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Rússia condiciona fim do avanço na Ucrânia a reconhecimento de anexação da Crimeia pelos EUA, diz jornal

2025-04-23 IDOPRESS

Presidente da Rússia,Vladimir Putin,participa de reunião anual do Ministério do Interior russo — Foto: Kristina Kormilitsyna / AFP

O presidente da Rússia,se ofereceu para interromper sua invasão na Ucrânia ao longo da atual linha de frente,se os Estados Unidos reconhecerem oficialmente a anexação da Crimeia,península ucraniana,além de outras exigências. A proposta foi feita durante uma reunião em São Petersburgo com Steve Witkoff,enviado especial do presidente dos Estados Unidos,Donald Trump,segundo fontes ouvidas pelo jornal britânico Financial Times. A oferta de Putin representa o primeiro recuo formal da Rússia desde o início da guerra,em 2022,e espera-se que um acordo seja concluído até 30 de abril.

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Putin,ainda de acordo com o Financial Times,estaria disposto a abrir mão do seu controle total sobre as quatro regiões da linha de frente da Ucrânia — Donetsk,Luhansk,Kherson e Zaporizhzhia — se os EUA fizessem concessões geopolíticas mais amplas a Moscou,como reconhecer seu controle da Crimeia e impedir que a Ucrânia se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Os EUA,portanto,sugeriram uma solução que envolveria o reconhecimento da anexação da Crimeia pela Rússia e do controle das áreas das quatro regiões ucranianas. A Casa Branca também propôs o envio de forças europeias de manutenção da paz e de uma força militar não pertencente à Otan para monitorar o cessar-fogo ao longo da atual linha de frente de mais de mil quilômetros.

Em setembro de 2022,Putin declarou a anexação das quatro províncias do sudeste da Ucrânia em uma cerimônia no Kremlin,embora a Rússia não controlasse nenhuma delas integralmente na época. A Rússia ainda não controla totalmente nenhuma das quatro regiões,apesar de ter mantido as capitais regionais de Donetsk e Luhansk desde sua primeira invasão secreta do leste da Ucrânia com o uso de forças locais em 2014.

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— Um trabalho tenso está em andamento. Estamos conversando com os americanos. O trabalho é difícil e leva muito tempo,então é difícil esperar resultados imediatos,e o trabalho não pode ser feito em público — afirmou Dmitry Peskov,porta-voz de Putin,ao Financial Times.

Em uma coluna publicada no domingo,Konstantin Remchukov,editor de um jornal alinhado ao Kremlin,sugeriu que Moscou poderá interromper os combates após reconquistar totalmente a região russa de Kursk,ocupada por militares ucranianos: “Quando eles libertarem o último meio por cento,as tropas poderão parar onde quer que estejam quando a notícia chegar”,escreveu Remchukov no Nezavisimaya Gazeta.

Esforços por um cessar-fogo

No último dia 17,pela primeira vez desde o início da guerra,autoridades dos Estados Unidos,da Ucrânia e de três países europeus reuniram-se em Paris,na França,com o objetivo de reativar os esforços por um cessar-fogo entre Kiev e Moscou. O presidente francês,Emmanuel Macron,classificou o encontro como “uma importante oportunidade de convergência” e afirmou que todos desejam “uma paz sólida e sustentável”. Na Rússia,no entanto,o encontro na capital francesa foi mal recebido. Segundo Dmitri Peskov,porta-voz do Kremlin,"os europeus têm um foco na continuação da guerra".

Uma próxima reunião entre autoridades ucranianas,americanas e europeias está marcada para esta quarta-feira em Londres,embora Witkoff e o secretário de Estado americano,Marco Rubio,tenham cancelado sua participação. Keith Kellogg,enviado de Trump à Ucrânia,deve comparecer. Segundo agências russas,Witkoff visitará Moscou ainda nesta semana.

O presidente Trump,em publicação nas redes sociais,declarou que espera um acordo “esta semana” entre Rússia e Ucrânia,e afirmou que os países poderiam “começar a fazer negócios com os Estados Unidos da América,que estão prosperando,e fazer uma fortuna”.

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O presidente ucraniano,Volodymyr Zelensky,disse na última terça-feira que ainda não recebeu uma proposta formal da equipe de Trump,mas se mostrou aberto ao diálogo: “Há sinais,ideias,discussões,mas não é uma proposta oficial. Se tal proposta oficial surgir,nós responderemos.” Zelensky reafirmou,sua posição firme em relação à Crimeia: “A Ucrânia não reconhecerá a ocupação da Crimeia. É o nosso território,o território do povo ucraniano,não há nada a discutir aqui”.

Apesar desta proposta de recuo,Putin disse no ano passado que não aceitaria nenhum acordo de paz a menos que a Ucrânia retirasse suas tropas das linhas de frente e desse à Rússia controle total sobre as quatro províncias.

Antes,as demandas russas por um acordo de paz incluíam uma promessa da Ucrânia de permanecer neutra e abandonar suas aspirações na Otan,o reconhecimento das reivindicações russas sobre territórios anexados,o alívio das sanções ocidentais e uma redução das forças da Otan em estados-membros próximos à Rússia.

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