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Mauro Cid afirmou que Bolsonaro mandou monitorar Alexandre de Moraes, diz denúncia

2025-02-19 IDOPRESS

Jair Bolsonaro visita Senado Federal — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

A denúncia da procuradoria-geral da República que atribui a Bolsonaro cinco crimes que relacionados à trama golpista revela que,em sua delação premiada,o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirma que foi o ex-presidente quem ordenou a realização do monitoramento dos passos do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

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O monitoramento,ao qual estava vinculado um plano para matar o ministro,foi realizado por coroneis envolvidos na trama golpista e era chamado no código do grupo de “Operação Copa 2022”.

De acordo com a denúncia,o objetivo do plano era "neutralizar o ministro".

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Mauro Cid afirmou que ele mesmo transmitiu a demanda de Bolsonaro ao Coronel Marcelo Câmara,um dos denunciados por Gonet nesta terça-feira,perto do Natal de 2022. Evidências recolhidas pela PF -- como sinais das antenas de celulares e mendagens trocadas pelos investigados -- dão conta de que Moraes foi seguido pelos golpistas entre os dias 14 e 15 de dezembro daquele ano. A operação acabou cancelada no dia 16.

“Sobre as solicitações feitas à MARCELO CÂMARA às vésperas do Natal,informou que quem solicitou o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes “foi o ex-Presidente Jair Bolsonaro”,afirma a denúncia.

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A PGR concluiu ainda que a operação Copa 2022 foi deflagrada após uma reunião no Palácio do Planalto com o próprio Bolsonaro,no dia 6 de dezembro de 2022. Teriam participado dessa reunião,além de Mauro Cid,também o coronel Rafael Martins de Oliveira,que organizou a logística do monitoramento nos dias seguintes. Nesse mesmo dia,o general Mário Fernandes imprimiu,dentro do Palácio do Planalto,o plano intitulado "Punhal Verde e Amarelo",que seria apreendido pela Polícia Federal meses mais tarde.

De acordo com a denúncia,nesse dia,o mesmo em que o então presidente se reuniu com os comandantes das Forças Armadas para apresentar a minuta do decreto golpista,os relatórios de antenas de celular indicavam Mauro Cid,Rafael Martins e Bolsonaro estavam na mesma área do Planalto ao mesmo tempo.

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Dois dias depois,o general Mauro Fernandes enviou um áudio a Mauro Cid citando uma conversa com Bolsonaro,em que diz: “durante a conversa que eu tive com o presidente,ele citou que o dia 12,pela diplomação do vagabundo,não seria uma restrição,que isso pode,que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas (…) ai na hora eu disse,pô presidente,mas o quanto antes,a gente já perdeu tantas oportunidades”.

Para a PGR,"o áudio não deixa dúvidas de que a ação violenta era conhecida e autorizada por JAIR MESSIAS BOLSONARO,que esperava a sua execução ainda no mês de dezembro. O grupo planejava agir com a maior brevidade possível,a fim de impedir a assunção do Poder pelo novo governo eleito."

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A denuncia afirma que o plano para "neutralizar" Moraes foi abortado na noite do dia 15 de dezembro porque o comandante do Exército,general Freire Gomes,recusou-se a aderir ao golpe.

De acordo com o documento,o grupo “manteve a operação e aguardou até os últimos instantes a eventual confirmação da adesão do Comandante da Força Terrestre,o que não ocorreu,inviabilizando a ação violenta”. “Sem o suporte necessário,o atentado não surtiria o efeito esperado e ensejaria punição interna aos responsáveis”,frisou Gonet.

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O procurador-geral da República apontou que,apesar da resistência de militares de alta patente,o grupo manteve as ações de monitoramento,“por alimentar a expectativa de situações socialmente anômalas que pudessem provocar a ação armada que desejavam”.

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