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A nova estratégia da defesa de Bolsonaro sobre o impedimento de Alexandre de Moraes

2025-01-10 HaiPress

O ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Com a chegada do criminalista Celso Vilardi,a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro já sinalizou nos bastidores que deve abandonar a estratégia de insistir no impedimento do ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal (STF),na supervisão do inquérito da trama golpista.

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Vilardi tem bom trânsito no STF,é respeitado no meio jurídico e já atuou na defesa de empresas como a Americanas,de executivos da Camargo Correia,no âmbito da Operação Lava-Jato,e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares no caso do mensalão.

“Ele tem uma relação ampla com a imprensa,com membros da Corte e inaugura um capítulo novo da defesa”,disse reservadamente à equipe da coluna um aliado de Bolsonaro.

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Interlocutores do ex-presidente contam que Vilardi tem dito que terá um posicionamento mais técnico e menos beligerante em relação ao Supremo,por considerar que o confronto só tensiona ainda mais o ambiente – e complica a situação de Bolsonaro no STF.

A decisão de não insistir no impedimento de Moraes tem a ver com esse novo posicionamento,que,de acordo com aliados que conversaram com o advogado,se resume em “não contestar fatos consumados”. À colunista Bela Megale,ele disse que respeita e "seguirá respeitando" o STF.

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O STF já rejeitou dois pedidos de impedimento de Moraes feitos por Bolsonaro nos últimos 13 meses. Um dos recursos foi rejeitado por 9 votos a 1,em dezembro passado – e um outro pedido ainda aguarda análise,sem previsão de julgamento.

Internamente,o novo entendimento da defesa é o de que a questão “já está decidida”.

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“Bolsonaro finalmente tenta uma aproximação com o STF. Talvez um pouco tarde demais”,diz um influente advogado de um dos 40 indiciados na trama golpista. “Ele quer distensionar a relação com a Suprema Corte,mas se vai conseguir,é outra história.”

Críticas de investigados

Conforme informou o blog,a ofensiva de Bolsonaro de tentar o impedimento de Moraes na supervisão do inquérito da trama golpista se tornou alvo de críticas reservadas da defesa de outros indiciados na investigação – e de integrantes do próprio PL.

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Na visão de outros alvos da investigação,a estratégia bolsonarista adotada até aqui não só não tem chances de prosperar – como só serve para fortalecer Moraes ainda mais perante os seus pares no Supremo.

Ao pedir o afastamento de Moraes do caso,a defesa de Bolsonaro alegou que as informações reveladas na apuração de uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula apontam que Moraes seria um dos alvos principais do suposto plano,o que comprometeria sua imparcialidade no julgamento do processo.

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Em fevereiro do ano passado,o pedido de Bolsonaro contra Moraes foi negado pelo presidente do STF,Luís Roberto Barroso,relator do caso.

O ex-presidente da República entrou com recurso e acabou perdendo por 9 a 1 em julgamento concluído no plenário virtual da Corte no mês passado – apenas o ministro André Mendonça,indicado ao STF pelo próprio Bolsonaro,concordou com o impedimento de Moraes.

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Conforme informou o blog,Bolsonaro insistia em tentar retirar a trama golpista de Moraes para manter mobilizada a militância,que elegeu o ministro do Supremo como uma espécie de “inimigo público” número 1 – além de “colocar o Supremo sob julgamento da própria opinião pública”.

Agora,com o indiciamento pela PF nos inquéritos da trama golpista,das joias sauditas e da fraude na carteira de vacinação,a defesa do ex-presidente decidiu recalcular a rota em meio à expectativa com a apresentação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR),que pode pavimentar o caminho de uma futura prisão.

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Só os crimes atribuídos pela Polícia Federal a Bolsonaro no caso da trama golpista – tentativa de golpe de Estado,tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa – totalizam uma pena que pode chegar a 28 anos de prisão.

O ex-presidente é apontado como líder da organização criminosa,que atuou,“mediante divisão de tarefas,com o fim de obtenção de vantagem consistente em tentar manter o então presidente da República Jair Bolsonaro no poder”.

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Um dos pontos destacados pelos investigadores é a existência de cinco eixos de atuação interligados envolvendo a atuação dessa organização,que incluiriam ataques virtuais a opositores e às instituições e às urnas eletrônicas.

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