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Belterra une agro e floresta para recuperar áreas degradadas

2024-12-27 IDOPRESS

Valmir Ortega,CEO da Belterra — Foto: Divulgação

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GERADO EM: 26/12/2024 - 23:00

Empresa Agroflorestal Belterra: Parcerias Estratégicas para Sustentabilidade.

A Belterra,empresa agroflorestal,busca revitalizar áreas degradadas unindo agricultura e reflorestamento. Com projetos ambiciosos e parcerias estratégicas,como com a Cargill e a Natura,a empresa investe em sistemas sustentáveis,visando retorno financeiro sem depender apenas de créditos de carbono. Com a crescente regulamentação e incentivos do governo,a iniciativa contribui para a restauração de hectares de florestas no Brasil,promovendo renda e benefícios ambientais.

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Empresa de serviços agroflorestais,a Belterra quer incluir o pequeno e o médio agricultor na pauta do reflorestamento. A empresa já tem contratado projetos para a regeneração de 50 mil hectares de terras até 2030 com um modelo que une o plantio de alimentos — gerando mais renda para o agricultor — e de espécies florestais,recuperando o solo e a cobertura vegetal.

— Temos no país mais de 80 milhões de hectares de pastagens degradadas que geram renda de forma muito pouco eficiente e que podem ser recuperadas. Mas não dá para só regenerar pelo bem do bem do planeta sem levar em conta o produtor. Este não pode ser condenado ao sacrifício para salvar a natureza — diz o geógrafo Valmir Gabriel Ortega,CEO da Belterra. Antes de empreender,Ortega passou 15 anos no setor público. Entre outros cargos,foi diretor no Ibama e secretário do Meio Ambiente do Pará.

A conversão das pastagens degradadas,contudo,custa caro,demanda conhecimento técnico e leva tempo. E é aí que entra a Belterra. A empresa capta recursos no mercado financeiro ou com empresas interessadas em desenvolver uma cadeia produtiva sustentável ou compensar emissões,para financiar a conversão das propriedades para o sistema de agrofloresta.

A empresa está investindo R$ 300 milhões — entre recursos já contratados ou em captação — para a implementação de sistemas de agrofloresta nos 50 mil hectares,distribuídos por Rondônia,Pará,Minas Gerais,Bahia e Mato Grosso. Os projetos envolvem o cultivo de espécies como cacau,açaí,óleo de palma e café.

— É importante que o modelo se pague,gerando retorno pela produção agrícola e remunerando o investidor,sem depender de filantropia ou subsídio — diz Ortega,ressaltando que seria “desejável” ter algum incentivo,“dado que a soja e o milho contam com subsídios”.

— Com certeza o crédito de carbono também pode dar a sua contribuição,mas tentamos não depender exclusivamente da venda de crédito de carbono – explica.

A empresa tem projetos em implementação com Cargill (cacau) e Amazon (agricultura familiar com 300 produtores para geração de carbono de alta integridade). Recentemente,firmou um memorando com a Natura para um projeto para desenvolver a cadeia de óleo de palma.

As empresas parceiras fazem investimentos diretos e também contratos de compra futura da produção — o que dá uma garantia para que a Belterra levante financiamento no mercado.

Foram duas captações: um CRA de R$ 17 milhões com a gestora Gaia,100% liquidado pelo Santander. E um Fiago exclusivo com a JGP que já captou R$ 30 milhões,com a meta de levantar mais R$ 100 milhões até o final de 2025.

A Belterra foi fundada em 2018 com a aquisição de uma propriedade no Pará para testar e desenvolver um modelo escalável. No ano seguinte,a empresa foi contratada para desenhar um programa com o Fundo Vale para a restauração voluntária de 100 mil hectares de terra degradada. Dessa consultoria saiu um modelo de desenvolvimento do ecossistema de reflorestamento,com uma plataforma de aceleração de novas iniciativas — hoje já são sete empresas apoiadas pela iniciativa,incluindo a própria Belterra.

O plantio de florestas como modelo de negócio deve ganhar impulso com a recente regulamentação do mercado de crédito de carbono,juntamente com novos programas de concessão de terras para reflorestamento que estão sendo desenhados pelo governo federal e por alguns estados — ajudando o país a avançar no compromisso (ainda distante) estabelecido no Acordo de Paris,de recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

— Em unidades de conservação,a prioridade deve ser a restauração ecológica [modelo de empresas como re.green,Mombak e Biomas]. Mas em florestas estaduais de uso sustentável ou áreas públicas sem destinação,temos uma grande oportunidade de proteger gerando renda ao produtor e benefícios ambientais — diz Ortega. — Se você não garantir mais renda,a pressão pelo desmatamento vai continuar. Precisamos de todos os modelos para restaurar as florestas. E de uma agricultura que gere menos impacto,com menos emissões.

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