Os hóspedes pagaram entre £ 7.000 e £ 10.000 pelo cruzeiro de luxo para Antártida — Foto: Divulgação/Swan Hellenic

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GERADO EM: 29/11/2024 - 20:54

Passageiros de cruzeiro na Antártida em greve de fome por reembolso de R$ 50 mil

Passageiros de cruzeiro de luxo na Antártida fazem greve de fome por reembolso de R$ 50 mil após viagem interrompida por falha no motor. Empresa Swan Hellenic oferece compensação considerada insuficiente pelos clientes. Passageiros idosos e deficientes expressam frustração com a situação. Presidente da empresa defende oferta,enquanto passageiros buscam solução rápida para o impasse.

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Um grupo de passageiros entrou em greve de fome em um cruzeiro de luxo para a Antártida,após um desentendimento com a empresa de cruzeiros responsável pela viagem. A aventura de luxo a bordo do navio SH Diana,da empresa Swan Hellenic,leva 170 passageiros que tiveram o sonho de conhecer um dos cantos mais remotos do mundo interrompido um problema técnico. Os hóspedes exigem reembolsos de R$ 50 mil a R$ 76 mil por pessoa,valores correspondentes ao que foi pago pelo pacote.

Uma falha no motor interrompeu a viagem turística pela Antártida,experiência pela qual os passageiros a bordo pagaram entre £ 7 mil e £ 10 mil. O navio de luxo,descrito pela Swan Hellenic como uma viagem "boutique 5 estrelas",está retornando a uma velocidade lenta,de apenas 6 nós — cerca de 11 km/h — em direção a um porto no sul da Argentina.

Em vez da prometida viagem,com paradas em locais icônicos como a Ilha Elefante e a Ilha Decepção,o problema técnico cancelou todo o roteiro. A falha no motor começou perto do início da jornada planejada para durar 20 noites,logo após o navio zarpar da Cidade do Cabo em 13 de novembro.

Os passageiros receberam um reembolso de 50% ou um "crédito de cruzeiro futuro" de 65% para usar em uma viagem pela empresa,que também prometeu excursões gratuitas em Ushuaia,na Argentina,onde o navio deve atracar no sábado para reparos.

No entanto,essa oferta foi descrita como "insultuosa" pelos clientes. O Times relatou que um grupo de turistas declarou que faria greve de fome até que a empresa atendesse às exigências

“Lamentamos profundamente ter que alterar o itinerário devido a problemas técnicos”,disse o presidente-executivo da Swan Hellenic,Andrea Zito,que defendeu a compensação oferecida aos passageiros,acrescentando: “Mas acreditamos que nossa oferta é justa. Alguns passageiros já aceitaram e até remarcaram viagens futuras.”

“A empresa precisa fazer uma oferta melhor”,disse um hóspede. “As coisas estavam ficando feias ontem,e só estão piorando.”

Enquanto isso,outro disse ao The Times que eles entendiam a situação,mas criticaram a maneira como a empresa lidou com as coisas. “Eles tomaram a decisão certa de não ir para a Antártida por razões de segurança,mas isso está sendo muito mal administrado pela Swan Hellenic”,eles disseram.

Em uma carta à empresa de cruzeiros de luxo,um grupo de passageiros escreveu: “Para a maioria de nós,esta é a primeira vez que visitamos a Antártida e,potencialmente,a última oportunidade para muitos.

“Alguns hóspedes são idosos,deficientes e já lutaram para chegar a esse ponto,apenas para a viagem ser interrompida. Para muitos de nós,visitar a Antártida é uma lista de desejos para a vida toda que queremos alcançar antes da morte ou da invalidez.”

Zito disse em uma declaração: “O desconforto inicial diminuiu em grande parte. Alguns poucos escolheram fazer uma greve de fome em seu protesto,o que é bastante contraproducente. Estamos trabalhando para um fim rápido a essa ação.” Ele acrescentou: “Sentimos que oferecemos um pacote de compensação muito generoso,além do que é legalmente exigido.”