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Reservas internacionais caem 7,1% em 2024 após alta do dólar impulsionar leilões do Banco Central

2025-01-06 IDOPRESS

Sede do Banco Central (BC),em Brasília — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 05/01/2025 - 17:51

Reservas Internacionais do Brasil em Queda de 7,1% em 2024 devido à Venda de Dólares pelo Banco Central

Reservas internacionais do Brasil caem 7,1% em 2024 devido à venda de dólares pelo Banco Central para conter a alta da moeda. O montante funciona como "poupança" em moedas estrangeiras. Dólar em escalada desde novembro,atingindo R$ 6,20. Real teve pior desempenho frente ao dólar,desvalorizando 27,35% em relação a 31 moedas.

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As reservas internacionais do Brasil somaram US$ 329,7 bilhões em 31 de dezembro de 2024. O número representa uma queda de 7,1%,ou US$ 25,3 bilhões,em relação ao patamar do ano anterior,no mesmo período,quando o país tinha US$ 355 bilhões em reservas. O montante funciona como uma espécie de "poupança" que o governo faz em moedas estrangeiras, para que sejam usadas em caso de crises internacionais.

A queda se deve à venda de dólares pelo Banco Central. Em um intervalo de 12 dias úteis,o Banco Central injetou US$ 32,574 bilhões no mercado por meio de intervenções cambiais extraordinárias. Foram 14 leilões,nove com oferta de dólares à vista e cinco com compromisso de recompra.

Só a venda à vista somou US$ 21,574 bilhões em dezembro,incluindo o maior leilão da modalidade desde o início do câmbio flutuante,em 1999,com a oferta de R$ 5 bilhões de uma só vez. Em leilões de linha,foram entregues US$ 11 bilhões em dinheiro novo para o mercado. A atuação extraordinária do BC no mercado de câmbio aumentou a oferta de dólar,o que ajuda a conter a alta da moeda.

Em dezembro do ano passado,o então presidente do BC,Roberto Campos Neto,afirmou que "o BC tem muita reserva e vai atuar quando necessário" ao comentar a alta do dólar e a venda da moeda americana. 

Nas duas últimas décadas,o país formou boa parte das reservas cambiais,uma espécie de "colchão de segurança",com o BC adquirindo uma porção dos dólares que entram nas vendas do comércio exterior,nos investimentos financeiros no mercado de capitais e nos investimentos diretos. As exportações brasileiras têm batido recorde reiteradamente.

O dólar vem em uma escalada desde o fim de novembro,com a apresentação do pacote fiscal do governo federal,que frustrou as expectativas de um ajuste mais duro nas contas públicas e aumentou as dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida do país. Desde então,a moeda superou pela primeira vez a marca de R$ 6 e seguiu em trajetória de alta,situando-se próximo de R$ 6,20.

O real fechou 2024 com a pior performance na comparação com a moeda americana entre 31 moedas mais líquidas (de fácil negociação),em desvalorização de 27,35%.

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