Levantamento ouviu 1.333 brasileiros entre 3 e 17 de fevereiro,e aponta que 45% das mulheres já passaram por situação de assédio — Foto: Getty Images
GERADO EM: 27/02/2025 - 18:27
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Embora o carnaval seja um momento de alegria,confraternização e muita festa,e movimentos como o "Não é não" - criado por um coletivo feminista carioca que luta contra o assédio sexual e a violência de gênero desde 2017 - tenham ganhado força,as mulheres não estão imunes a vivenciar episódios dessa natureza durante a folia.
Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva,em parceria com a QuestionPro,8 a cada 10 mulheres brasileiras temem sofrer algum tipo de assédio no carnaval. O levantamento ouviu 1.333 brasileiros entre 3 e 17 de fevereiro,e aponta que 45% das mulheres já passaram por situação de assédio. Além disso,85% das pessoas acreditam que ainda exista assédio nesta época do ano e que a responsabilidade de inibir esse tipo de abordagem é de todos. Cerca de 73% delas também têm receio de passar pela situação pela primeira vez ou novamente.
Carnaval no Rio. — Foto: Leo Martins / Agência O Globo
"A responsabilidade pelo assédio não pode recair sobre as vítimas,e sim sobre toda a sociedade,especialmente sobre os homens. No fim das contas,não se trata de precaução individual,mas de um crime que precisa ser combatido coletivamente”,diz Renato Meirelles,presidente do Instituto Locomotiva.
Beatriz Accioly,Líder de Direito das mulheres do Instituto Natura,diz que comportamento como olhares invasivos,toques não autorizados e comentários ofensivos são manifestações claras de assédio,violando a liberdade e o respeito das mulheres. "O Pacto Ninguém Se Cala,(do Ministério Público de São Paulo,que tem como objetivo incentivar a conscientização do enfrentamento da violência contra a mulher em bares,baladas,restaurantes,casas de espetáculos,eventos e similares) implementado em 2024,continuará em vigor neste ano. Além disso,durante esse período,além das violências contra mulheres que acontecem nos espaços de lazer e circulação,a violência doméstica também pode ser potencializada,pois além deste ser um período de maior fervor social e emocional em que se aumentam os fatores de risco,como consumo de álcool e drogas,finais de semana e feriados são os períodos de maior ocorrência de registros de violência doméstica e familiar",explica Beatriz.
Bloco durante o pré-carnaval de São Paulo — Foto: Secom/ Prefeitura de SP
Ainda de acordo com a executiva,a assistente virtual da empresa,Ângela,oferece uma plataforma de assistência humanizada. "Embora não seja um canal de denúncias,a Ângela está disponível de segunda a sexta-feira,das 8h às 18h para diálogos com especialistas,garantindo suporte necessário para um problema que persiste além das festas e feriados",finaliza. Para denunciar qualquer tipo de agressão,o telefone é o 180.
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