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Projeto Favelivro leva bibliotecas a 50 comunidades do Rio em cinco anos, ampliando acesso à leitura

2025-04-24 IDOPRESS

Regina Casé na biblioteca do Cantagalo que leva seu nome,com Verônica Marcílio,idealizadora do projeto — Foto: Divulgação/ Vitor Marcílio

RESUMO

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GERADO EM: 23/04/2025 - 23:05

Favelivro inaugura bibliotecas em Marechal Hermes e Madureira

O projeto Favelivro,que busca democratizar o acesso à leitura em favelas do Rio de Janeiro,está prestes a inaugurar sua 49ª biblioteca em Marechal Hermes e sua 50ª em Madureira. Criado por Verônica Marcílio e Demezio Batista,o projeto já instalou bibliotecas em 48 comunidades,graças a doações e voluntariado. Cada biblioteca homenageia figuras públicas,ajudando a dar visibilidade à iniciativa.

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No ano em que o Rio de Janeiro passa a ostentar o título de Capital Mundial do Livro,instituído pela Unesco — em vigor desde ontem —,um projeto que leva a leitura para as comunidades ganha destaque. Criado por dois amigos e mantido de maneira voluntária e à base de doações,o Favelivro está perto de chegar a 50 bibliotecas comunitárias instaladas em favelas da cidade,da Zona Oeste à Zona Sul,em cinco anos. A de número 49 será inaugurada no próximo dia 17,em Marechal Hermes. A quinquagésima será aberta no mês seguinte,em Madureira. O Vidigal está entre as próximas comunidades a receber uma unidade do projeto,também presente na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana.

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Normalmente,as bibliotecas nascem de uma reivindicação da própria comunidade,que também sugere o local onde serão instaladas as unidades — que pode ser uma sala sem uso na associação de moradores,na sede de um projeto social,de uma igreja ou mesmo um cômodo ou garagem de uma casa. O mobiliário e os livros — a montagem de cada unidade é feita com ao menos 500 exemplares — são frutos de doações.

Para batizar o espaço,os moradores costumam escolher uma personalidade,normalmente um artista ou jornalista em evidência,que se torna padrinho do espaço e ajuda,com seu nome,a dar visibilidade à iniciativa. A biblioteca comunitária de Marechal Hermes,que será instalada em maio na salinha de um projeto social na comunidade do Muquiço,terá como madrinha a atriz Patrícia Pillar. A de número 50 funcionará também nas instalações de um projeto social e levará o nome do jornalista Edimilson Ávila,da TV Globo.

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— Fiquei muito feliz em receber essa homenagem tão bonita! Saber que meu nome estará ligado a um espaço que leva literatura a quem mais precisa me deixa emocionada. Livros são meus aliados em todos os momentos,e poder ajudar a democratizar esse acesso é como devolver um pouco do tanto que eles me deram. Projetos como o Favelivro mostram que cultura não é luxo,é direito,e me orgulho de fazer parte dessa transformação de alguma forma — diz a artista,que estará presente na inauguração.

A Biblioteca Comunitária Patrícia Pillar é resultado de uma solicitação feita pela líder comunitária Luciana Cristina de Paula Ferreira. A mesma comunidade já abriga uma biblioteca do projeto,batizada com o nome de Celso Athayde,fundador da Central Única das Favelas (Cufa),que será reaberta no dia 26 de abril,depois de ter ficado um ano fechada.

— Acho que não há incentivo para as crianças,e dentro das comunidades a situação é ainda pior. Com os livros,queremos mostrar a elas um outro mundo,com um olhar diferente,que não seja só aquele da escola. Quanto mais elas souberem,melhor. Afinal,conhecimento não ocupa espaço — justifica Luciana,que também é gestora do Centro Social Acolher e do Coletivo Sustentável Juntas,que abrigará a nova biblioteca.

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Cissa Guimarães na biblioteca que leva seu nome em Vargem Grande — Foto: Divulgação/Vitor Marcilio

Unidades do projeto já foram apadrinhadas por personalidades como o humorista Hélio de la Peña (no Caju),a atriz e apresentadora Regina Casé (no Cantagalo),a atriz e apresentadora Cissa Guimarães (em Vargem Grande),o cantor Zeca Pagodinho (Jacarezinho),a bailarina Ana Botafogo (no Engenho da Rainha) e os jornalistas Ancelmo Gois,de O GLOBO (em Cordovil),e Flávia Oliveira,colunista do GLOBO e da GloboNews (em Bento Ribeiro). Embora isso não seja uma exigência,costuma ser comum o envolvimento dos patronos com a biblioteca que leva seu nome.

— Não dá para emprestar o nome a uma iniciativa dessas e não acompanhar minimamente — afirma Flávia Oliveira,que desde o final de 2021 batiza uma unidade do projeto e se faz presente,participando de eventos como festas de Natal e doando livros para o projeto.

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Demezio e Verônica: os idealizadores do projeto — Foto: Divulgação/Vitor Marcilio

O Favelivro surgiu do encontro ocasional da professora de língua portuguesa Verônica Marcílio e o livreiro Demezio Batista,ambos apaixonados por incentivar o acesso à educação e a leitura. Em 2012,Verônica tinha ido à Barreira do Vasco,em São Cristóvão,fazer uma contação de histórias e lá conheceu Demezio que estava distribuindo livros.

—Fui apresentada a ele e disse: "já que eu conto histórias e você distribui livros por que não fazemos uma dupla dinâmica?". Foi assim que tudo começou — conta a educadora.

Mas,as bibliotecas surgiram mais tarde. Inicialmente eles rodavam as favelas montando uma espécie de feira literária,com distribuição de exemplares e contação de história. Até que em 2021,durante a pandemia,surgiu o pedido de instalação da primeira biblioteca por moradores da Favela Vai quem Quer,em Duque de Caxias,batizada em homenagem ao escritor José Mauro de Vasconcelos,autor de "Meu pé de laranja lima".

A segunda foi no Caju,tendo Hélio de la Peña como patrono e a coisa não parou mais. Durante todo esse período,nenhuma das 48 em funcionamento fechou. Demezio conta que ele e Verônica fazem o acompanhamento inicial e depois a própria comunidade leva o projeto adiante.

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—O projeto dá certo porque quase não tinha bibliotecas dentro das comunidades. A gente entra,planta a sementinha que vai germinando e crescendo — compara.

Para doar livros ou solicitar a criação de uma biblioteca,basta enviar uma mensagem diretamente no Instagram do projeto: @favelivro. Os livros são recolhidos por voluntários nos locais determinados pelos doadores.

O Favelivro surgiu do encontro ocasional da professora de Língua Portuguesa Verônica Marcílio e do livreiro Demezio Batista,ambos apaixonados por incentivar o acesso à educação e à leitura. Em 2012,Verônica foi à Barreira do Vasco,fazer uma contação de histórias e lá conheceu Demezio,que estava distribuindo livros.

— Fui apresentada a ele e disse: "Já que eu conto histórias e você distribui livros,por que não fazemos uma dupla dinâmica?". Foi assim que tudo começou — conta a educadora.

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Mas as bibliotecas surgiram mais tarde. Inicialmente,eles rodavam as favelas montando uma espécie de feira literária,com distribuição de exemplares e contação de histórias. Até que,em 2021,surgiu o pedido de instalação da primeira biblioteca,por moradores da favela Vai Quem Quer,autor de "Meu Pé de Laranja Lima".

A segunda foi no Caju,tendo Hélio de la Peña como patrono — e a coisa não parou mais. Durante todo esse período,nenhuma das 48 em funcionamento fechou. Demezio conta que ele e Verônica fazem o acompanhamento inicial,e depois a própria comunidade toca o projeto adiante.

— O projeto dá certo porque quase não havia bibliotecas dentro das comunidades. A gente entra,basta enviar uma mensagem diretamente no Instagram do projeto: @favelivro. Os livros são recolhidos por voluntários nos locais determinados pelos doadores.

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Veja onde o Favelivro já está presente

Comunidade do Vai Quem Quer,em Duque de Caxias: Biblioteca Comunitária José Mauro de Vasconcelos,inaugurada em 7 de outubro de 2020Ipiiba,São Gonçalo: Biblioteca Comunitária Sérgio Buarque de Holanda,inaugurada em 12 de dezembro de 2020Vila Kennedy: Biblioteca Comunitária Luis Erlanger,Inaugurada em 31 de julho de 2021Morro do Faz Quem Quer : Biblioteca Comunitária Fernanda Abreu,inaugurada em 19 de setembro de 2021 Vila Olímpica de Acari: Biblioteca Comunitária Sandra Sá,inaugurada em 7 de outubro de 2021 Barreira do Vasco: Biblioteca Comunitária Paulo Betti,inaugurada em 16 de outubro de 2021Bento Ribeiro: Biblioteca Comunitária Flávia Oliveira inaugurada em 6 de novembro de 2021 Morro da Penha,Niterói: Biblioteca Comunitária Luciana Savaget,inaugurada em 7 de maio de 2022Comunidade de Higienópolis: Biblioteca Comunitária Miriam Leitão,inaugurada em 27 de novembro de 2021 Costa Barros: Biblioteca Comunitária Zelia Duncan,inaugurada em 18 de dezembro de 2021 Engenho da Rainha: Biblioteca Comunitária Ana Botafogo,inaugurada em 12 de dezembro de 2022 Comunidade do Lixão: Biblioteca Comunitária Sonia Rosa. inaugurada em12 de fevereiro de 2022Complexo do Alemão: Biblioteca Comunitária Thalita Rebouças,inaugurada em 19 de fevereiro de 2022Catumbi: Biblioteca Comunitária Isabel Salgado,inaugurada em 5 de março de 2022 Vila Turismo: Biblioteca Comunitária Paulinho Moska,inaugurada em 13 de março de 2022Complexo do Caju: Biblioteca Comunitária infantil Helio de la Peña Cantagalo: Biblioteca Comunitária Milton Cunha,inaugurada em19 de abril de 2022Chapéu Mangueira: Biblioteca Comunitária Rodrigo França,inaugurada em 8 de maio de 2022Morro do Estado,Niterói: Biblioteca Comunitária Babi Xavier,inaugurada em 4 de junho de 2022Comunidade do Muquiço: Biblioteca Comunitária Celso Athayde,inaugurada em 30 de junho de 2022Comunidade 2 de Maio: Biblioteca Comunitária Beth Goulart,inaugurada em 23 de julho de 2022Comunidade Viegas,em Bangu: Biblioteca Comunitária Marcelo Barreto,inaugurada em 30 de julho de 2022Engenho Novo: Biblioteca Comunitária André Trigueiro,inaugurada em 20 de agosto de 2022Manguinhos: Biblioteca Comunitária Gabriel O Pensador,inaugurada em 14 de setembro de 2022Comunidade Amélia Pinheiro: Biblioteca Comunitária Tom Farias,inaugurada em 13 de setembro de 2022Comunidade do Fumacê: Biblioteca Comunitária Edney Silvestre,inaugurada em 17 de setembro de 2022Comunidade Chico Mendes: Biblioteca Comunitária Elisa Lucinda,inaugurada em11 de outubro de 2022Cidade Alta: Biblioteca Comunitária Christiane Torloni,inaugurada em 12 de novembro de 2022Parque da Cidade: Biblioteca Comunitária Malu Mader,inaugurada em 9 de março de 2023 Borel: Biblioteca Leila Sterenberg,inaugurada em 25 de abril de 2023Morro da Babilônia: Biblioteca Ana Paula Araújo,inaugurada em17 de junho de 2023Comunidade do Santo Cristo: Biblioteca Fábio Júdice,inaugurada em 23 de setembro de 2023 Complexo do Andaraí: Biblioteca Suzana Pires,inaugurada em 7 de outubro de 2023Coelho Neto: Biblioteca Luciana savaget,inaugurada em 17 de outubro de 2023Favela do Jacarezinho: Biblioteca Zeca Pagodinho,inauguração 14 de novembro de 2023 Comunidade Mata Machado: Biblioteca Erick Bang,inaugurada em16 de dezembro de 2023Cantagalo: Biblioteca Regina Casé,inauguração em 13 de abril de 2023Cordovil: Biblioteca Ancelmo Gois,inaugurada em 20 de abril de 2024 Duque de Caxias: Biblioteca Rene Silva,inaugurada em11 de maio de 2024Bonsucesso: Biblioteca Tim Lopes,inaugurada em 29 de junho de 2024 Grajaú: Biblioteca Renata Loprete,inaugurada em 13 de julho de 2024 Vila Kennedy: Biblioteca Andrea Viviana Taubman,inauguração em 20 de julho de 2024Vargem Grande; Biblioteca Cissa Guimarães,inauguração em 27 de julho de 2024 Favela Curral das Éguas,em Realengo: Biblioteca Carla Faour,inauguração em 24 de agosto de 2024 29 grupo de Escoteiro do RJ,em São Cristóvão: Biblioteca Escoteira de São Cristóvão,patrona Sophia Abrahão,inauguração em 19 de outubro de 2024Gardênia Azul: Biblioteca Flavio Pinheiro,inauguração 9 de novembro de 2024Rocha Miranda: Biblioteca Bianca Ramoneda,inauguração em 23 de novembro de 2024 Lins de Vasconcellos: Biblioteca Hélter Duarte,inauguração em 21 de dezembro de 2024

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