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A ciência tem de interagir com a educação

2025-04-14 IDOPRESS

Atividade em laboratório da Escola Sesc de Ensino Médio no Rio de Janeiro — Foto: Sesc/Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 11/04/2025 - 22:57

Interação entre ciência e educação é crucial para o futuro do Brasil

A ciência deve interagir com a educação para garantir o progresso e o futuro do Brasil. Políticas educacionais,muitas vezes arriscadas e ideológicas,precisam de integração com a ciência. Experiências bem-sucedidas de transversalidade existem em áreas como saúde e agricultura,mas faltam na educação. A falta de interação entre ciência e educação impede avanços significativos nos indicadores educacionais,comprometendo o cumprimento dos objetivos sustentáveis da ONU.

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Fora os negacionistas mais obscuros,os brasileiros entendem a necessidade da ciência de interagir com todas as atividades sociais. Não é mais questão de opção. É uma necessidade vital à sobrevivência humana,social e planetária,que,no entanto,depende da ousadia estratégica dos políticos. Aí mora o problema. Como construir o futuro de um país com um Orçamento aprovado pelo Congresso que corta da educação e da ciência e destina o triplo a emendas parlamentares?

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O Brasil tem experiências bem-sucedidas de transversalidade da ciência. Temos um ensino superior que inclui fortemente a pesquisa — dos temas fundamentais até os que geram tecnologias e produtos. Criamos instituições fortes e transversais para saúde (Fiocruz),agricultura (Embrapa),ambiente (Inpe) e outras. Para isso,o Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação se associa aos da Saúde,Agricultura e Meio Ambiente,lançando editais transversais de pesquisa nessas interfaces,para depois colher os resultados. Quer dizer: quando há dinheiro...

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Isso ocorre no âmbito do Poder Executivo,sob tremores que a nossa democracia ainda não conseguiu superar. Espanta,que a transversalidade não alcance a educação,embora esta seja uma das áreas mais importantes para garantir o progresso e o futuro. Acaso existem editais que unam pesquisadores e professores em torno de temas inovadores de educação? Há iniciativas de pesquisa que ofereçam segurança às medidas tomadas pelo MEC? Será que a eficácia do Programa Pé-de-Meia é avaliada com metodologias rigorosas que a ciência proporciona? Ou baseadas em evidências científicas no contexto brasileiro? Torcemos para que essas políticas educacionais deem certo,mas isso pode acontecer ou não. É uma pura aposta na sorte.

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O mesmo ocorre na (falta de) interação entre as Comissões Parlamentares do Senado e da Câmara. A transversalidade necessária tampouco é praticada. Cada uma toma suas próprias decisões: ciência para um lado,educação para o outro.

O resultado é que as políticas educacionais e as práticas pedagógicas são sempre de alto risco,intuitivas ou ideológicas. Não conseguimos acelerar os indicadores educacionais a um ritmo que nos garanta ao menos cumprir os objetivos sustentáveis da ONU para a Educação (ODS 4). O fomento e a execução de projetos de pesquisa multidisciplinares dirigidos a temas educacionais já têm sido reconhecidos por alguns países e entidades globais,como a Unesco. É o caso dos 200 pesquisadores e 600 professores brasileiros que mantêm,há dez anos,uma Rede Nacional de Ciência para a Educação,com sede de interagir e trabalhar juntos para plantar essa semente de pesquisa translacional para a educação no Brasil.

Não bastam medidas óbvias e necessárias,é preciso descobrir novos caminhos. A ciência tem de interagir com a educação. Juntas,podem salvar o futuro,mas só se forem consideradas uma prioridade do presente. Sem cortes orçamentários,pelo amor de Deus!

*Roberto Lent,professor emérito da UFRJ,é pesquisador do Instituto D’Or e coordenador-geral da Rede Nacional de Ciência para Educação

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