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Contrabando, falsificação e pirataria causaram prejuízo de meio trilhão no país em 2024; veja os setores mais afetados

2025-02-14 IDOPRESS

Ação da PRF em Cascavel (PR): mesmo com repressão,cigarros ainda são o produto mais apreendido em ações para inibir o contrabando — Foto: Divulgação/PRF-Paraná

RESUMO

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GERADO EM: 13/02/2025 - 19:54

Mercado ilegal em ascensão: prejuízo bilionário no Brasil alerta autoridades

Contrabando,falsificação e pirataria geraram prejuízo de R$ 468,3 bilhões em 2024 no Brasil,atingindo diversos setores. O crime organizado lucra mais com combustíveis do que com drogas,e o mercado ilegal quadruplicou em uma década,alerta o FNCP. Vestuário e bebidas alcoólicas lideram as perdas,seguidos por combustíveis,higiene pessoal e cigarros. A situação exige ação urgente para combater o avanço do mercado ilegal e suas consequências.

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Crimes como contrabando,falsificação e pirataria causaram um prejuízo de R$ 468,3 bilhões no país no ano passado,considerando apenas 15 dos principais setores da economia brasileira. A conta é do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP),que desde 2014 faz estimativas do gênero.

Lucro bandido 1: Crime organizado no Brasil já ganha mais com combustível do que com o tráfico de cocaína,indica estudo Lucro bandido 2: Quadrilhas faturaram R$ 186 bilhões em um ano no Brasil com crimes virtuais e furtos de celular,aponta FBSP

A série histórica mantida pela entidade mostra que o montante de quase meio trilhão de reais perdido para as atividades ilícitas em 2024 é o maior da década tanto em números brutos quanto corrigidos. Na comparação com 2014,quando a estatística passou a ser compilada,o déficit causado pelos criminosos,que era de R$ 100 bilhões,praticamente quintuplicou. Se for considerada a correção inflacionária,o aumento é de aproximadamente 166%,de R$ 176 bilhões para R$ 468 bilhões.

Perdas com o mercado ilegal — Foto: FNCP

De acordo com o FNPC,a estimativa inclui tanto as perdas diretas da indústria em decorrência dos delitos quanto a evasão fiscal,uma vez que o Estado deixa de arrecadar impostos associados às transações legais. As duas categorias corresponderam a um prejuízo de R$ 327,8 bilhões e R$ 140,4 bilhões,respectivamente.

— O avanço do mercado ilegal no Brasil é um problema estrutural que precisa ser enfrentado com urgência. Em uma década,as perdas mais que quadruplicaram,e o ritmo de crescimento segue acelerado. Estamos falando de um sistema que não apenas drena recursos da economia formal,mas também alimenta o crime organizado e desestabiliza setores inteiros da indústria nacional — frisa Edson Vismona,presidente do FNCP.

O levantamento do fórum aponta que o contrabando e a falsificação atingem os mais variados setores da economia. As duas áreas mais afetadas,porém,são a de vestuário,com prejuízo de R$ 87,3 billhões,e a de bebidas alcoólicas (R$ 85,2 bilhões).

Na terceira posição,aparece o setor de combustíveis,que amargou perdas de R$ 29 bilhões no ano passado. Como o GLOBO mostrou nesta quarta-feira,o crime organizado no Brasil já lucra mais com este tipo de prática do que com o tráfico de cocaína,como detectou relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O ranking continua com a área de higiene pessoal,perfumaria e cosméticos,na qual esvaíram-se R$ 21 bilhões em 2024. Na sequência,vêm os cigarros (R$ 8,8 bilhões),os celulares (R$ 9,7 bilhões) e o setor de audiovisual (R$ 4 bilhões).

No caso dos cigarros,por exemplo,o FNCP destaca que,só no ano passado,apenas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recolheu 59 milhões de maços ilegais pelo país — na média,é como se duas unidades do produtos fossem apreendidas pela corporação a cada segundo. O item também é o mais confiscado pela Receita Federal,indicando que,"apesar dos esforços de fiscalização,o crime organizado segue dominando esse mercado",frisa a análise do fórum.

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