Eça de Queiroz e seus filhos José Maria e Maria na França,na década de 1890 — Foto: Fundação Eça de Queiroz
GERADO EM: 07/01/2025 - 17:30
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Os restos mortais de Eça de Queiroz (1845-1900) serão transferidos hoje para o Panteão Nacional,em Lisboa. A homenagem acontece após briga judicial com a família do escritor e manifestação às vésperas do traslado.
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Moradores de Baião fizeram um último protesto contra a transferência no domingo. Foi em frente à Fundação Eça de Queiroz,onde acontecia a derradeira reverência diante do ataúde do autor de “Os Maias”.
Além de ter se transformado em uma disputa política entre partidos e políticos rivais,o traslado chegou a ser apontado como possível motivo para esvaziar ainda mais uma região carente de atrações turísticas.
Após morrer em Paris em 1900,Eça foi trasladado para Lisboa. Em 1989,seus restos mortais foram transferidos novamente para o cemitério de Santa Cruz,em Baião,onde a Fundação que leva seu nome mantém a memória e o culto à obra do romancista.
A Fundação fica na Quinta de Tormes,nome imortalizado em “A cidade e as serras”. O lugar também inspirou o conto “Civilização”. Apesar de ter vivido por lá apenas em curtos períodos,é vasta a coleção de objetos pessoais,incluindo a mesa onde o autor escrevia em pé.
Apesar do traslado,todo o espólio permanecerá na Fundação,que seguirá aberta ao turismo.
A transferência dos restos mortais foi aprovada no Parlamento em 2021 e deveria ter sido concretizada em setembro de 2023. A uma semana da cerimônia,alguns bisnetos do escritor conseguiram impedir o traslado na Justiça.
O Supremo acabou decidindo,no entanto,que Eça não havia manifestado preferência pelo local de sua sepultura. E atendeu à demanda de um outro grupo de bisnetos a favor do traslado.
A cerimônia no geral custou cerca de € 100 mil,valor pago em sua maioria pelo Parlamento. Eça será sepultado,finalmente,em um destino final. Estará ao lado dos escritores Almeida Garret e Sophia de Mello Breyner,da fadista Amália Rodrigues e do craque Eusébio.
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