A nova frota em circulação pelo BRT Transoeste — Foto: Fábio MottaPrefeitura (Arquivo)
GERADO EM: 14/01/2025 - 21:00
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A secretaria municipal de Transportes (SMTR) intimou nesta terça-feira (14) os três consórcios que operaram linhas de BRT na cidade até março de 2022 a ressarcirem a prefeitura em R$ 201,1 milhões. O município estima que esse foi o investimento feito para pagar indenizações trabalhistas,recuperar a infraestrutura das estações e quitar multas em aberto por irregularidades identificadas na fiscalização do serviço quando a estatal Mobi-Rio assumiu de vez a operação dos serviços. Com base no contrato de concessão assinado com a prefeitura em 2010,os consórcios Transcarioca (que reúne as empresas que operam na Barra da Tijuca,Recreio e Jacarepaguá); Santa Cruz (restante da Zona Oeste) e Internorte (Zona Norte) têm até esta sexta-feira para quitar a dívida de forma amigável,antes de uma eventual cobrança na Justiça.
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— O ressarcimento das despesas está previsto nos contratos de concessão. Quando decretamos a caducidade (extinção do contrato por falhas na prestação de serviços) da operação do BRT a prefeitura teve despesas para recuperar a qualidade dos serviços. Os consórcios questionaram,mas não há mais recursos. Como ex-operadores,os três respondem em conjunto por toda a dívida — explicou o coordenador de contratos de concessão da SMTR,Gustavo Santos.
Gustavo explicou que os R$ 201,1 milhões foram apurados depois de a Secretaria municipal de Transportes ter reconhecido que os consórcios tinha direito de receber R$ 4,2 milhões pela construção e implantação da infraestrutura do Centro de Comando e Operações (CCO) do BRT,no Terminal Alvorada (Barra da Tijuca). Procurado,o Rio Ônibus,que representa as empresas da cidade,divulgou nota informando que a notificação está em análise pelo Departamento Jurídico da entidade.
Nos contratos de concessão de 2010,o BRT não foi licitado. Na época,foi estabelecido que os consórcios operariam os serviços em pool. Apenas o Intersul (responsável pelas linhas da Zona Sul) ficou de fora por não ter rotas que coincidiam com os articulados. Os três consórcios foram responsáveis por operar as rotas Transcarioca (Alvorada- Aeroporto Tom Jobim),Transoeste (Santa Cruz-Alvorada) e Transolímpica (Recreio-Deodoro). O Transbrasil (Terminal Gentileza -Deodoro) não foi contemplado porque só seria inaugurado em 2024.
A partir de 2017,durante o governo do ex-prefeito Marcelo Crivella,a operação do sistema entrou em decadência. Os ônibus comprados a partir de 2010 circulavam com portas abertas e sofriam panes constantes. Crivella chegou a decretar uma intervenção,mas o sistema não melhorou. Em 2018,os consórcios foram à Justiça alegando prejuízos com a quebra dos coletivos devido à qualidade do piso do BRT Transoeste. Quase dez anos depois,o processo ainda está em fase de perícia.
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Em 2021,ao voltar à prefeitura,Paes decretou uma nova intervenção no sistema. A Mobi-Rio assumiu a operação por um ano,inicialmente como interventora. E a partir de março de 2022,como gestora do sistema. Os antigos ônibus continuaram a circular requisitados às antigas operadoras (sem indenização) até que o município adquirisse uma nova frota.
Essa não é a única dívida que a prefeitura cobra dos consórcios. Desde 2021,fiscais da Secretaria municipal de Transportes já cobraram R$ 150 milhões em multas por irregularidades tais como falta de ar-condicionado nos coletivos e por linhas circularem com portas abertas ou abaixo da frota determinada pelo poder público. Como muitas multas não eram pagas,o município tentou descontar as dívidas o subsídio devido às empresas,mas a Justiça não permitiu. Nesta terça-feira,o município não tinha dados atualizados de quanto deixou de ser pago ou está em recurso.
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