda de quem começou a construir seu império. Ele se mudou para o Reino Unido em 1974 e assumiu a chefia da Harrods em 1985. Nas décadas seguintes,consolidou uma figura pública vista como "agradável",presente em vários programas de televisão do horário nobre,diferente da pessoa "vil" descrita pelas ex-funcionárias.
Mohamed Al-Fayed morreu quase 26 anos após a morte de Dodi e Diana em Paris,ocorrida no dia 31 de agosto de 1997. A informação foi confirmada ao veículo pela família do bilionário.
Proprietário por décadas da loja de departamentos Harrods,Al-Fayed foi também dono do clube de futebol britânico Fulham até 2013. Em nota,o clube lamentou a morte do empresário,afirmando que o clube tinha uma “dívida de gratidão com Mohamed pelo que ele fez”.
“Todos no Fulham ficamos extremamente tristes ao saber da morte do nosso antigo proprietário e presidente,Mohamed Al Fayed. Temos uma dívida de gratidão com Mohamed pelo que ele fez pelo nosso Clube,e os nossos pensamentos agora estão com a sua família e amigos neste momento sombrio”,diz a nota do clube.
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