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Revista CAIS em risco, mas permanece apoio para cerca de 30 vendedores

2024-09-22 HaiPress

Em entrevista à agência Lusa,quando a associação CAIS completa 30 anos,Matilde Cardoso lamentou que haja "cada vez menos pessoas disponíveis para serem associadas" da CAIS.

 

"Mais do que pagar a quota é envolverem-se no dia-a-dia e na problemática e isto é um problema",admitiu,revelando que a associação tem atualmente 124 associados ativos,o que é "muito pouco" e alertando que "no dia em que a CAIS tiver meia dúzia de associados,deixa de existir".

Uma realidade que a responsável disse que também pode pôr em causa a existência da revista CAIS,que não está nas bancas e que é exclusivamente vendida através dos vendedores da associação.

"Nós estamos em contraciclo porque toda a comunicação em papel está a desaparecer e nós ainda conseguimos de alguma forma sobreviver,mas isto é um custo para a CAIS",referiu.

Matilde Cardoso adiantou que a revista,nascida em 1994,já não é o principal meio para a capacitação das pessoas apoiadas pela associação,mas permanece um apoio monetário importante para os cerca de 30 vendedores,entre Lisboa e Porto,para quem é "um meio de capacitação e integração".

"Andamos nessa reflexão. Isto nasceu de um projeto editorial,mas 30 anos depois a realidade é completamente diferente. Uma vez mais,vamos ter de usar a nossa criatividade para encontrar a melhor solução para a revista,[talvez] uma revista digital",admitiu.

Relativamente aos desafios para o futuro,a presidente da CAIS enunciou,por um lado,a necessidade de encontrar as respostas adequadas aos problemas que vão aparecendo,consoante mudam as realidades ou as pessoas que procuram a associação.

Por outro lado,apontou que a sustentabilidade financeira também será um desafio e que será preciso continuar a cativar as empresas,já que os fundos públicos só garantem 50% da atividade da associação,e encontrar mais associados.

Matilde Cardoso defendeu que a falta de empatia para com projetos sociais tem muitas vezes a ver com desconhecimento e lembrou que há muitas formas do cidadão contribuir,seja monetariamente,seja através de voluntariado.

"Nós temos de saber comunicar melhor às pessoas de que forma é que elas podem contribuir para ajudar a resolver este problema. Temos de estar todos envolvidos e o estar envolvido,como cidadão comum,se calhar muitas vezes basta ser associado da CAIS",defendeu.

Aproveitou para lembrar que a associação tem um projeto 'online',com 30 histórias de pessoas que são exemplos de superação graças à CAIS,além de ter criado um 'podcast' com testemunhos de figuras públicas sobre as suas próprias fragilidades.

Recordou igualmente "um projeto muito importante",que é o Futebol de Rua,uma iniciativa que já está implementada de norte a sul do país,"envolve milhares de pessoas" de várias gerações e cuja seleção vai representar Portugal na Coreia do Sul.

Para Matilde Cardoso,o balanço de 30 anos,é por isso,"muito positivo" e acredita que o propósito por que a CAIS foi criada "ainda hoje se mantém": "Ajudar as pessoas a encontrar o seu projeto de vida e poderem ter uma vida digna".

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