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Brasileiro agredido relata xenofobia e pensa em deixar Portugal

2025-01-10 HaiPress

O músico Ivo Silva de Souza — Foto: Arquivo pessoal

RESUMO

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GERADO EM: 09/01/2025 - 17:18

Músico brasileiro agredido em Lisboa relata xenofobia e cogita deixar Portugal

Músico brasileiro agredido em Lisboa relata xenofobia,teme deportação e avalia deixar Portugal. Ivo Souza recebeu notificação para sair do país,busca apoio consular e cogita recorrer. Caso decida retornar ao Brasil,planeja vaquinha online para custear passagem. Sofreu agressões em comemoração de aniversário,denuncia motivação xenófoba. Não possui autorização de residência e enfrenta dificuldades na regularização. Considera retorno ao Brasil,mas deseja lançar músicas na Europa.

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O músico brasileiro Ivo Silva de Souza disse que está indeciso sobre a possibilidade de recorrer da notificação para abandono voluntário de Portugal. Agredido em Lisboa,ele,hoje,tem menos de 20 dias para voltar ao Brasil.

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Ele contou que recebeu orientação do consulado em Lisboa para procurar a defensoria gratuita da Segurança Social. Ivo tinha que recorrer em até dez dias,prazo que está na metade.

— Vai dar angústia depender do governo,da Previdência de Portugal. Sendo que o pedido de assistência gratuita pode ser recusado. Então,fico com medo de virem aqui em casa me deportar se não der certo. Se for deportado,não posso voltar à Europa — disse Ivo ao Portugal Giro.

Natural de Niterói,Ivo assegura que não queria ir embora e disse que nem tem dinheiro para a passagem. Revelou que,caso desista de recorrer,vai iniciar uma vaquinha na internet para poder embarcar:

— Por mais que a minha família seja de classe média,não seria justo com eles. Como todos amigos querem ajudar,e se cada um der um pouco,voltaria para casa de cabeça erguida.

Ele afirmou que o curso profissionalizante de marketing digital que faz em Lisboa permitiu que assista às aulas online,caso tenha que deixar o país.

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O brasileiro informou que foi agredido na saída de um bar no Bairro Alto de Lisboa no último domingo. Comemorava seu aniversário de 36 anos com o amigo,o programador Ricardo Pasini,que também sofreu agressões.

Em relato por escrito que disse ter enviado ao consulado,Ivo revela que a motivação teria sido xenófoba. Ele foi recebido pelo cônsul Alessandro Candeas e equipe,de quem recebe apoio e orientações.

“Pelo que percebemos,todos os agressores eram portugueses e brancos. E acredito que a confusão (...) foi motivada por xenofobia,já que os xingamentos que sofri remetiam ao fato de eu ser estrangeiro (brasileiro)”,escreveu o músico.

Questionado se lembrava dos xingamentos descritos no texto,Ivo disse:

— Lembrar precisamente,eu não vou conseguir. Vou até perguntar para o meu amigo,porque,na realidade,eu apanhei muito mais do que escutei algo.

Ivo toca sax em bar de Lisboa — Foto: Arquivo pessoal

Ivo conta que as agressões aconteceram em dois momentos. Primeiro foram dois agressores. Depois,um grupo de quatro a seis pessoas,segundo ele.

“Além de chutes nas costelas e na cabeça,também fui enforcado,só parando quando pessoas intercederam por nós e aí conseguimos seguir sentido Cais do Sodré”.

Ricardo e Ivo foram levados para a delegacia ao invés de seguirem para hospital,conta o músico. Foi onde recebeu a notificação de 20 dias,de acordo com o relato.

“O pior de tudo foi o comentário irônico do agente ao me dar a notificação: “Quem sabe agora a AIMA não agiliza seu processo,alguém te responde ou algo acontece?””.

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O músico diz que não tem autorização de residência porque tentaria fazer a regularização via manifestação de interesse,que foi extinta.

Ele conta que telefonou para ONGs e associações e,segundo ele,disseram que não poderiam assumir o caso. Nos últimos dias,considera que ficou exposto e recebeu chamadas de alguém que se dizia da polícia. Ele trabalha atualmente no lançamento de três músicas.

— Estou cansado. Vim plantar coisas boas e teria que voltar desta forma? Meus planos são conhecer e tocar na Europa e lançar minhas músicas este ano. Mas estou pensando e,claro,estou mais para o Brasil do que para Portugal,sempre. Só que uma decisão destas não se toma por impulso — garantiu.

Procurada,a PSP não respondeu.

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