Sensualidade máxima: peças estão à venda em diferentes lojas — Foto: Montagem sobre fotos de divulgação

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GERADO EM: 19/02/2025 - 19:21

Fetichismo no Carnaval: Anitta impulsiona tendência de moda ousada.

Looks fetichistas estão em alta no carnaval,impulsionados por Anitta e marcas como Ohlograma. Estilistas como Fernando Cozendey veem nas roupas uma manifestação política e de liberdade. A designer Gabi Queiroz destaca a versatilidade das peças,que podem ser usadas tanto nas ruas quanto na intimidade. A sensualidade,inspirada em referências como cabaré e burlesco,permanece forte,mesmo em meio a contextos conservadores. Stephane Sartori planeja lançar coleções com uma pegada BDSM,seguindo a tendência de ousadia e liberdade.

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O papo entre carnaval e sexo sempre foi reto. Como lembra o professor Felipe Ferreira,do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Uerj,desde o surgimento na Europa,durante a Idade Média,a festa é uma oposição ao período da Quaresma,que vem em seguida. “Era uma preparação para os dias de privação,a despedida dos prazeres”,comenta.

Assim continuou até aportar nos trópicos,onde o calor escaldante deixou tudo mais sensual. Para a folia deste ano,as marcas de roupas e adereços estão especialmente safadinhas. As trombetas soando a tendência foram tocadas por gente como a cantora Anitta,que tem mergulhado em acessórios fetichistas,como os harnesses,com tiras em couro que transpassam o tronco e as partes baixas. “Ela passou a bunda do lugar de objeto de desejo para o de sujeito”,diz Clarissa Romancini,da marca Ohlograma,cheia de itens apimentados no estoque. “E cada um faz o que quiser com o próprio corpo.”

Confira uma seleção de looks fetichistas para usar no carnaval

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Muito populares no universo BDSM,os harnesses conquistaram Anitta — Foto: Getty Images

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Máscaras dão clima de mistério na Gansho — Foto: Victoria Yamagata

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Coelho inspirou look de Cozendey — Foto: Rafa Canoba

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Na Santa Maria,um dos looks evoca o leopardo — Foto: Cindy Reis

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Look fetichista na Ohlograma — Foto: Bel Corção

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Visual safadinho na Retropy — Foto: Priscilla Haefeli

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Joias para vestir na Lilac — Foto: Priscilla Haefeli

Marcas apostam na sensualidade máxima para os dias de folia

O estilista Fernando Cozendey,que viu suas peças transformadas em sonho de consumo para a temporada momesca,vê os looks como manifesto político. Afinal,ele próprio começou a criá-los como contestação a tudo o que lhe era imposto por ser gay. “Dou vazão a desejos e loucuras quase inalcançáveis nas minhas criações. Como o carnaval é mais permissivo,acabou me abraçando.”

Não é de se admirar,portanto,que as peças andem transitando entre a rua e os momentos entre quatro paredes. “No ano passado,fechei uma parceria com a Valisere,um verdadeiro sucesso”,conta a designer Gabi Queiroz,da Lilac. Ela faz o que define como “joias para vestir”,capazes de deixar qualquer corpo ainda mais reluzente. “Entendi que as minhas criações não estão só no camarote,à noite,mas também nos momentos íntimos.”

A mesma sensação é compartilhada por Stephanie Sartori,da Santa Maria,que tem referências de cabaré e burlesco nas criações. Sensualidade que,mesmo com a onda conservadora que assola o mundo,ela diz não ter volta. “Tenho várias coleções que ainda não materializei. Com certeza,vou lançar algo com uma pegada BDSM mais forte,com muito vinil e tal”,adianta,sobre referências presentes também na Gansho e na Retropy. Afinal,quanto mais quente,melhor.