Carlos Martins,diretor da Air Carbon Exchange (ACX) Brasil — Foto: Divulgação
GERADO EM: 10/01/2025 - 20:21
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A bolsa carioca Air Carbon Exchange (ACX) Brasil movimentou R$ 100 milhões em transações de compra e venda envolvendo quase quatro milhões de toneladas de créditos de carbono nos seus primeiros seis meses de operação. Subsidiária da bolsa global ACX,maior comercializadora de créditos de carbono do mundo,a ACX é a primeira do gênero no país e chegou por aqui em uma sociedade com a B3.
O mercado de crédito de carbono deve ganhar impulso com a entrada em vigor da lei que regulamenta o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa,sancionada em dezembro,e que estabelece regras de compensações para grandes emissores.
O volume transacionado pela ACX em seis meses representa 4% do volume anual de créditos de carbono previstos para serem comercializados no mercado regulado quando o sistema estiver plenamente operacional,dentro de três anos. — É um volume considerável levando em conta as estimativas de que o mercado regulado deve movimentar entre 100 milhões e 200 milhões de toneladas no primeiro ano — diz Carlos Martins,diretor da ACX Brasil.
A estimativa do Ministério da Fazenda é de que 5 mil CNPJs,de entes públicos e privados,terão de compensar suas emissões no mercado regulado. São empresas ou entidades que emitem acima de 25 mil toneladas de dióxido de carbono ao ano.
Com sede no centro do Rio e espécie de âncora da política da prefeitura de fomentar o desenvolvimento de um ecossistema de finanças verdes,a ACX Brasil está conectada ao livro de ordens global da ACX em Cingapura. Isso permite aos participantes acessar o mercado internacional,embora as transações realizadas nestes primeiros seis meses tenham sido basicamente entre compradores e vendedores locais.
O mercado de crédito de carbono encolheu no mundo todo no ano passado,com preços baixos e casos de fraudes minando a credibilidade do instrumento de compensação. Para Martins,essa retração é conjuntural e não preocupa.
— Todos sabem que há projetos com problema. Mas isso é natural em um mercado em formação — diz Martins.
Hoje a maioria dos compradores na ACX são instituições financeiras. A associação com a B3 faz da ACX o único ambiente em conformidade com as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),permitindo a participação de fundos de investimentos no mercado voluntário de compra de créditos de carbono.
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