Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Petroleira francesa estuda usar hidrogênio verde do Brasil em refinarias na Europa, diz agência

2025-03-20 IDOPRESS

A francesa TotalEnergies negocia com empresa brasileira Casa dos Ventos para importar hidrogênio verde do nordeste do Brasil — Foto: Islam Safwat/Bloomberg

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 19/03/2025 - 22:24

TotalEnergies Planeja Importar Hidrogênio Verde do Brasil para a Europa

A TotalEnergies,gigante francesa de energia,está considerando importar hidrogênio verde do Brasil para suas refinarias na Europa. O projeto está sendo desenvolvido pela Casa dos Ventos no porto de Pecém,com capacidade planejada de 1,2 gigawatts. O hidrogênio verde é crucial para a descarbonização,e o Brasil pode produzi-lo de forma mais barata. A decisão final sobre o investimento é esperada para o próximo ano.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

A empresa francesa de energia TotalEnergies considera importar hidrogênio verde de um projeto bilionário em desenvolvimento no nordeste do Brasil para abastecer as suas refinarias na Europa. A petroleira seria um dos principais compradores do hidrogênio a ser produzido em uma planta planejada pela empresa brasileira de energias renováveis Casa dos Ventos,disseram fontes familiarizadas com o assunto,que pediram anonimato porque o assunto não é público.

Entenda: Greenpeace é condenado a pagar indenização milionária a operador de oleoduto nos EUA'Suicídio ecológico': aliados de Marina assinam manifesto contra petróleo na Margem Equatorial

A TotalEnergies,que tem uma participação de 34% na unidade de geração de energia eólica e solar na Casa dos Ventos,também considera uma participação no projeto,disseram as fontes.

A TotalEnergies e a Casa dos Ventos ainda não tomaram uma decisão final sobre o negócio,segundo as fontes. Ambas as empresas não quiseram comentar sobre um potencial acordo.

O projeto,que seria desenvolvido em fases no porto de Pecem,poderá eventualmente atingir uma capacidade de 1,2 gigawatts de eletrólise,o que o permitiria produzir 160 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. A produção de amônia verde,que é mais fácil de transportar do que o hidrogênio,poderá atingir 900 mil toneladas por ano,segundo a Casa dos Ventos.

O hidrogênio verde tem sido apontado como um combustível fundamental para um futuro sem carbono,por ser produzido através da divisão das moléculas de água em hidrogênio e oxigênio utilizando energia renovável. No entanto,poucos projetos de grande escala avançaram para a fase de construção devido aos altos custos e à complexidade tecnológica.

Entenda: Trump afirma que está autorizando seu governo a aumentar a produção de energia a carvão

O contrato da TotalEnergies seria um novo passo no plano da empresa petrolífera de reduzir suas emissões,substituindo as 500 mil toneladas de hidrogênio "cinza" — que utiliza combustíveis fósseis — usado em seus processos de refino na Europa por hidrogênio verde até 2030. A mudança para o gás limpo — mas muito mais caro — é motivada por um imposto planejado pela União Europeia sobre distribuidores de combustível que não atendem aos padrões ambientais,disse a empresa.

Até agora,a empresa assinou contratos para pouco mais de 130 mil toneladas do gás produzido de forma limpa que será feito na Europa e para 70 mil toneladas que devem ser enviadas da Arábia Saudita na forma de amônia verde. A principal planta da Arábia Saudita em Neom,que foi estimada em US$ 8,4 bilhões em 2023,deve começar a operar em 2026 com o objetivo de exportar até 1,2 milhão de toneladas de amônia verde por ano.

A Casa dos Ventos planeja fornecer cerca de 3 gigawatts de energia eólica e solar para alimentar eletrolisadores que produzirão hidrogênio verde,disse a empresa. O desenvolvimento de plantas de energia renovável e a fábrica de hidrogênio verde podem eventualmente resultar em um investimento total de cerca de US$ 5 bilhões,de acordo com a Casa dos Ventos.

'Discreto,privado,exclusivo':Air France lança primeira classe com jeitinho de jato particular. Paris-NY sai a R$ 62 mil

O Brasil está buscando impulsionar investimentos e dar início a uma indústria de hidrogênio de baixo carbono e recentemente aprovou uma lei que oferece alguns incentivos fiscais para projetos. A maior economia da América do Sul é capaz de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo,excluindo subsídios,de acordo com a BloombergNEF.

O porto no estado do Ceará pode se tornar o primeiro grande centro de exportação de hidrogênio verde no Brasil,com outras empresas de energia como a Fortescue também considerando produção no local.

"A planta de hidrogênio verde em Pecém será o principal projeto do Brasil para exportação de hidrogênio",disse a Casa dos Ventos em nota. Uma decisão final de investimento para a fábrica é esperada para o ano que vem,enquanto as operações devem começar em 2029,de acordo com a empresa.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

Impunidade na veia

Por que famosas estão recorrendo à harmonização íntima? Entenda os motivos por trás da decisão

Ian Bremmer: Nos 100 dias de segundo mandato, Trump 2.0 desata Brexit global com instituições em xeque

Furtos de obras de arte: o passo a passo do crime que levou o fundador da Hurb à prisão, segundo a polícia

Queda de católicos na América Latina apesar de papado de Francisco será desafio para futuro Pontífice

STJ barra novo recurso da Fifa em disputa contra empresa brasileira sobre 'spray de barreira'

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap