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Média de aquecimento da América Latina supera a do mundo e leva a extremos climáticos no Brasil

2025-01-11 HaiPress

Vista aérea mostra toda uma área de casas queimadas no bairro Pacific Palisades,em Los Angeles,Califórnia. Calor é combustível para incêndios que atingem o estado — Foto: JOSH EDELSON / AFP

RESUMO

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GERADO EM: 10/01/2025 - 21:38

Clima Extremo na América Latina: Impactos e Previsões para 2025

A América Latina enfrenta extremos climáticos devido ao aquecimento acima da média global. O Brasil foi fortemente afetado em 2024,com o aumento das temperaturas levando a desastres naturais como queimadas e enchentes. Outros países sul-americanos também experimentaram aumentos significativos de temperatura. Desastres hídricos e incêndios foram agravados pela mudança climática,resultando em perdas econômicas e tragédias humanas. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado,superando o marco de 1,5°C de aumento em relação aos níveis pré-industriais. A previsão para 2025 é de um dos anos mais quentes da história. O superaquecimento dos oceanos também atingiu níveis recordes.

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A América Latina e o Caribe estiveram entre as regiões que mais esquentaram no ano passado,o mais quente da História e o primeiro a romper a marca de 1,5°C de aumento na temperatura média da Terra em relação aos níveis pré-industriais,segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O Brasil também esteve entre os países que mais foram afetados pelo calor recorde em 2024,de acordo com estudo do Berkeley Earth,levando a extremos climáticos como queimadas,secas e enchentes devastadoras.

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Enquanto a média de aquecimento do planeta em 2024 foi de 0,72°C em relação ao período de 1991-2020 (usado como referência pela OMM e o IPCC),na América Latina chegou a 0,95°C. É 0,23°C de diferença e não parece muito. Mas se materializaram em extremos como a catástrofe das chuvas do Rio Grande do Sul,na mais extensa seca da História do Brasil,no nível mais baixo dos rios do Pantanal e da Amazônia.

— O centro da América do Sul e o México ferveram como nunca — afirmou em entrevista ao GLOBO o climatologista José Marengo,pesquisador do Cemaden.

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Já o estudo do Berkeley Earth mostrou que outros países sul-americanos também tiveram aumentos expressivos,como Bolívia (2,1°C) e Paraguai (1,9°C),uma elevação que significou,na média,termômetros acima dos 35°C com maior frequência. Já o Brasil aqueceu 1,8°C acima da média do período pré-industrial.

O México,que ficou 1,4°C acima da média do período pré-industrial,ficou 70 dias seguidos com o termômetro acima dos 37°C,calor suficiente para fazer macacos caírem mortos dos galhos e hospitais lotarem de gente passando mal.

Tragédias

Além de afetar diretamente as pessoas,o calor é combustível para extremos,como os incêndios florestais de grande magnitude,a exemplo dos que atingiram ano passado o Brasil e agora consomem bairros inteiros de Los Angeles e cidades vizinhas na Califórnia. A mudança climática também tornou mais provável a tragédia no Rio Grande do Sul no ano passado,como apontado em junho em um estudo do World Weather Attribution (WWA,na sigla em inglês).

Outros desastres agravados pela mudança climática surgiram nos últimos meses: 1.300 mortos em ondas de calor extremo na peregrinação a Meca em junho,inundações históricas na África e na Espanha,furacões violentos nos Estados Unidos e no Caribe.

Em termos econômicos,desastres naturais causaram US$ 320 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em prejuízos no mundo todo,de acordo com a seguradora Munich Re.

Ano mais quente

O ano de 2024 foi o ano mais quente já registrado desde que as estatísticas começaram em 1850,como já era previsto há meses,confirmou o observatório climático europeu Copernicus,dados posteriormente confirmados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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Também foi o primeiro ano em que o patamar de aumento de 1,5°C na temperatura média da Terra em relação ao período pré-industrial foi superado.

É improvável que o novo ano quebre esses recordes novamente,mas o Gabinete de Meteorologia Britânico alertou que 2025 pode ser um dos três anos mais quentes já registrados no planeta.

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Os oceanos,que absorvem 90% do excesso de calor causado pela Humanidade,também continuaram seu superaquecimento,atingindo um recorde no ano passado. A média anual de suas temperaturas na superfície,excluindo as áreas polares,atingiu o nível inédito de 20,87° C,quebrando o recorde de 2023.

Colaborou Ana Lucia Azevedo. Com AFP.

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