Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 — Foto: Cristiano Mariz/O Globo
GERADO EM: 07/01/2025 - 21:35
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O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas pelos atos golpistas do 8 de janeiro,que completam dois anos nesta quarta-feira. Alguns dos alvos tornaram-se famosos,como homem que destruiu um relógio histórico no Palácio do Planalto e a mulher que ficou conhecida como "Fátima Tubarão".
Sem Pacheco e com provável ausência de Lira: Ato de Lula sobre 8/1 reunirá representantes do governo,STF e CongressoRelógio,quadro,esculturas: Destruídas no 8 de janeiro,obras restauradas chegam ao Planalto
Antônio Cláudio Alves Ferreira,que foi filmado destruindo o relógio,foi condenado a 17 anos de prisão e começou a cumprir a pena em dezembro. A peça destruída por ele é uma das que serão apresentadas em cerimônia nesta quarta no Planalto,após ter sido restaurada. O relógio foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI e veio para o Brasil com a família real portuguesa,em 1808.
Outra investigada que ganhou evidência foi Maria de Fátima Mendonça Jacinto,conhecida como Fátima Tubarão,em referência a sua cidade de origem,em Santa Catarina. Ela também foi condenada a 17 anos de prisão e começou a cumprir pena em novembro.
Em gravação feita no dia 8,Fátima diz que estava "quebrando tudo",que era uma "guerra" e que iria "pegar o Xandão agora",em referência ao ministro Alexandre de Moraes. Em outra gravação,declarou que era preciso retirar do poder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em dezembro,Ana Priscila Silva de Azevedo também foi condenada a 17 anos. Ela foi apontada pela Procuradoria-Geral da República como líder de um movimento que defendia uma intervenção militar. Ainda há um recurso pendente contra sua condenação.
Outros investigados aguardam para serem julgados. É o caso de Débora Rodrigues dos Santos,que pichou a estátua A Justiça,que fica em frente ao STF. Ela tornou-se ré em agosto.
Entre as condenações,225 foram pelos crimes mais graves,como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Foram alvo dessas acusações principalmente quem atuou diretamente no ataque às sedes dos Três Poderes. As penas,nesses casos,variaram de 11 anos e seis meses até 17 anos de prisão.
Também houve 146 condenações pelos crimes considerados mais simples: incitação ao crime,com incentivo à animosidade das Forças Armadas,e associação criminosa. Foi o caso de quem foi preso no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército.
Para essas pessoas,foi apresentada a possibilidade de realizar um acordo de não persecução penal (ANPP),que encerra o processo em troca da realização de medidas alternativas à prisão. Foram fechados 527 acordos desse tipo. Entretanto,quem não concordou,ou não podia fechar por outros motivos,foi julgado e condenado a um ano de prisão,pena substituída pela prestação de serviços.
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