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Briga por comissões da Câmara prenuncia 2026 sangrento

2025-03-12 HaiPress

Fachada da Câmara dos Deputados — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo/12-05-2023

RESUMO

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GERADO EM: 11/03/2025 - 22:18

Disputa por Comissões na Câmara Antecipam Eleições de 2026 Tensas

A disputa pelas comissões da Câmara antecipa um cenário eleitoral tenso para 2026. Eduardo Bolsonaro,alinhado a Trump,deseja liderar a Comissão de Relações Exteriores,enquanto o PT busca barrá-lo,pedindo ao ministro Alexandre de Moraes a apreensão de seu passaporte. A presidência das comissões,regida por acordos de proporcionalidade,evidencia tensões políticas crescentes,refletindo um clima de confronto no Congresso.

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Com um ano de antecedência,a escolha dos presidentes de comissões da Câmara mostra que o ano eleitoral de 2026 arrisca ser sangrento,com canibais correndo atrás de antropófagos.

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O deputado Eduardo Bolsonaro quer presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara,e o PT pediu que o ministro Alexandre de Moraes apreenda seu passaporte.

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Eduardo Bolsonaro tem todo o direito de pleitear a presidência da comissão,e o PL,seu partido,pode indicá-lo. Ele não é um parlamentar qualquer. Alinhou-se como militante da causa do presidente americano Donald Trump,que ameaça impor tarifas protecionistas contra o Brasil. Uma das marcas dos Bolsonaros é a opção preferencial por posições irracionais.

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Vale lembrar que,se o pai de Eduardo não tivesse hostilizado as vacinas contra a Covid-19,talvez estivesse hoje no Palácio do Planalto. Em novembro de 2020,quando já haviam morrido mais de 160 mil pessoas,ele disse:

— Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos,todos nós vamos morrer um dia. (...) Tem que deixar de ser um país de maricas.

O trumpismo do deputado levou o PT a pedir a Moraes que apreenda seu passaporte. É difícil que a medida venha a ser efetivada,mas o clima de gafieira está soprado. A repórter Naira Trindade ouviu de um deputado do PL:

— Se Alexandre de Moraes tirar o passaporte dele,aí é que vamos colocá-lo mesmo no comando da Comissão de Relações Exteriores. Só de pirraça.

De pirraça em pirraça,quem sai perdendo é o Congresso. A deputada Bia Kicis já presidiu a Comissão de Constituição e Justiça sem provocar maiores transtornos.

A presidência das comissões é preenchida a partir de critérios de proporcionalidade e,como o PL tem a maior bancada,tem direito a ser o primeiro a indicar seus nomes. Essa construção faz parte de um acordo de cavalheiros,para manter um clima de cordialidade no plenário.

No dia 7 de abril de 1964,com João Goulart deposto,o deputado Francisco Julião,patrono das Ligas Camponesas,estava em Brasília,com a cabeça a prêmio. Escapuliu escondido no carro de seu colega Adauto Lúcio Cardoso,um adversário conservador que nada tinha a ganhar ao protegê-lo. Dois dias depois,Julião foi cassado. A Câmara de 1964 tinha gentis-homens.

Quando se fala em acordos de cavalheiros,ressurge a cena do ator mexicano Cantinflas,começando uma partida de dominó com amigos:

— Senhores,vamos jogar como cavalheiros ou como o que somos.

Tratando da encrenca,o deputado Lindbergh Farias,líder do PT na Câmara,disse que “nós fizemos esse movimento mesmo [pedir a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro] para evitá-lo na Comissão de Relações Exteriores. Aceitamos qualquer nome,menos o dele. O dele só se for sem passaporte”.

Pirraça pura.

Eduardo Bolsonaro não precisa da Comissão de Relações Exteriores para lustrar sua militância trumpista,nem o PL precisa ir tão longe. Da mesma forma,o PT não precisava pedir ao Judiciário o confisco do passaporte de um parlamentar no exercício de seu mandato. Se a pirraça fosse boa política,Adauto não ofereceria seu carro a Francisco Julião.

O deputado Hugo Motta chegou à presidência da Câmara a partir de uma convergência construída longe da influência de pirracentos.

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