Pesquisadores encontram afrescos eróticos de mais de 1800 anos em Pompeia; veja fotos — Foto: Reprodução/E-Journal Scavi di Pompei
GERADO EM: 30/10/2024 - 08:04
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O Parque Arqueológico de Pompeia abrange quase toda a superfície da cidade,que,no ano 79 d.C.,após a erupção do Monte Vesúvio,foi coberta por cinzas e lava. Em uma recente expedição na Região IX,desenterraram afrescos eróticos impregnados nas paredes de uma pequena casa romana.
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Neste local específico de Pompeia,costumam ser descobertas diariamente diferentes pinturas e artefatos usados muito antes da destruição da cidade,que revelam como era a vida naquela época. Desde o início do ano,uma campanha constante tem sido realizada para restaurar e recuperar parte do patrimônio de uma das áreas ainda inacessíveis ao turismo.
A notícia sobre a descoberta foi divulgada na revista E-Journal. A casa onde esses afrescos foram encontrados pertencia a uma família burguesa,e as imagens eróticas indicariam um processo de mudança e revolução pelo qual aquela sociedade estava passando no decorrer do século I d.C.
Entre as imagens desenterradas,apareceu uma representação da relação sexual entre um sátiro e uma ninfa. — Foto: Reprodução/E-Journal Scavi di Pompei
Essas pinturas foram feitas sobre um átrio,que comumente servia para receber visitas ou para expor troféus e outros artefatos. Isso surpreendeu os arqueólogos,pois,do total de 1.076 casas com um átrio,apenas 20% possuem essa estrutura,sendo esta a primeira onde foram encontradas figuras com conotação sexual.
Essas pinturas foram descobertas no bairro dos Amantes Castos,onde algumas casas estavam em plena transformação e mudança de paradigma. Segundo se especula,o terremoto do ano 62 d.C. pode ter mudado a visão dos cidadãos sobre a vida e sua fragilidade.
Entre os achados da Casa di Febra,destacaram-se os afrescos eróticos — Foto: Reprodução/E-Journal Scavi di Pompei
Essas moradias correspondiam a libertos e comerciantes com certa boa posição econômica,embora não fizessem parte da alta sociedade da época. Entre as obras impregnadas nas paredes,uma retratou o mito de Hipólito e Fedra. Isso deu nome à residência como Casa di Fedra. Apesar da conservação dos pigmentos,que apresentam apenas danos menores e um tom apagado,os arqueólogos insistem que ela não tem nada a invejar à casa maior e mais rica dos Pintores no Trabalho,que é adjacente a ela.
Sobre o interior da construção,os especialistas afirmaram que “de um estreito corredor se entra em outro ambiente,onde,no momento da erupção,ainda estavam em andamento obras de construção,caracterizado na entrada pela presença de um pequeno larário [altar doméstico],com uma rica decoração pintada com motivos vegetais e animais sobre fundo branco.”
As paredes da residência burguesa ainda conservam o esplendor da época — Foto: Reprodução/E-Journal Scavi di Pompei
Eles também destacaram que foram encontrados “objetos rituais dentro do nicho,deixados com a última oferenda antes da erupção de 79 d.C.,que destruiu Pompeia. Entre eles,foram resgatados: um queimador de perfume em cerâmica acroma com fendas antigas e uma lamparina,ambos com evidentes marcas de queimadura.”
Entre as cenas que também se destacaram,apareceu o coito entre uma ninfa e um sátiro,uma pintura com um casal que talvez sejam Vênus e Adônis,e uma possivelmente relacionada ao julgamento de Páris,que está danificada devido às explorações realizadas durante a época borbônica.
No pátio da casa descobriram um altar para animais com pinturas sobre a natureza — Foto: Reprodução/E-Journal Scavi di Pompei
Nas salas traseiras,foi encontrada uma piscina com paredes vermelhas e canais que conduziam a água da chuva até a boca de um poço.
Entretanto,análises de laboratório indicaram que o larário continha em seu interior ramos de essências aromáticas e restos de figos secos. Além disso,na superfície do altar foram encontradas duas tiras de mármore colorido e mármore vermelho,com a representação de um rosto atribuído à esfera dionisíaca,provavelmente Sileno.
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Arqueólogos descobrem afrescos inspirados na Guerra de Troia,em Pompeia
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Mostra afrescos retratando os personagens mitológicos Apolo e Cassandra,filha de Príamo,em uma sala de banquetes com paredes pretas.
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