Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

França 'não está isolada' em oposição a acordo UE-Mercosul, diz Macron

2024-11-19 HaiPress

Lula e o presidente francês,Emannuel Macron,na cúpula do G20,no Rio de Janeiro — Foto: LUDOVIC MARIN/AFP

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 18/11/2024 - 23:05

Macron não isolado em oposição ao acordo UE-Mercosul; Haddad discute no G20

Macron afirma que França não está isolada em oposição ao acordo UE-Mercosul devido a preocupações com agricultura. Haddad planeja discutir o tema com ele em jantar no G20. Risco cibernético e declarações no G20 sobre Mapa da Fome também são abordados.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

O presidente da França,Emmanuel Macron,afirmou hoje,em intervalo das atividades do G20 no Brasil,que o seu país "não está isolado" em sua oposição ao estado atual do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul,segundo informou a agência de notícias AFP.

O presidente francês é apontado como o principal obstáculo para o avanço do acordo,já que sofre forte pressão de agricultores em seu país. Hoje,houve vários protestos da categoria na França contra o acordo e a possível concorrência com produtos agrícolas do Brasil e da Argentina,principalmente.

Risco cibernético: Declaração do G20 alerta para o impacto 'dramático' da inteligência artificial na difusão de desinformaçãoNo G20: ministro reforça compromisso de tirar país do Mapa da Fome até 2026 e nega cortes no Bolsa Família e no BPC

O texto,"por ter sido negociado há muitas décadas,baseia-se em condições prévias que estão desatualizadas",disse o presidente francês a jornalistas no Rio. Ele afirmou ainda que também surgiu a ideia de "repensar a relação com esta sub-região,seja o Mercosul,ou talvez o Brasil,porque entendo que a Argentina talvez não tenha interesse em fazê-lo em um marco regional".

Macron afirmou que propôs a Lula empreender "novos trabalhos para tentar desenvolver um marco de investimentos conjunto,mas que proteja" a agricultura francesa e europeia.

— Realmente não queremos importar produtos agrícolas que não respeitem as regras que nós mesmos nos autoimpusemos — afirmou o francês,referindo-se a normas ambientais e sanitárias que os agricultores franceses cobram do Mercosul como forma de impedir a entrada em vigor do acordo.

A Comissão Europeia,com o apoio de vários países importantes do bloco,como Alemanha e Espanha,são favoráveis ao fechamento do acordo de livre comércio com o Mercosul antes do fim deste ano. As negociações se prolongam desde 1999.

Se a Comissão Europeia levar o tratado adiante sem o consenso francês,Paris precisaria do apoio de outros países para bloquear a aprovação. Precisaria formar a chamada "minoria de bloqueio" com ao menos quatro dos 27 países da UE em caso de os apoiadores da decisão não alcançarem 65% da população do bloco.

A Itália se juntou à oposição da França hoje. O ministro da Agricultura,Francesco Lollobrigida,criticou o acordo,afirmando que "em sua forma atual,não é aceitável". O que levou Macron a declarar hoje:

— Contrariamente ao que muitos pensam,a França não está isolada,e muitos países nos apoiam.

Haddad quer tentar convencê-lo

O ministro da Fazenda brasileiro,Fernando Haddad,pretendia abordar o tema com Macron durante as atividades de hoje no G20 e particularmente num jantar na noite de hoje,na Casa Firjan,em Botafogo,na Zona Sul do Rio.

Segundo a colunista do GLOBO Renata Agostini,o jantar foi organizado pelo governo francês e não havia previsão de uma pauta específica. Haddad,contudo,foi preparado para abordar o acordo Mercosul-União Europeia com o mandatário.

As últimas declarações do presidente francês preocuparam o governo brasileiro. Apesar das resistências da França serem conhecidas,a declaração enfática de Macron pareceu acrescentar camada adicional de dificuldade à ambição brasileira de finalizar o acordo ainda neste ano.

O ministro deixou o jantar e entrou no hotel em que está hospedado em Copacabana sem falar com a imprensa.

(Com AFP)

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

Pacote fiscal gera crise interna na bancada do PT e desgasta relação do governo com PSOL

Ciência do Chope: pesquisa sobre copo ideal para cerveja surgiu em ida à piscina, conta professor

Protagonista da série 'Sutura', Humberto Morais fará nova novela de Rosane Svartman

Exoneração expõe insatisfação com esforços do governo Lula para frear crise sanitária em reservas indígenas

Preso, primo de Elmar Nascimento falta à própria diplomação como vereador em reduto da família

Aval dos Bolsonaro e ‘paz’ com o vice estimulam Castro a tentar o Senado, mas aliados consideram anúncio precipitado

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap