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O Papa da imigração

2025-04-24 HaiPress

Papa Francisco lendo um livro para crianças refugiadas sírias na Casa Santa Marta,no Vaticano — Foto: AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO

RESUMO

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GERADO EM: 23/04/2025 - 21:20

Papa Francisco: Voz dos Imigrantes e Refugiados no Mundo Atual

O Papa Francisco,primeiro Pontífice das Américas e filho de imigrantes,assumiu a liderança da Igreja Católica em 2013. Sua experiência como descendente de italianos influenciou sua visão em defesa dos imigrantes,enfrentando discursos xenófobos. Francisco criticou políticas de deportação e promoveu a inclusão,destacando-se como defensor de refugiados,transcendendo fronteiras religiosas e culturais.

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No começo de março de 2013,após a renúncia do Papa Bento XVI,Jorge Mario Bergoglio arrumou as malas,trancou seu apartamento no bairro de Flores em Buenos Aires,dirigiu-se para o Aeroporto de Ezeiza e embarcou em um voo para Roma. Nunca mais voltaria para a sua terra natal. Dias depois,seria eleito Papa no conclave e adotaria o nome de Francisco. Além de ser o primeiro Pontífice das Américas,também se tornaria o primeiro filho de imigrante a comandar a Igreja Católica. Cruzou o Atlântico no caminho inverso de seu pai,Mario José Bergoglio,e de seus avós maternos,que emigraram da Itália para a Argentina. Ao se mudar para o Vaticano,de uma certa forma,ele próprio também poderia ser considerado um imigrante.

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Essa experiência de crescer no universo de imigrantes italianos em Buenos Aires certamente influenciou a visão de mundo de Bergoglio. Defenderia até o fim da vida os refugiados e nós imigrantes em tempos de discursos xenófobos e nativistas de algumas das mais importantes lideranças internacionais. Dois meses antes de morrer,em fevereiro,enviaria uma carta em defesa dos imigrantes aos bispos dos EUA após a chegada de Donald Trump à Presidência com uma política anti-imigração.

“Tenho acompanhado de perto a grave crise que se vive nos EUA com o início de um programa de deportações em massa. (....) Não posso deixar de emitir um juízo crítico e expressar a discordância com qualquer medida que,tácita ou explicitamente,associe a ilegalidade de alguns migrantes à criminalidade. (...) O ato de deportar pessoas que,em muitos casos,deixaram suas terras por motivos de extrema pobreza,insegurança,exploração,perseguição ou grave deterioração do meio ambiente fere a dignidade de muitos homens e mulheres,e de famílias inteiras,e os coloca em um estado de particular vulnerabilidade”,escreveu Francisco.

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Ainda que seja o líder da Igreja Católica,Francisco se tornou um herói na questão imigratória e de refugiados para cristãos das mais variadas denominações,para judeus e muçulmanos,para hindus e budistas,para seguidores de religiões de matriz africana e inclusive para ateus e agnósticos. Escrevo aqui como imigrante em Nova York há duas décadas.

Em uma indireta a Trump,disse que aqueles que erguem muros em vez de pontes não seriam cristãos. Buscava ser a antítese de governantes que adotam discursos de ódio contra pessoas que teriam cometido o suposto pecado de nascer em uma nação e decidido ir viver em outra. Em vez de ver imigrantes como bandidos,o Papa os via como seres humanos.

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Quando deixou Buenos Aires,Bergoglio não abandonou a Argentina e o sentimento de ser argentino. Embora distante geograficamente e no mais importante posto do catolicismo,Francisco sempre levou dentro dele o portenho “Bergoglio” e seu amor pela literatura de Borges e Cortázar,pelo tango de Gardel,pelos gols de Di Stefano,Maradona e Messi e por sua paixão pelo San Lorenzo. Jamais esqueceria o sabor da milanesa,do doce de leite,das empanadas,do mate e dos vinhos de Mendoza. Teria em sua visão para sempre o nascer do sol do outono no Rio da Prata. Ao mesmo tempo,agregaria à sua argentinidade as experiências de viver em Roma e no Vaticano com clérigos africanos,asiáticos,europeus e americanos.

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