O presidente da Meta,Mark Zuckerberg — Foto: AFP
GERADO EM: 09/04/2025 - 20:18
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A diplomata neozelandeza Sarah Wynn-Williams,ex-diretora de Políticas Públicas Globais do Facebook,atual Meta,afirmou hoje ter testemunhado a colaboração de executivos da companhia e do próprio dono e CEO,Mark Zuckerberg,com o governo da China.
Ela foi ouvida hoje em audiência pública pelo subcomitê de crime e contra-terrorismo do Senado dos EUA,em Washington.
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De acordo com a diplomata,a Meta ajudou a desenvolver ferramentas de censura que foram usadas contra críticos do governo do país asiático,além de fornecer dados sobre usuários da plataforma de todo o mundo para os chineses.
Durante o testemunho,a ex-diretora da Meta também acusou a empresa de ter secretamente ajudado o governo chinês a desenvolver modelos de inteligência artificial (IA) para fins comerciais e militares.
Williams afirma que a Meta chegou a fornecer o código da própria IA,a Llama,para o partido comunista da China.
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Quando perguntada sobre a presença da Meta no mercado chinês,a diplomata acusou Mark Zuckerberg e outros executivos da companhia de terem mentido,e afirmou que a empresa atua no país há pelo menos uma década,mesmo com o banimento das redes sociais da empresa no país.
— Durante anos,eu vi diretores da Meta traindo valores americanos,eles fizeram isso para criar uma relação com Pequim e criar um império de 18 bilhões de dólares na China — diz Williams. — Os executivos da empresa mentiram para funcionários,sócios,congressistas e para o povo dos Estados Unidos.
Ao longo do depoimento,a ex-diretora da Meta também denunciou a criação de uma ferramenta de 'controle viral',que,segundo ela,daria ao governo chinês a chance de derrubar publicações que atraiam atenção. Ela afirma que a ferramenta é usada em perfis de Hong Kong e Taiwan,além de também afetar quem utilizar as redes sociais da Meta em território chinês.
No início de março,Sarah Wynn-Williams lançou o livro “Careless people: A cautionary tale of power,greed,and lost idealism” ("Pessoas descuidadas: Um conto de alerta sobre poder,ganância e idealismo perdido",em tradução livre). A publicação denuncia casos de assédio sexual e outros comportamentos inapropriados de executivos seniores da Meta durante sua passagem pela empresa.
Após o lançamento,a Meta entrou com um processo judicial para banir o livro. De acordo com a empresa,a veiculação da obra quebraria uma clausula de não difamação que ela assinou quando foi demitida,em 2017.
O processo não impede que a Flatiron Books,editora da publicação,continue a distribuir a obra,que atualmente ocupa o segundo lugar na lista de livros de não-ficção mais ventidos do The New York Times.
Em comunicado divulgado pela imprensa dos EUA,a Meta afirmou que o depoimento de Sarah Wynn-Williams é "dissociado da realidade e repleto de alegações falsas". A empresa ressaltou que não opera na China atualmente,embora o próprio dono da empresa,tenha publicamente demonstrado interesse entrar no mercado chinês.
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