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Scope mantém 'rating' de Portugal em A- (e revê perspetiva em alta)

2024-07-27 HaiPress

"A redução sustentada da dívida,a política orçamental prudente e a melhoria da situação externa estão na base da revisão das perspetivas",disse a organização,sendo que "a dívida pública ainda elevada e o potencial de crescimento limitado são constrangimentos",indicou.

 

Assim,a Scope "manteve hoje os 'ratings' de longo prazo do emitente e da dívida sénior sem garantia da República Portuguesa em moeda local e estrangeira em A-,e reviu os 'outlooks' para positivo,de estável".

A Scope manteve ainda as notações de curto prazo do emitente em S-1 em moeda local e em moeda estrangeira,com 'outlooks' estáveis,adiantou.

"A revisão das notações de crédito de longo prazo de Portugal para positivo reflete a redução sustentada da dívida do país,um forte historial de política orçamental prudente com excedentes orçamentais previstos para 2024 e 2025,um perfil robusto da dívida soberana e perspetivas de crescimento a médio prazo comparativamente sólidas,juntamente com melhorias contínuas da posição externa",justificou a Scope.

A agência antecipa, para 2024,"uma moderação do excedente primário para 2,5% do PIB,contra 3,4% do PIB em 2023,e que Portugal registe um excedente orçamental de 0,4% do PIB".

Segundo a entidade,"a longo prazo,a flexibilidade orçamental de Portugal deverá diminuir gradualmente devido a prestações sociais estruturalmente mais elevadas,refletindo o aumento da procura por parte de uma população envelhecida" assim como "medidas para atenuar as pressões sociais relacionadas com os elevados custos da habitação,bem como despesas com juros mais elevadas,que deverão aumentar de 1,9% do PIB em 2022 para 2,4% do PIB em 2025".

A Scope considera ainda que os riscos para a continuidade das políticas em Portugal são "baixos",indicando que esta "estabilidade é sustentada por um consenso sobre a prudência orçamental entre os principais partidos políticos".

A agência estima que a economia portuguesa cresça 1,9% em 2024 e acelere para 2,2% em 2025,prevendo que "o crescimento seja impulsionado principalmente pelas exportações e pelos investimentos,com fundos substanciais da UE a fornecerem apoio adicional".

Quanto aos riscos apontados pela Scope,a agência aponta para um nível elevado de dívida pública,pressões demográficas,devido ao envelhecimento da população e o tamanho da economia.

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