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Êxito gaúcho na segurança pública é inspiração para outros estados

2025-04-24 HaiPress

Operação contra desmanche de carros no Rio Grande do Sul — Foto: Anelize Sampaio / SSP RS/22/04/2025

Em bairros de classe média à noite,chamavam a atenção as ruas vazias. A sensação ao sair de um prédio e caminhar era de pânico. Assim era Porto Alegre em 2014,ano em que a cidade entrou no infame ranking das 50 mais violentas do mundo. Os dados sustentavam a impressão de derrota. Em 2011,houve 17,5 assassinatos por 100 mil habitantes no Rio Grande do Sul,taxa 45% acima da paulista,segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em cinco anos,o índice gaúcho subiu a quase duas vezes e meia o de São Paulo. Somente a partir de 2017 a situação começou a melhorar de forma consistente. Como revelou reportagem do GLOBO,o Rio Grande do Sul registrou quedas acima de 50% em quatro tipos de crime de 2017 para cá: homicídios dolosos caíram 54%,latrocínios 78%,roubo de veículos 87% e os roubos a pedestres 78%.

Editorial: Autoridades deveriam se importar mais com a crise da segurança

A transformação na segurança gaúcha serve de exemplo a outros estados. Os segredos do sucesso foram: 1) participação direta do governador; 2) integração entre Executivo e Justiça; 3) destaque à Polícia Civil,com uso de inteligência e dados para definir ações de prevenção e combate. Foi central o programa RS Seguro. Subordinado ao gabinete do governador Eduardo Leite (PSDB),ele recebe diariamente informações de boletins de ocorrência. Os dados podem ser acessados por policiais,promotores e juízes. Feito o diagnóstico,são estabelecidas metas de redução da criminalidade nos 23 municípios mais violentos. A estratégia envolve repressão e dissuasão,com prisões seletivas e iniciativas de prevenção social. Esse arranjo aumenta as chances de êxito das intervenções policiais.

Editorial: Ainda é urgente conter violência contra as mulheres

Um exemplo: depois que bandidos de uma facção criminosa deram início a uma guerra em dezembro,dois rapazes foram mortos numa barbearia em Porto Alegre. No dia seguinte,a região recebeu grande contingente de policiais. O objetivo não era aterrorizar os moradores,mas impedir o comércio de drogas e evitar novos embates. Também houve revista nas prisões onde operavam as lideranças criminosas. “Se não dermos importância extrema,a violência transborda”,disse ao GLOBO o delegado Márcio Souza,diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Quando há indícios de que os líderes presos estão envolvidos,eles são transferidos a prisões de segurança máxima.

O mapa da criminalidade no Rio Grande do Sul é dominado por facções locais,sem presença relevante das maiores nacionais,Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). Mas isso não deve desestimular outros estados a reproduzir acertos do modelo gaúcho. No Brasil,não há padrão definido para o crime. O PCC nasceu e cresceu em São Paulo,estado com as menores taxas de homicídios. O Rio,berço do CV,tem taxa alta. No Norte e Nordeste,onde prevalecem grupos locais,os assassinatos atingem proporções epidêmicas. Seja qual for a situação,o combate à criminalidade deve contar com metas baseadas em dados fidedignos e atualizados,cooperação com a Justiça,ações coordenadas e atenção constante do governador.

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