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Fim do ano melhor do que o esperado

2025-12-02 HaiPress

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RESUMO

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GERADO EM: 01/12/2025 - 22:18

Brasil encerra 2025 com inflação controlada e PIB em alta

O ano de 2025 termina melhor do que o esperado no Brasil,com inflação e preços de alimentos abaixo das projeções iniciais. A inflação geral recuou para entre 4% e 4,4%,enquanto a de alimentos fechou em 1,35%. O dólar também caiu,de R$ 6,18 em janeiro para R$ 5,35. Apesar de desaceleração econômica,o PIB ainda cresce 2% e o desemprego atinge mínimos históricos. As previsões são de cortes de juros em 2026.

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O ano termina melhor do que o esperado e melhor do que começou. No início de 2025,o cenário de mercado era de inflação em 6% e de alta de alimentos entre 8% e 9%. A projeção da inflação está entre 4% e 4,e a inflação de alimentos fecha o ano em 1,35%. A taxa de câmbio estava em R$ 6,18 em janeiro. Atualmente,o dólar gira em torno de R$ 5,35. Quem faz essa comparação entre o que se esperava no começo do ano e o que realmente aconteceu é Mansueto Almeida,economista-chefe do BTG Pactual.

Alguns números da economia brasileira são realmente surpreendentes. A inflação de alimentos,por exemplo,fez uma trajetória totalmente diferente do que se esperava.

— No ano passado,a inflação de alimentos foi 8,2%,e foi um dos fatores que impactou negativamente a aprovação do presidente. No início do ano,a expectativa era de 9%. Vai fechar o ano em 1,3%. Houve uma queda muito forte da inflação de alimentos e o cenário em geral é bem melhor do que o projetado no começo do ano — disse Mansueto.

Outros economistas com quem eu conversei ontem apontam dados de mudança de cenário. No começo do ano,quando o Banco Central deu aquele primeiro choque de juros e,depois,continuou elevando as taxas,havia duas apostas: um grupo achava que o gasto fiscal era alto,portanto,não adiantaria subir juros porque não debelaria a inflação. Outro grupo achava que aquele choque de juros jogaria a economia numa recessão. Não ocorreu nem o primeiro,nem o segundo cenário. A inflação está convergindo para a meta,e a economia desacelerou,mas está crescendo ao ritmo de 2%.

Apesar disso,o Banco Central teve que escrever este ano duas cartas para explicar o não cumprimento da meta. O atual presidente nunca cumpriu a meta e,de acordo com as projeções de mercado,não cumprirá durante este governo,porque,como se sabe,a meta é 3%. Há três semanas,as perspectivas dos economistas colocam a inflação dentro do intervalo de flutuação,mas bem acima do centro da meta.

— Alguns bancos estão prevendo 4% de inflação este ano e outros,4,4%. Mas,no início do ano,a previsão era de 6%. Para o próximo ano,a previsão é de 4%. Se levarmos em conta que a inflação de 2023 foi de 4,6% e a de 2024 foi de 4,8%,a média deste governo ficaria em torno de 4,5%,o que é um resultado muito bom. Menor do que isso só os 4,3% da taxa média do governo Temer,que não foi um ciclo completo de quatro anos,teve apenas dois anos e meio de duração — explica o economista.

A inflação de alimentos terá uma média ainda menor nos quatro anos,em torno de 3% pelos cálculos de Mansueto.

— Olhando para a frente,as expectativas de inflação estão caindo. Tanto que é muito provável que,em janeiro,o Banco Central inicie um ciclo de corte de juros,porque quando se observa o horizonte relevante,ou seja,18 meses para a frente,a inflação está caindo.

Esta semana sairá o PIB do terceiro trimestre,as projeções mostram que a economia está em desaceleração,e o resultado pode ser um pequeno positivo,em torno de 0,2%. O que é surpreendente,dado o nível dos juros reais,em torno de 10%. A economia está diminuindo o ritmo,mas não entrando em recessão.

Mesmo com a inflação em queda e a economia desacelerando — sinais de que a política monetária está fazendo efeito — não se espera queda dos juros na reunião do Copom na próxima semana. Mas há grande aposta de que a Selic começará a cair no ano que vem.

— Outra surpresa foi o desemprego. Como o Banco Central começou a subir os juros em setembro do ano passado,era natural acontecer o seguinte: juros sobem,economia esfria,desemprego aumenta. Livro-texto de economia. No começo do ano,parecia que o desemprego ia subir um pouco,como era esperado. Mas depois mudou. O desemprego começou a cair de forma consistente,e o último dado do IBGE mostrou a taxa de 5,um mínimo histórico.

Ele acha que isso não é prova de economia aquecida. Tanto que o Caged veio muito fraco,e está havendo uma queda da força de trabalho,o que explicaria o número baixo do desemprego. Mesmo assim,há quem aponte os números surpreendentes do consumo. Na Black Friday,houve 297 milhões de operações no Pix,movimentando R$ 160 bilhões. A economia tem surpreendido o tempo todo este ano.

(Com Ana Carolina Diniz)

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