Vacina da dengue desenvolvida pelo Butantan oferece proteção contra os quatro sorotipos,diz instituto. — Foto: Pexels
GERADO EM: 14/04/2025 - 19:54
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Após a aprovação do registro da vacina contra chikungunya pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),o Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira vai solicitar a sua incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS). O pedido será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) "pra adoção das medidas imediatas necessárias para dar seguimento à avaliação da oferta do novo imunizante na rede pública de saúde".
A expectativa é que,uma vez aprovada,e com capacidade produtiva,a vacina seja incorporada ao calendário nacional de vacinação,fortalecendo as ações de combate à doença no Brasil.
A vacina contra chikungunya foi desenvolvida pelo laboratório Valneva,em parceria no Brasil com o Instituto Butantan.
A chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti,também vetor da dengue e da zika. A doença causa febre alta e dores intensas nas articulações,podendo evoluir para dor crônica em alguns casos. O vírus foi introduzido no Brasil em 2014 e,atualmente,todos os estados registram casos. Até 14 de abril deste ano,o Brasil registrou 68,1 mil casos da doença,com 56 óbitos confirmados.
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Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença,que pode causar dor crônica nas articulações e afetou 620 mil pessoas no mundo só em 2024. Os países com mais casos da doença são Brasil,Paraguai,Argentina e Bolívia.
O mesmo imunizante contra a chikungunya já recebeu aprovação nos Estados Unidos e na União Europeia (UE). A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos,tendo apresentado um bom perfil de segurança e alta imunogenicidade (ou seja,grande capacidade de produzir anticorpos contra a infecção).
De acordo com resultados do estudo-clínico publicado na revista científica The Lancet,98,9% dos participantes do ensaio clínico produziram anticorpos neutralizantes,com níveis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses.
De acordo com o Instituto Butantan,o parecer favorável da Anvisa representa um importante passo na aprovação de uma segunda versão do imunizante,que já está em análise pela agência reguladora brasileira. As duas vacinas têm a mesma composição,mas uma delas terá etapas de fabricação brasileiras,com Insumo Farmacêutico Ativo (IFA),o principal componente da vacina,internacional. Com esse "capítulo" brasileiro na linha de produção,os custos do antígeno devem baixar,o que facilita a inclusão do imunizante no calendário de vacinação brasileiro.
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