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Brasileiro deve pagar menos pelo azeite de oliva em 2025

2024-12-31 HaiPress

Colheita de azeitonas na Serra da Mantiqueira na Fazenda Serra de Chora,em Bom Sucesso,Minas Gerais — Foto: Thiago de Jesus / Globo Rural

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GERADO EM: 30/12/2024 - 21:05

Preço do azeite de oliva no Brasil deve cair 20% em 2025 devido à recuperação da produção na Europa

Preço do azeite de oliva no Brasil deve cair 20% em 2025 devido à recuperação da produção na Europa. Enquanto Espanha e Portugal aumentam oferta,a produção nacional enfrenta dificuldades climáticas. Consumidores podem esperar azeite nacional mais escasso e caro devido às condições adversas.

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Quebra de safra,escassez e altas recordes. A crise do azeite de oliva na Europa,provocada por seca e temperaturas elevadas,parece estar chegando ao fim. Após dois anos de baixa na produção europeia,a volta das chuvas e as boas condições de colheita deve reequilibrar o mercado.

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No Brasil,o preço do azeite subiu em média 21,6% no acumulado do ano até novembro. Dependente das importações para suprir a demanda interna,o país ficou vulnerável às oscilações do mercado por causa da menor oferta,agravada pela alta do dólar no ano.

Com a recuperação dos olivais na Europa,o preço do azeite deverá cair pelo menos 20% já no início de 2025,com o litro do extravirgem passando de R$ 80 para R$ 64,aponta levantamento da companhia italiana Filippo Berio,uma das principais produtoras de azeite do mundo.

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A empresa estima que a produção global em 2024/25 chegará a 3,1 milhões de toneladas,um aumento de 23% em relação à última safra,retomando os padrões tradicionais do setor. Em Portugal,o principal fornecedor para o Brasil,a Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal (Olivum) estima produzir 180 mil toneladas de azeite,o segundo melhor resultado da história.

No Brasil,ano difícil

Na Espanha,maior produtor global de azeite,responsável por 45% do consumo mundial,a safra atual deve crescer 50% em relação à de 2023/24,e avançar 80% em comparação com o ciclo 2022/23,duas temporadas bastante afetadas por problemas climáticos. Segundo o Ministério da Agricultura,Pesca e Alimentação espanhol,a produção de azeite deve alcançar 1,24 milhão de toneladas.

Colheita de azeitonas na Serra da Mantiqueira na Fazenda Serra de Chora,Minas Gerais — Foto: Thiago de Jesus / Globo Rural

O aumento da produção é impulsionado pelos resultados na Andaluzia,onde está concentrada grande parte da produção espanhola. A colheita na região está estimada em 1,021 milhão de toneladas,o que representa um aumento de 77% em relação ao ano anterior. Castela-La Mancha também se destaca,com projeção de 140 mil toneladas,um aumento de 29%.

Luís Planas,ministro da Agricultura da Espanha,mostra-se otimista com os dados. Em nota,ele diz que a recuperação do potencial produtivo “permitirá que os mercados voltem à normalidade”. O cenário deverá equilibrar a oferta e a procura pelo produto,com 980 mil toneladas destinadas à exportação e 480 mil toneladas ao consumo interno,aumento de 32% e 17%,respectivamente,em relação ao ano anterior.

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Enquanto a produção se recupera na Europa,o oposto acontece no Brasil,onde o clima continua desafiando os olivicultores. Os azeites nacionais,que ganharam maior competitividade nas gôndolas nos últimos anos com a alta de preços dos importados,devem enfrentar dificuldades neste ciclo.

Nilton Oliveira,consultor especializado em olivicultura,acredita que o consumidor interessado em adquirir azeite nacional terá dificuldade para encontrá-lo nos supermercados:

— Vai se tornar um item raro e caro. O produtor enfrentará mais despesas. Se conseguir cobrir os custos de produção,já será motivo para comemorar.

O Rio Grande do Sul,maior produtor brasileiro,deve repetir o resultado da safra anterior,com 220 mil litros de azeite,uma redução de 67% em relação a 2022/23. Segundo Renato Fernandes,presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva),isso se deve às enchentes que atingiram o estado em maio e às chuvas intensas em setembro.

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— Nós enfrentamos um ano difícil em termos climáticos. O excesso de umidade,tanto no ar quanto no solo,diminui a carga de frutas. Além disso,a chuva dificulta a polinização das flores,que dependem de um tempo mais seco — afirma Fernandes.

A escalada do dólar também preocupa os produtores,já que parte dos insumos para a atividade é importada.

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No Sudeste,as expectativas de produção para 2025 também não são boas. Fatores climáticos devem causar uma redução de 30% na produção em relação a 2023/24,que já foi um ciclo de queda.

— Tivemos poucas horas de frio,não o suficiente para garantir uma boa floração — afirma Moacir Batista,presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assolive).

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