Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Setor privado se prepara para a COP30

2025-02-17 HaiPress

Vale quer reforçar seu compromisso com descarbonização,preservação e recuperação de florestas — Foto: Dado Galdieri/Bloomberg

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 16/02/2025 - 20:19

Empresas se preparam para a COP30 em Belém: Setor privado lidera compromissos ambientais

Empresas se preparam para a COP30 em Belém,visando fortalecer compromissos ambientais. Setor privado como agente chave na transição climática. Algumas entidades ainda não decidiram participar. Pacto Global Rede Brasil mobiliza empresas para liderar a transição para uma economia sustentável.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

Com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) marcada para novembro em Belém,no Pará,empresas e entidades do setor privado enxergam o evento como uma oportunidade para reforçar compromissos com a descarbonização,proteção das florestas e transição para uma economia de baixo carbono. Companhias e associações setoriais já começaram a desenhar suas participações.

O Itaú está em fase de discussão sobre as ações e temas que levará para a COP30,mas tópicos como tecnologias para redução de emissões,descarbonização do portfólio de crédito e financiamento climático são alguns dos assuntos estudados. O evento é visto como oportuno na construção de diálogos intersetoriais e criação de novas parcerias para a transição climática,conta Luciana Nicola,diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco:

— Mais do que nunca,o setor privado pode ocupar posição relevante na mobilização de capital para a transição climática.

A Natura,que atua há 25 anos com comunidades tradicionais amazônicas em um modelo de sociobioeconomia,quer destacar a Amazônia como polo de riqueza sustentável. A empresa levará à COP30 casos de sucesso que mostram ser possível conciliar conservação ambiental,lucratividade e valorização do conhecimento tradicional. A empresa espera que a COP30 traga debates sobre redução do desmatamento ilegal e exploração indevida de recursos.

— Na conferência,queremos deixar a mensagem de que é possível realizar negócios que façam bem para as pessoas e o planeta. Nosso foco também será gerar diálogo e estabelecer parcerias com empresas,o terceiro setor e o poder público para deixar um legado pós COP30,especialmente para o território.

Associações também estarão presentes. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) avalia participar da COP30 na Blue Zone (onde ocorrem as negociações oficiais),por meio de inscrições de casos e painéis selecionados pelo governo para seu estande,e na Green Zone,dedicada ao diálogo com a sociedade civil.

A entidade quer usar a conferência como plataforma para reforçar o Brasil como fornecedor de alumínio de baixa intensidade carbônica.

— A COP30 pode acelerar mudanças importantes para o setor do alumínio ao ampliar as discussões sobre economia circular,políticas de precificação de carbono e mecanismos para garantir concorrência justa no mercado global — afirma Janaina Donas,presidente-executiva da associação.

A Vale,que tem 60% de sua produção na Amazônia e atua há 40 anos na região,estruturou um grupo interno para alinhar sua estratégia às pautas do evento. Com até US$ 6 bilhões em investimentos para reduzir em 33% as emissões até 2030 e alcançar o net zero em 2050,a Vale quer reforçar seu compromisso com descarbonização,preservação e recuperação de florestas.

— A expectativa é de consolidarmos os avanços em torno do financiamento climático,iniciado durante a COP29,em Baku,e especialmente posicionar a Amazônia como ativo global que precisa ser preservado para o equilíbrio climático do planeta. A presença do setor privado é essencial para a busca de soluções efetivas — diz Hugo Barreto,diretor de Clima,Natureza e Investimento Cultural da Vale.

O gerente de Sustentabilidade da Cemig,Adiéliton Galvão Freitas,destaca a importância de ser ativa na COP30. A empresa quer se tornar zero em emissões até 2040:

—É fundamental não apenas mostrar as práticas da companhia,mas influenciar a sociedade e empresas na busca por uma matriz energética 100% limpa para o Brasil,o que pode atrair investimentos significativos e promover o desenvolvimento do país.

Adesão não é total

Mas a adesão não é maciça. Pesquisa da Fundamento com 518 executivos de 23 setores mostra que apenas 31% já decidiram comparecer,enquanto 47% ainda não tomaram uma decisão. Além disso,68% das companhias nunca participaram de uma COP.

Para Marta Dourado,CEO da Fundamento Grupo de Comunicação,o evento no Brasil pode facilitar o acesso,mas muitas empresas desconhecem como se envolver de forma estratégica. Para essas,a sugestão é buscar informações e se conectar com entidades setoriais que já têm experiência no evento. Há uma percepção dividida sobre os impactos da COP: 24% acreditam que ela não trará efeitos para suas operações,e 13% não sabem avaliar o impacto:

— Muitos desses entrevistados pertencem a empresas nacionais de grande porte que ainda precisam recuar alguns passos,e começar do básico,que é trazer essas questões para dentro,discutir como elas afetam seu negócio e definir um plano estratégico para os próximos anos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI),que participa desde a COP26 como membro-observador,quer influenciar negociações e promover a indústria nacional em uma economia de baixo carbono. A entidade está criando um grupo para representar o setor privado nas discussões climáticas.

— Mesmo uma participação mais “passiva” na conferência,como assistir a palestras e debates,pode ser extremamente benéfica para as empresas — avalia Davi Bomtempo,superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

Outra entidade que busca engajar o setor privado é o Pacto Global Rede Brasil,da ONU,por meio do programa “Pacto Rumo à COP30”. Lançado em junho de 2024,a iniciativa reúne 12 projetos. A meta é mobilizar 600 empresas,e até agora,482 já aderiram ao programa.

— O setor privado tem uma oportunidade única de liderar essa transição,especialmente o potencial de protagonismo do Brasil no mercado de créditos de carbono — diz Mônica Gregori,diretora de Impacto do Pacto Global Rede Brasil.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

A Publicidade Temática de Comunicação Internacional Online “Cinturão e Rota ‘Jin’ Hub – Olá Yiwu” de 2025 foi realizada em Yiwu, província de Zhejiang

CEA lanza su nueva ruta Shanghai-Auckland-Buenos Aires, conectando un “puente aéreo” sobre el Pacífico

Gratuidade de bagagens nos aviões tem de ser relegada ao esquecimento

Trump descobre que ‘o grande porrete’ não vive duas vezes

Redução da pobreza não significa vitória

Torcedores precisam se tornar investidores

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap