Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Auxiliares afirmam que Lula não tem pressa para anunciar pacote fiscal e quer trocar 'cortes' por 'ajustes'

2024-11-13 HaiPress

Fernando Haddad (Fazenda) à frente do presidente Lula — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 12/11/2024 - 19:20

Presidente Lula adia cortes e discute ajustes em pisos de Saúde e Educação

Presidente Lula adia anúncio de cortes,foca em eventos internacionais. Mudanças nos pisos de Saúde e Educação em discussão,substituindo 'corte' por 'ajustes'. Possível desvinculação dos gastos da receita. Proposta de 'pente-fino' no BPC com regras mais rígidas.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem pressa para anunciar cortes de gastos nas despesas do governo,segundo seus auxiliares próximos do Palácio do Planalto.

Previdência militar no alvo: Comandantes se reúnem amanhã com número 2 da Fazenda para discutir corte gastosEnquanto isso... Após ata do Copom,analistas já veem alta maior de juros em dezembro caso pacote fiscal frustre mercado

A equipe de Lula não trabalha sequer com uma previsão de data e está focada nas agendas e encontros bilaterais que o presidente terá durante sua participação na Cúpula do G20,no Rio de Janeiro,na próxima semana.

Embora ainda não existam detalhes sobre como e quando ocorrerá esse anúncio,interlocutores do presidente afirmam que a palavra "corte" deverá ser evitada,sendo substituída pelo termo "ajustes".

Décimo terceiro salário: calculadora do GLOBO mostra quanto você ainda tem a receber no fim do ano

Integrantes do governo envolvidos nas discussões afirmam que mudanças nos cálculos dos pisos de Saúde e Educação continuam na pauta de Lula e são vistas como uma possibilidade provável.

O modelo apresentado a Lula propõe que os pisos deixem de ser vinculados à receita e passem a ser atualizados conforme os limites de gastos do arcabouço fiscal,segundo o qual as despesas não podem crescer mais de 2,5% acima da inflação. Isso permitiria que o governo controlasse o piso de gastos em Saúde e Educação com base nas restrições do arcabouço criado pela equipe econômica de Fernando Haddad.

Volta a crescer: Fila do INSS chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

A ala política do Palácio do Planalto,no entanto,avalia que essa medida poderá gerar desgastes dentro do PT e em outros setores da base de esquerda de Lula,caso seja implementada. A presidente do partido,Gleisi Hoffmann,já se manifestou publicamente contra a ideia,afirmando que "não seria uma opção válida nem justa para financiar outras áreas do governo".

Antes da entrada em vigor do arcabouço fiscal — regra que atualmente ordena as contas públicas do país,aprovada pelo governo Lula em 2023 —,o teto de gastos,criado pelo ex-presidente Michel Temer,determinava que os pisos de Saúde e Educação fossem corrigidos anualmente apenas pela inflação. Com o fim do teto de gastos,voltaram a valer as previsões constitucionais para despesas nessas áreas.

Mais Sobre Contas Públicas

Lula chama Pacheco para reunião amanhã; corte de gastos pode entrar na pauta

Cúpula das Forças Armadas avalia medidas pontuais em pacote de corte de gastos; veja o que está em discussão

A partir de agora,os gastos com Saúde devem representar ao menos 15% da receita corrente líquida do governo federal,enquanto os gastos com Educação precisam ser de 18% da receita líquida de impostos,conforme previsto na Constituição.

Há mais de uma semana,Lula vem discutindo esses cenários com os ministros da Educação,Camilo Santana,e da Saúde,Nísia Trindade. A desvinculação dos pisos de Saúde e Educação da receita vinha sendo defendida há algum tempo por integrantes do Ministério da Fazenda e,desde a semana passada,passou a ganhar adesão entre os auxiliares do presidente.

Também vem ganhando força no Planalto um "pente-fino" que o governo pretende implementar no Benefício de Prestação Continuada (BPC) — um salário mínimo mensal pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda.

Como mostrou O GLOBO,o governo vai propor ao Congresso Nacional um projeto de lei com novas regras de acesso e manutenção para os beneficiários. A ideia é que o BPC adote critérios de adesão e permanência semelhantes aos do Bolsa Família,incluindo,por exemplo,um cruzamento mensal de dados,o que atualmente não ocorre.

Segundo o projeto do governo,será exigida prova de vida anual (como no INSS para aposentados),além de reconhecimento facial e biometria para concessão e manutenção dos pagamentos. O objetivo é garantir que apenas pessoas que realmente se enquadram no benefício permaneçam no programa. No próximo ano,o programa custará R$ 118 bilhões.

Webstories

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

Pacote fiscal gera crise interna na bancada do PT e desgasta relação do governo com PSOL

Ciência do Chope: pesquisa sobre copo ideal para cerveja surgiu em ida à piscina, conta professor

Protagonista da série 'Sutura', Humberto Morais fará nova novela de Rosane Svartman

Exoneração expõe insatisfação com esforços do governo Lula para frear crise sanitária em reservas indígenas

Preso, primo de Elmar Nascimento falta à própria diplomação como vereador em reduto da família

Aval dos Bolsonaro e ‘paz’ com o vice estimulam Castro a tentar o Senado, mas aliados consideram anúncio precipitado

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap