Raphael Pinto Ferreira Gedeão em corredor do Wyndham Rio Barra — Foto: Reprodução
GERADO EM: 20/01/2025 - 20:42
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O Tribunal de Justiça do Rio decretou,nesta segunda-feira,a prisão temporária do policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão,suspeito de matar a tiros o empresário Marcelo dos Anjos Abitan da Silva em frente a um hotel na orla da Barra da Tijuca,Zona Oeste da capital. Os dois tiveram uma discussão,na madrugada de domingo,devido ao acesso à garagem do Wyndham Rio Barra,onde o apontado como autor dos disparos morava e a vítima estava hospedada com a família. O relato de testemunhas e as imagens das câmeras de segurança foram essenciais para a Polícia Civil entender o que ocorreu naquela madrugada.
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Segundo depoimento de um funcionário do hotel à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC),instantes antes de ser assassinado,o empresário repetiu aos gritos:
— Pra que isso? Pra que isso?
Era perto das 2h50. Havia pouco tempo,segundo parentes,que Marcelo tinha voltado do trabalho,em Madureira,na Zona Norte. Ao chegar ao hotel,no entanto,não pôde entrar na garagem,porque havia um carro bloqueando a passagem.
Testemunhas narraram à polícia que o veículo que impedia a entrada era o de Raphael,policial lotado na Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE). Ele não havia atualizado seu cadastro no estabelecimento,e os funcionários não sabiam que aquele carro pertencia ao agente. Por isso,não abriram a cancela da garagem. O policial estava na portaria quando o empresário chegou e começou a buzinar por alguns minutos para que o dono tirasse o carro que atrapalhava a passagem.
A entrada do hotel da Barra onde o empresário foi morto — Foto: Reprodução
O policial,então,voltou para perto do veículo,e a discussão começou. Em gravações de câmeras de segurança,entregues à DHC,é possível ver Marcelo e Raphael discutindo na calçada,próximo à cancela da garagem. Ambos aparecem exaltados. Em determinado momento,ao perceber o empresário se aproximando,o agente pega uma pistola e ordena que ele se afaste. No entanto,Marcelo avança,a passos curtos,em direção ao policial,que,de repente,dispara na barriga dele.
Em determinado momento,dispara na barriga dele.
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Marcelo põe a mão na ferida,grita e sai correndo. Ao se virar,ele leva mais dois tiros. A gravação continua,mas mostra apenas o policial,que continua armado e gritando com alguém que parece ser funcionário do hotel.
Imagens mostram o policial civil dentro do hotel — Foto: Reprodução
À polícia,o funcionário contou ter dito ao policial que tudo aquilo era desnecessário. Segundo o relato,Raphael respondeu: “Tentei falar com ele e,agora,deu nisso aí. Agora chama a polícia”. O funcionário socorreu o empresário e chamou o Corpo de Bombeiros,que atestou a morte de Marcelo ainda no local.
Raphael ainda ficou cerca de 10 minutos no hotel,antes de fugir por uma outra saída do estabelecimento. Ao tentar deixar o hotel,uma funcionária que controla a cancela identificou que era o carro do policial e não abriu a passagem. Ele,acelerou o veículo e quebrou a barreira.
Policial civil quebrou a cancela ao fugir do local — Foto: Reprodução
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A Delegacia de Homicídios pediu a prisão do policial ainda na noite de domingo. Segundo a decisão do juiz de plantão Orlando Eliazaro Feitosa,o policial deve ser preso por 30 dias para “para a elucidação dos fatos e conclusão da investigação”. De acordo com o magistrado,“é nítido que a liberdade do investigado afetará a livre colheita de outras provas necessárias ao término da investigação criminal,tais como oitiva de testemunhas,inclusive no que toca especificamente à formalização do seu reconhecimento,sendo necessária também pelo fato de o autor encontrar-se em local incerto e,provavelmente,ainda estar na posse da arma de fogo empregada no crime”.
Em nota,o advogado de Raphael,Saulo Carvalho,afirma que “imediatamente após o ocorrido,o investigado entrou em contato com os órgãos de segurança,a fim de diligenciarem ao local dos fatos e prestarem o devido auxílio à vítima”. Além disso,diz que o agente “colocou-se à disposição da autoridade policial para eventuais esclarecimentos sobre os fatos”.
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