Guru espiritual é investigado pela Polícia Civil do RS por crimes financeiros e agressões a seguidores — Foto: Reprodução
GERADO EM: 12/12/2024 - 00:00
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Investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul,o guru espiritual da comunidade alternativa Oscho Rachana,Aldir Aliatti,conhecido como Prem Milan,teria desviado cerca de R$ 20 milhões de seguidores. O montante foi gasto em viagens luxuosas,apostas online e investimentos,segundo as autoridades. Procurado,o grupo,que fica em um sítio em Viamão,ainda não se manifestou.
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— As pessoas venderam carros,fizeram empréstimos,foram avalistas de negócios. Ele comprou muitos imóveis e tudo era revertido para uso pessoal — explica a delegada Jeiselaure de Souza,responsável pela investigação. — Na metade deste ano,as vítimas começaram a perceber que havia algum problema financeiro e constataram o prejuízo de R$ 4 milhões,que ele teria perdido com dívidas,apostas online,viagens.
Nesta quarta-feira,os policiais aprenderam vários documentos,computadores,telefones celulares e máquinas de cartão,além de várias fotografias. Segundo a delegada Jeiselaure de Souza,a investigação teve início após ex-integrantes do grupo procurarem o Ministério Público do Rio Grande do Sul com denúncias de ilegalidades praticadas pelo suspeito.
— Eles narraram uma série de crimes que eram praticados lá,desde financeiros a agressões físicas e verbais que configuram uma verdadeira tortura psicológica — diz a delegada,que cita ainda os crimes de estelionato e curandeirismo. — Essas pessoas procuravam essa comunidade porque ele oferecia curas a partir de terapias alternativas bioenergéticas.
Polícia Civil do RS faz operação contra seita do Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução
As atividades do grupo incluíam também a prática de sexo como processo terapêutico,com denúncias de crianças expostas aos atos. Os pacotes de imersão na comunidade custavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Se decidissem morar no local,os membros da seita passavam a pagar um mensalidade e participavam de atividades como a venda de agendas,cadernos e pão. A promessa de Adir Aliatti era que os ganhos seriam revertidos a favor da comunidade. Isso,no entanto,não acontecia,segundo a Polícia Civil.
Após a pandemia,Adir Aliatti passou a exigir que os membros da comunidade fizessem empréstimos bancários de alto valor a favor do grupo. Os valores,contudo,teriam sido usados pelo próprio suspeito em viagens luxuosas e investimentos. A polícia estima que o valor desviado pelo suspeito seja de R$ 20 milhões. As dívidas contraídas na pandemia deixaram uma dívida de R$ 4 milhões na comunidade. Os filhos de Adir também são investigados.
— Ele coagia as vítimas com base nas informações obtidas nas terapias,que eram feitas nesses processos de imersão — conta a delegada,destacando que os membros que não aceitassem contribuir conforme Adir Aliatti mandava eram punidos. — Em encontros ali dentro,ele execrava,humilhava essas pessoas na frente de todo mundo,chegando,inclusive,às agressões físicas.
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