O presidente da República,Luiz Inácio Lula da Silva,dá posse ao novo ministro da Saúde,Alexandre Padilha,e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República,Gleisi Hoffmann,no Palácio do Planalto. — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
GERADO EM: 10/03/2025 - 22:21
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais,convidou os líderes de partidos da Câmara para um almoço em Palácio do Planalto,um dia depois da sua posse. Lideranças da base de governo,como PT e PDT,já confirmaram presença. Além do encontro desta terça-feira,Gleisi também poderá se reunir individualmente com líderes.
O objetivo das conversas,além de desenhar prioridades na agenda de votações,será a articulação com as legendas para ampliar o espaço das siglas de centro e aliadas ao governo. Segundo interlocutores,a nova ministra deverá organizar uma nova fase da reforma ministerial em acordo com o presidente da Casa,Hugo Motta,e com aval de Lula.
No domingo,véspera da posse,a nova ministra se reuniu com o presidente da Câmara,Hugo Motta (Republicanos-PB),em Brasília para dar o ponta-pé inicial nas articulações. No mesmo dia,se encontrou com o líder do MDB,Isnaldo Bulhões (AL),que chegou a ter o nome cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais em seu lugar.
Isnaldo foi um dos poucos líderes dos partidos de centro a comparecerem na posse da nova ministra em Brasília. Apesar de ter sido uma cerimônia lotada,em que foi preciso utilizar um salão a mais no Palácio do Planalto para acomodar todos os convidados,poucos líderes de partidos aliados da Câmara e do Senado estiveram presentes.
Ao mesmo tempo em que precisará contornar as desconfianças de partidos da base e de centro,Gleisi terá de lidar com a artilharia que a oposição prepara para surfar na queda de popularidade de Lula. A intenção é pressionar com convocações de ministros e pedidos de informação. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm também como missão destravar a proposta de anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro de 2023.
Em seu discurso,Gleisi deu indícios que seu papel na pasta também será o de fazer o enfrentamento à oposição,já tendo em vista a disputa eleitoral de 2026,quando o próprio Lula ou um nome apoiado por ele deve concorrer contra o candidato do bolsonarismo. A avaliação no Palácio do Planalto é que o governo ficou carente de ministros com perfil mais combativo após a saída de Flávio Dino,no início de 2024,para assumir uma cadeira no Supremo. A aposta é que a nova titular das Relações Institucionais pode exercer esse papel.
— Ao fim da duríssima campanha de 2022,a democracia venceu nas urnas pela vontade popular,e venceu a trama golpista do 8 de janeiro — disse ela,que agradeceu ao ministro Alexandre de Moraes,do STF,pelas investigações que resultaram na denúncia de Bolsonaro e outras 33 pessoas por suspeitas de envolvimento em uma trama golpista.
Além dos embates políticos,Gleisi assume o cargo no governo com a missão de costurar alianças para a campanha presidencial de 2026,tanto para o caso de Lula disputar um novo mandato como para o de ele indicar outro nome para a sucessão. Um dos motivos citados para que ela fosse a escolhida como ministra foi o trabalho realizado em 2022,quando coordenou a campanha petista e ajudou a articular uma frente ampla de partidos.
Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.
© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa Contate-nos SiteMap