Dana Edita Fischerova de Teffé,que foi vista pela última vez em 29 de junho de 1961 — Foto: Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 02/06/2025 - 21:07

Desaparecimento de Milionária Tcheca em 1961: Espionagem?

O mistério do desaparecimento de Dana Edita Fisherova de Teffé,milionária tcheca,em 1961,continua a intrigar o Brasil. Sem corpo encontrado,suspeita-se que ela fosse espiã da Guerra Fria,devido a seu passado enigmático,múltiplos casamentos influentes,dois passaportes e domínio de seis idiomas. A imprensa da época alimentou especulações,perpetuando o enigma em torno de sua figura.

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O desaparecimento da milionária tcheca Dana Edita Fisherova de Teffé,aos 40 anos,em 29 de junho de 1961,permanece como um dos grandes mistérios não resolvidos do Brasil. A última pessoa a ser vista em sua companhia foi o advogado Leopoldo Heitor de Andrade Mendes,responsável pela administração de seus bens após a separação amigável do diplomata Manuel Antônio de Teffé. Por essa razão,Leopoldo tornou-se o primeiro suspeito investigado pela Polícia Civil.

Mistério e crime: O enigma Dana de Teffé: sumiço de milionária tcheca intriga o Brasil há mais de seis décadas'Eu matei meu pai', gritava filho de idoso,cujo corpo era mantido em cômodo vedado,na Ilha do Governador

Em sua terceira e última versão apresentada às autoridades,o caso assumiu contornos de conspiração internacional: Dana teria sido sequestrada durante o trajeto entre o Rio de Janeiro e São Paulo,na Rodovia Presidente Dutra,aproximadamente na metade do percurso. Segundo Leopoldo,os sequestradores falavam um idioma que ele não compreendia,alimentando a hipótese de que Dana pudesse ser uma espiã da Guerra Fria. Essa narrativa,somada a outros elementos,fortaleceu a suspeita de que a milionária integrava uma rede de espionagem internacional.

O Enigma Dana de Teffé: veja imagens de um mistério que atravessa décadas

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Foto da imagem da tcheca Dana de Teffé em seu passaporte — Foto: Reprodução

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Unhas encontradas durante as escavações para encontrar o corpo,preservadas nos autos do processo de Dana de Teffé — Foto: Reprodução

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Passaporte mexicano de Dana de Teffé,preservado nos autos do processo (reprodução) — Foto: Reprodução

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Ossos dos dedos de uma mão encontrada pela polícia e peritos no chiqueiro de porcos do sítio do acusado do sumiço de Dana — Foto: Reprodução

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O advogado Leopoldo Heitor (de braços cruzados) acusado do homicídio de Dana de Teffé — Foto: Luiz Pinto/Agência Globo

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Escavações à procura do corpo de Dana de Teffé,no sítio que pertenceu ao acusado no Sul Fluminense — Foto: Arquivo/Agência Globo

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Peritos do Laboratório de Exames Periciais da Secretaria de Segurança Pública analisam material encontrado em chiqueiro de porcos — Foto: Reprodução

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Foto de Dana Fischerova,antes de ganhar o sobrenome Teffé,no passaporte espanhol — Foto: Reprodução

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Leopoldo Heitor em depoimento à Justiça,em 1962 (foto de arquivo/Agência Globo),em 05/05/1962 — Foto: Reprodução

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Jurados ouvem argumentos de advogado na defesa de Leopoldo Heitor,durante julgamento — Foto: Reprodução

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Publicidade Da alta sociedade ao desaparecimento sem solução: relembre em fotos o caso da milionária tcheca que chocou o Brasil em 1961

Veja outros fatores que sustentaram essa versão:

Origem e desaparecimento da família durante o nazismo

Dana nasceu em 1921,na então Tchecoslováquia,em uma família judia. Durante a ocupação nazista,seus pais foram levados para um campo de concentração,e os registros sobre como ela sobreviveu são imprecisos. Esse passado sombrio e envolto em mistério contribuiu para as especulações sobre seu envolvimento com atividades clandestinas.

Casamentos com pessoas influentes em países diversos

Ao longo de sua vida,Dana foi casada com o militar e político fascista,Ettore Muti,na Itália; Alberto Díaz,dentista renomado na Espanha; Carlos Denegri,jornalista no México; e Manuel de Teffé,diplomata brasileiro.

Dois passaportes

A milionária tinha dois passaportes,um mexicano,outro espanhol. Todos com carimbos de vários países: Itália,Espanha,México,Brasil e outros.

Domínio de seis idiomas

A tcheca dominava seis idiomas — inglês,espanhol,italiano,tcheco,português e alemão — e tinha conhecimentos de russo. Além disso,era bailarina clássica,concertista e produtora cultural,daí,seu vasto conhecimento. Na Itália,trabalhou num teatro. Essas habilidades são frequentemente associadas a perfis de espiões,capazes de se infiltrar em diferentes ambientes sociais.

Divulgação de supostas fake news

A imprensa popular da época explorou o sumiço de Dana,publicando matérias que sugeriam ligações dela com espionagem internacional. Em algumas publicações,chegaram a atribuir o título de "espiã secreta russa",influenciando a opinião pública e perpetuando o mistério em torno de sua figura.