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Entenda: por que Trump pode sim mudar nome do Golfo do México e como isso impactaria os EUA e seus vizinhos

2025-01-09 IDOPRESS

Trump visita muro na fronteira com o México antes de comício no ArizonaReuters - 23/06/2020 — Foto: Reuters

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GERADO EM: 08/01/2025 - 19:00

Polêmica: Trump propõe mudar nome do Golfo do México para Golfo da América

Donald Trump quer mudar nome do Golfo do México para Golfo da América,gerando custos e problemas para EUA e empresas como o Google. Reações variam,mas mudança pode não ser reconhecida internacionalmente. Comitê democrata pode barrar a ideia,enquanto o Google se prepara para possíveis disputas.

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Donald Trump afirmou na última terça-feira querer mudar o nome do Golfo do México. Será Golfo da América. Em sua fala,o presidente eleito dos Estados Unidos pareceu ligar o rebatismo à entrada de imigrantes sem documentação legal e drogas ilícitas pela fronteira sul do país. Na entrevista coletiva na Flórida,disse ainda que o novo nome é "lindo e apropriado",mas não ofereceu mais detalhes. De qualquer modo,sim,a partir do próximo dia 20,quando retorna à Casa Branca pela segunda vez,o republicano pode ir adiante com a excentricidade.

As reações à fala de Trump foram imediatas. A deputada trumpista Marjorie Taylor Greene anunciou por uma rede social que iria propor a mudança através de projeto de lei. O Partido Republicano tem maioria nas duas casas do Capitólio e pode garantir sozinho a celeridade e a aprovação da medida. Pediu apoio para "começar a financiar a mudança de mapas em todas as agências do governo federal e as forças armadas". Já a presidente mexicana,Claudia Sheinbaum,foi bem-humorada,mas sem deixar passar a provocação batida: nesta quarta-feira,afirmou que,na mesma linha,também poderia mudar o nome dos próprios Estados Unidos,para "América Mexicana".

Os mais velhos lembraram a tentativa,durante o governo de George Bush,o filho,em 2003,por militantes da direita,de renomear as batatas fritas no país,de "french fries" por "freedom fries" (sairia o 'francesas',críticos do neoconservadorismo então dominante em Washington,e entraria o 'liberdade'). Não deu certo e nem teve o apoio da Casa Branca à época.

Cabe ao governo federal de cada país nomear locais em sua área de domínio. No entanto,não há nenhuma obrigação de outros países reconhecerem eventuais mudanças — há pelo menos 400 anos o Golfo do México é assim chamado. Precedentes famosos são a tentativa legal dos países arábes de alterarem o nome de outro Golfo,o Pérsico,na Ásia,para Árabe,sem sucesso. E a confirmação,mas interna,por Barack Obama,de que o

De acordo com o Washington Post,o Conselho de Nomes Geográficos dos EUA,dentro do Depratamento de Interior,é o responsável por uniformizar os nomes geográficos do país. E seu Comitê de Nomes Estrangeiros padroniza os batismos feitos fora do país. Ele é composto por representantes de órgãos federais,especializados em geografia e cartografia. Seus membros são nomeados a cada dois anos,e os atuais foram escolhidos pelos democratas,o que pode ser um problema para o desejo de Trump.

Foi justamente este Comitê que,no governo de Joe Biden,substituiu todos os nomes de locais com a palavra “squaw” no país,usada como insulto às mulheres nativas americanas. A Secretário do Interior,Deb Haaland,foi,inclusive,a primeira pessoa de origem indígena a participar de um ministério nos EUA. Em 2015,por sua vez,o então presidente Barack Obama aprovou a mudança do nome do Pico McKinley — o mais alto do país— para Denali,como batizado originalmente pelos indígenas. Trump,aliás,já avisou que anulará a decisão.

A mudança do nome do Golfo,no entanto,pode gerar desconforto com a enorme comunidade mexicano-americana em estados decisivos para a sucessão de Trump,como o Arizona,temem congressistas republicanos. E pode ser custosa e complicada para empresas que lidam diretamente com o reconhecimento geográfico e GPS,como o Google.

O jornal Arizona Republic,o principal do estado,conta que o Google tem padrões para os quais os nomes são usados ​​para as características geográficas. Funcionários do Google Earth indicaram ao Republic que a regra,no caso do Golfo,é a de exibir "o(s) nome(s) primário(s) comum(s) dado(s) ao corpo de água pelas nações soberanas que fazem fronteira com ele". Assim,"se todos os países que fazem fronteira com a característica geográfica concordarem com o nome,o Google Earth exibirá esse nome comum. No entanto,ambos os nomes serão exibidos se houver uma disputa". Ou seja,o Google incluirá o nome trumpista em caso de mudança e não há ainda uma ideia de quanto isso custaria. Mas já afirmaram que,“como editores de uma ferramenta de referência geográfica,acreditamos que o Google não deve escolher um lado em disputas geopolíticas internacionais”. Buena suerte. E good luck.

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