Casa Revista de moda Obra de arte círculo social Equipamentos de saúde Notícias atuais MAIS

Mudança jurídica e efeito para anti-ESG

2024-10-28 HaiPress

Luciana Dias,advogada atuante no Direito Empresarial,especialista em Direito ESG e Compliance e Gestão QSMS (qualidade,segurança,meio ambiente e saúde) — Foto: Arquivo pessoal

A reunião preparatória pré-Cop29 no Azerbaijão,no início de outubro,pautou temas que nos sinalizaram a relevância das salvaguardas socioambientais. O furacão Milton na Flórida,poluição do ar e inalação em tempo real,e a importância de frear avanços catastróficos,limitando o aumento da temperatura a 1,5° C até 2030,seguem novas diretrizes para alcançar metas já estabelecidas,conforme publicação no portal da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em seu discurso na Pré-Cop29,a vice-secretária-geral da ONU,Amina J. Mohammed,ressaltou a dimensão de uma nova e ambiciosa meta de financiamento climático que visa contemplar os países em desenvolvimento,pois se acredita que só será possível cumprir a meta de Paris se todos os países tiverem meios para acelerar as ações.

“A Nova Meta Coletiva Quantificada — ou NCQG — é uma oportunidade de reimaginar suas economias,o financiamento climático,restaurar a confiança,construir solidariedade e catalisar a ambição”,diz Amina.

Regulamentação

A obrigatoriedade de identificar e abordar potenciais impactos ambientais e sociais negativos e a avaliação de risco detalhada fazem parte das ações condizentes com a realidade que se estabelece em todo o mundo,e das práticas que deverão ser regulamentadas,como mostra a publicação no portal ClimaInfo.

O acordo fixado na Pré-Cop29,vigente no Artigo 6.4 do Acordo de Paris,visa estabelecer formatos para práticas e resultados aplicados por desenvolvedores de projetos nas resoluções de emissões de gases de efeito estufa,pobreza e saúde. Temáticas dentro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão entre as prioridades.

Luciana Dias,meio ambiente e saúde),se tornou referência ao auxiliar empresas a alcançarem resultados de forma sustentável. Nesta coluna,ela contribuirá com o tema legislação e empresas anti-ESG,trazendo análises e orientações para gestores e empresas comprometidos com práticas ESG.

“O tema ESG ganhou uma enorme relevância no mundo dos negócios e investimentos,por meio da pressão e conscientização global dos stakeholders,quando perceberam que estar alinhados com essa temática traria valor ao seu negócio a longo prazo. As novas regulamentações jurídicas,sociais e ambientais trazem grande impacto social para as empresas que não aderem às práticas ESG. Mesmo assim,com todo o esforço global,ainda temos muitas empresas contrárias a estas transformações e regulamentações,que são conhecidas como anti-ESG.”,comenta Luciana.

O número de ações judiciais contra empresas por danos ambientais e violações de direitos humanos tem aumentado significativamente as perdas financeiras acarretadas por baixa reputação,o que é consequência desse novo formato. As sanções aplicadas através de multas ambientais e os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) de reparação são instrumentos importantes para a responsabilização por danos ambientais e para garantir a recuperação do meio ambiente no Brasil e no mundo.

Consumidores que prezam por políticas sociais e de consumo consciente se estabelecem dentro dos padrões de fomento a sustentabilidade.

Monitoramento

Os órgãos responsáveis,os movimentos sociais e ONGs monitoram as empresas apresentando denúncias e realizando manifestações nas portas das fábricas.

Os danos à reputação já são realidade dessas instituições que seguem afetando o meio ambiente e a sociedade. Há uma negativa de aquisição de novos recursos financeiros e parcerias,já que investidores institucionais e os bancos estão incorporando critérios visando Ambiental,Social e Governança em suas decisões de investimento e financiamento,e com isso os anti-ESG se expõem a riscos e prejuízos financeiros.

“As empresas que se recusam a adotar práticas ESG enfrentam futuro incerto,marcado por crescentes obstáculos jurídicos,sociais e ambientais. Essa resistência acarreta uma série de consequências negativas,como vulnerabilidade a multas e processos,perda de participação de mercado,reputação comprometida e ineficiência operacional. A integração dos fatores ESG à estratégia e operações é essencial para que as empresas se mantenham competitivas e garantam sua longevidade”,afirma a advogada.

Eventos climáticos extremos,como secas,inundações e tempestades,impactam as operações das empresas. As organizações que não estiverem conectadas com práticas ESG enfrentarão num futuro próximo a crescente escassez de recursos naturais devido às mudanças climáticas e suas ações persistentes em seguir negando a realidade.

Não existe outro mundo,e a negativa nos levará ao colapso global. Precisamos nos unir em um só propósito para que as metas já estabelecidas sejam alcançadas e os nossos objetivos,que são os mesmo — de nos mantermos vivos e com recursos para seguir existindo —,sejam acordados e praticados nas instituições em concomitante com a sociedade. Por isso,se a sua empresa é anti-ESG,saiba que é hora de mudar.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.

Mais recentes

'Bolsonaro não conseguiu jogadores certos' para golpe, lamentou acusado por trama contra Lula

'Anarquista crônico', Pepe Mujica deixa lição para a esquerda

Consignado para CLT: portabilidade do crédito começa hoje. Entenda como fazer e reduzir juros

STF começa hoje julgamento sobre indenização por perdas em planos econômicos. Entenda

Rio, SP e MG seguem com temperaturas mais baixas, e chuva ganha força no Norte e Nordeste; veja previsão para esta sexta

Imposto de Renda 2025: especialista explica como incluir despesas médicas para aumentar restituição

© Direito autoral 2009-2020 Capital Diário de Lisboa    Contate-nos  SiteMap