O presidente Jair Bolsonaro,o vice Hamilton Mourão e o então ministro Walter Braga Netto — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
Em sua primeira visita ao general Walter Braga Netto desde que ele foi preso em dezembro do ano passado,o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) levou para presentear o colega um livro sobre a Segunda Guerra Mundial – “The generals – American Military Command from World War II to Today” (“Os Generais: O comando militar americano da Segunda Guerra Mundial até hoje”,em tradução livre). O encontro durou 40 minutos.
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“Braga Netto está com moral elevado e eu lhe entreguei o livro ‘The generals’,sobre o papel dos Generais Patton,Marshall e MacArthur na 2ª Guerra Mundial”,disse Mourão.
“Foi um encontro de dois amigos. Apenas isso. A questão é que ele já está preso há mais de quatro meses,o que,na minha visão,é irregular em termos de prisão preventiva”,comentou o senador,para quem a visita teve o objetivo de prestar “solidariedade e apoio moral”.
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Ex-vice-presidente do governo Bolsonaro,ele acredita que a obra do jornalista americano Thomas E. Ricks pode transmitir a Braga Netto a mensagem de “resiliência para enfrentar as adversidades e fé na missão”.
Além de Mourão,também visitaram Braga Netto na tarde desta quinta-feira os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Damares Alves (Republicanos-DF),que orou com o general.
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As visitas foram autorizadas no último dia 10 pelo relator das investigações do 8 de Janeiro,ministro Alexandre de Moraes,que impôs uma série de condições para os parlamentares se encontrarem com o general.
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Alexandre de Moraes,relator do caso,foi o primeiro a votar: "A denúncia descreve de forma detalhada,com todos os elementos,todos os requisitos exigidos,tendo sido coerente a exposição dos fatos,com a descrição amplamente satisfatória dos fatos,da tentativa de golpe de estado,tentativa de abolição violenta do estado de direito" — Foto: Antonio Augusto/STF
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Flávio Dino ponderou que uma tentativa de golpe que não deixou mortes também não pode ser minimizada: "Golpe de Estado é coisa séria. É falsa a ideia de que um golpe de Estado,ou uma tentativa de golpe de Estado,porque não resultou em mortes naquele dia,é uma infração penal de menor potencial ofensivo." — Foto: Antonio Augusto/STF/20-03-2024
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Luiz Fux terceiro a votar a favor: "Esses episódios contra a nossa democracia vão ser marcante dia após dia,todos os dias serão dias da lembrança de tudo que ocorreu. Não se pode de forma alguma dizer que não aconteceu nada. É impossível se afirmar isso" — Foto: Antonio Augusto / STF
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Cármen Lúcia afirmou ser preciso barrar a "máquina de desmontar a democracia" da história do país: "Ditadura mata,vive da morte,não apenas da sociedade,mas da democracia,de seres humanos de pele e osso que são torturados e mutilados" — Foto: Antonio Augusto / STF
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Cristiano Zanin deu o último voto que tornou Bolsonaro réu por unanimidade: "Há sim uma série de elementos a amparar a denúncia que estamos a analisar. Longe de ser uma denúncia amparada exclusivamente em uma delação premiada,o que se tem aqui são diversos documentos,vídeos,materiais que dão amparo aquilo que foi apresentado pela acusação" — Foto: Antonio Augusto / STF
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Moraes determinou que haja um limite máximo de três visitas individuais por dia e proibiu que os parlamentares utilizem celulares,máquinas fotográficas ou qualquer outro dispositivo eletrônico,bem como os impediu de fazer imagens do interior da unidade prisional,“sob pena de responsabilização”.
O ministro do Supremo também barrou a entrada de assessores,seguranças e membros da imprensa.
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Braga Netto teve a prisão preventiva decretada em dezembro do ano passado por Moraes,que atendeu a um pedido da Polícia Federal ao concluir que o general tentou obstruir a Justiça ao tentar obter acesso à delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro,o tenente-coronel Mauro Cid,que fundamentou a denúncia da trama golpista.
Ele está na 1ª Divisão do Exército,subordinada ao Comando Militar do Leste,que fica na Vila Militar,zona oeste do Rio de Janeiro. Por ser general de quatro estrelas,Braga Netto não está em uma cela propriamente dita,mas um cômodo com armário,geladeira,ar-condicionado,televisão e banheiro exclusivo.
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No mês passado,por unanimidade,a Primeira Turma do STF colocou Braga Netto no banco dos réus por envolvimento numa trama golpista para impedir a posse do presidente Lula.
Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),Braga Netto está inelegível até 2030. Ao lado de Bolsonaro,o general foi condenado por abuso de poder político e econômico por conta do desvirtuamento das comemorações do Bicentenário da Independência,em 2022.
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