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Cresce a visão da China como influência positiva entre potências emergentes, inclusive o Brasil

2025-04-18 HaiPress

O Brasil foi o que teve o percentual mais favorável à influência chinesa,77%,comparado aos demais países que participam do relatório — Foto: Freepik

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GERADO EM: 17/04/2025 - 17:30

Influência Chinesa Cresce no Brasil: 77% dos Especialistas Aprovam

O relatório anual sobre Potências Médias Emergentes revela que a influência da China é vista de forma positiva no Brasil e outras nações emergentes,como Índia e África do Sul. No Brasil,77% dos especialistas elogiam a influência chinesa. A postura de não-alinhamento com EUA ou China ganha força,refletindo a busca por autonomia e parcerias estratégicas diversas. O comércio é prioridade,destacando a necessidade de diálogo para reformular instituições multilaterais.

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Antes mesmo que Donald Trump declarasse guerra comercial ao mundo,um grupo de 300 pessoas formadas por membros do Legislativo e do Executivo brasileiro,professores de relações internacionais,empresários e profissionais que atuam em política externa no Brasil apontavam um certo grau de desgaste em relação aos Estados Unidos,em pesquisa realizada logo após a vitória do Republicano. A segunda edição do Relatório Anual sobre Potências Médias Emergentes - que faz uma análise da situação geopolítica e das opiniões de especialistas de Índia,Brasil,África do Sul e Alemanha - foi apresentado nesta quinta-feira em Jacarta,na Indonésia,em um evento que celebra os 70 anos da Conferência de Bandung. O encontro de líderes de países africanos e asiáticos em 1955,foi um marco na organização dos países do Terceiro Mundo e na luta contra o colonialismo. Agora,o mundo parece se reorganizar e a influência chinesa se fortifica nesse novo cenário.

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- Chama a atenção entre os experts entrevistados é a visão muito favorável à China. O Brasil foi o que teve o percentual mais favorável à influência chinesa,comparado aos demais países. Aos avaliarem a relação entre o Brasil e outros países como o mais importante ou menos importante,a China aparece como a mais importante - ressalta Carlos Frederico Coelho,professor de Relações Internacionais da PUC-Rio,e um dos coordenadores na pesquisa no Brasil,junto com o professor Paulo Esteves também da PUC-Rio.

Ao serem perguntados sobre como o Brasil deveria se posicionar em relação às hostilidades entre China e Estados,oito em cada dez respondentes no Brasil e na África do Sul preferem a opção de não se alinhar nem com a China,nem com os Estados Unidos,essa alternativa também tem se tornado cada vez mais atraente para 52% dos respondentes indianos ante 38% da edição anterior. Mesmo na Alemanha,o não-alinhamento também avançou,foi de 29% contra 19% do primeiro levantamento.

O relatório mostra que há uma percepção cada vez mais positiva ou menos negativa da influência global da China no Brasil,na Índia e na África do Sul. À medida que o não-alinhamento — um dos dez Princípios de Bandung — ganha força,as potências médias emergentes precisarão atualizar o significado desse conceito atualmente,em um contexto no qual todos os países estão envolvidos em parcerias estratégicas diversas,complexas e sobrepostas. Essas nações devem aproveitar esta oportunidade para discutir se desejam fomentar um diálogo,inclusive com aqueles países — por exemplo,na Europa — tradicionalmente alinhados com grandes potências,a fim de reformular as instituições multilaterais,ressalta o levantamento.

- Se a pesquisa tivesse sido rodada após o tarifaço de Trump,acho que a visão positiva da influência chinesa seria ainda mais dominante - avalia o professor Carlos Frederico.

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O comércio é citado como uma das três principais prioridades de política externa pelos respondentes no Brasil,na Índia e na África do Sul,bem como por especialistas alemães. Com exceção dos indianos,os participantes afirmam que seus países sofreriam com uma guerra comercial entre China e Estados Unidos. As práticas comerciais de ambas as grandes potências são consideradas injustas pela maioria dos respondentes nos quatro países. Além disso,83% dos respondentes no Brasil,60% na África do Sul e 56% na Índia também veem as práticas comerciais da União Europeia como injustas. Em relação aos Estados Unidos,apenas 12% dos entrevistados brasileiros consideraram as práticas americanas justas,lembrando que o questionário foi respondido antes do tarifaço. Em relação à China,o percentual aumenta para 26%.

O relatório indica que,à medida que a pressão sobre a União Europeia aumenta devido às políticas econômicas da administração Trump,melhora a imagem do bloco como um parceiro comercial menos problemático e mais confiável para as potências médias emergentes. É evidenciado ainda pelo levantamento a importância de que países como a Alemanha unam forças com as potências médias emergentes e fortaleçam o sistema comercial internacional,no qual grandes potências,como os Estados Unidos,buscam reciprocidade por meio da imposição de tarifas. Paralelamente,é igualmente importante que as potências médias reconheçam que há questões nas quais sua cooperação será dificultada.

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Diante dos riscos ainda existentes de rejeição de acordo entre Mercosul e a União Europeia e o comportamento do governo Trump,o estudo projeta que o Brasil busque intensificar e diversificar suas outras parcerias,inclusive dentro do Brics. O país,que presidirá o encontro do grupo,que acontece em julho,no Rio,deve apostar,por exemplo,no desenvolvimento "plataformas de pagamento complementares,voluntárias,acessíveis,transparentes e seguras". Para a Índia,a autonomia é um aspecto crucial da política externa do Brasil. Um sistema multipolar é visto como uma forma de diversificar e equilibrar seus relacionamentos e interações com as principais potências,ao mesmo tempo,em que amplia seu espaço de política externa.

- Nessa edição da pesquisa,houve a aprovação da política externa do governo brasileiro por 78%,na pesquisa anterior,feita logo depois do fim do mandato de Jair Bolsonaro,tinha grande rejeição - lembra o professor.

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